20 Apr 2015
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São Petersburgo, Russia: eis a questão!

Dicas de Viagens, Europa, Russia, São Petersburgo

Durante muitos anos da minha vida, conhecer a Russia era um sonho! Até que ao viajar pela primeira vez pra Moscou, a realização do sonho veio com um pouco de fascínio e decepção.

Fascínio, porque de certa maneira a Russia era aquilo tudo que sempre imaginei: suntuosa, imponente, colorida e unica.

São Petersburgo

Mas com uma grande dose de decepção também, porque viajar pra Russia não é fácil. As dificuldades começaram pelo pedido de visto (minha primeira viagem pra Moscou em 2007 foi antes do acordo entre Brasil e Russia de isenção de vistos), que te da aquela impressão de que o pais esta fazendo de tudo pra impedir a sua visita!

E ainda veio as dificuldades de comunicação, o choque cultural das pessoas tao sisudas. Difícil explicar, mas na época o que ficou na memoria foi aquela sensação de que você, o turista, simplesmente não é bem vindo ali, e esta fazendo alguma coisa errada pelo simples fato de visitar o pais.

Uns anos depois, tive a oportunidade de voltar a Moscou numa viagem a trabalho, e em parte foi uma boa segunda chance: dessa vez era verão e a cidade estava colorida, florida e bem mais animada, o que não da pra negar que tem um efeito notável no humor das pessoas.

Mas de maneira geral, ainda assim Moscou é uma cidade “estranha” de ser avaliada, porque o que tem de lindo, tem de muito feio. A praça vermelha, a catedral de Sao Basilico e o Kremlin são tao incríveis que na verdade parecem uma montagem cenográfica no meio da cidade e seus blocos de arquitetura socialista. Não da pra negar que o contraste é gritante entre o que Moscou tem que bonito, e a realidade da cidade.

Mas ainda assim eu morria de vontade de conhecer São Petersburgo, apesar dos pesares, e sabendo das dificuldades de visitar o pais. Mas sempre foi uma ideia “engavetada”, e depois de já ter visitado a Russia 2 outras vezes na vida, eu tinha outras viagens na prioridade da minha “lista”.

Mas a minha lista de viagens é totalmente flexível de acordo com oportunidades que vão aparecendo, e caçar promoções, analisar voos e planejar viagens é praticamente um esporte pra mim! Então ano passado achei uma promoção de hotel e um ótimo voo entre Londres e St Petersburgo, unindo o útil ao agradável e perfeito para o feriado da Pascoa!

Mas confesso que já chegamos cheios de apreensões! Mas de certa maneira, acho que já conhecer o pais e ter uma ideia mais realista sobre o que esperar ajudou a aliviar o choque cultural…

Para nossa surpresa, de cara St Petersburgo já se mostrou uma cidade bem diferente de Moscou: começando pela organização do aeroporto, a comunicação (em Inglês) um pouco melhor do que esperávamos, mas principalmente uma cidade mais arejada, mais bonita, mais bem cuidada que imediatamente nos fez sentir bem mais a vontade por la!

Mas antes de falar sobre o que nos fizemos por la, algumas dicas praticas:

– O visto pra Russia é o primeiro passo pra qualquer viagem pra la, e realmente é um saco! Brasileiros tem a vantagem de não precisar de visto, mas se você tem passaporte Europeu ou de outra nacionalidade (como no nosso caso, o Aaron que é Americano), o visto deve ser pedido com antecedência, e antes de pedir o visto você precise ter a viagem já marcada e o hotel reservado (o hotel precise te dar uma “carta convite” para a requisição do visto).

– A Russia não é um pais barato, e contrasta com o resto do Leste Europeu justamente por seus preços altíssimos. Mas por causa da crise politica atual, a moeda local, o Rubles Russo está super desvalorizado, o que acabou deixando tudo beeeeem mais barato que o normal, o que acabou afetando nossa viagem também (pra melhor, claro), pois certas coisas ficaram mais acessíveis, justamente por causa da desvalorização do Rubles.

– O Aeroporto de St Petersburgo foi reformado recentemente e está novíssimo e super bem preparado, com muitas lojas, restaurantes, área para crianças, e um ótimo free shop na área de embarque.

– A melhor maneira de chegar do aeroporto ao centro de St Petersburgo é de táxi oficial do aeroporto, que são subsidiados e regulamentados pelo governo (logo mais baratos e mais seguros do que taxi de rua). Logo na chegada em St Petersburgo, na área de desembarque do aeroporto a primeira coisa que você vê quando a porta se abre (depois de retirar suas malas) é o balcão de táxi. O preço para o centro da cidade é fixo em 1000 Rubles (que na época, por causa da desvalorização da moeda, deu cerca de 10€).

 

Você pode pagar em dinheiro ou cartão de debito/credito e na hora já recebe um recibo com comprovante de pagamento e um código que identifica qual seu carro, assim facilitando a comunicação com os motoristas (que não falam nem “oi” em Inglês ou outras línguas), que recebem a informação já certinha sobre onde você vai, qual endereço etc. Super fácil e bem em conta!

É importantíssimo levar o endereço de seu hotel (ou restaurante, ou algum lugar específico que você queira visitar) em alfabeto cirílico com você o tempo todo – é fácil de achar na internet, mas você também pode pegar o cartão Cirílico do seu hotel, ou pedir pra recepção anotar os endereços pra você (é a unica maneira de se comunicar ocm taxistas, guardinhas na rua, bilheteria de museus e afins).

Existe também a opção de pegar transporte publico (foi o que fizemos em Moscou, por exemplo), mas justamente pela péssima experiencia que tivemos em Moscou uns anos atras, dessa vez decidimos que por 10€ o conforto e a segurança valiam demais a pena!

A corrida de táxi entre o aeroporto e nosso hotel (ficamos no W Hotel, bem atras da catedral St Issac) demorou exatos 30 minutos.

– No geral achei St Petersburgo bem mais tranquilo de passear e andar pela cidade, e fizemos praticamente tudo a pé (só pegamos um táxi quando fomos num palácio que fica for a do centro da cidade).

Como a cidade é relativamente “nova” (só foi fundada no século 18), ela é mais bem planejada e organizada do que Moscou por exemplo, alem de ter ruas e avenidas mais largas e arejadas, muitas praças e parques. Apesar de ser dividida em bairros/distritos que na verdade são ilhas, a cidade é toda conectada por pontes e é tudo bem pertinho e fácil de achar (rola uma vibe meio Estocolmo, ou Amsterdam, ou Veneza de ser na cidade). Algumas estações de metro são tao famosas por sua beleza quanto as estacoes de Moscou, mas nem chegamos a precisar usar nada de transporte publico, pois realmente é muito fácil andar a pé por St Petersburgo, e nisso, nossa hospedagem bem no centrão foi essencial.

– Viajar pra Russia, como já era de se imaginar, trás um certo risco na questão clima – e São Petersburgo consegue ser ainda pior que Moscou, por estar mais ao norte (a cidade fica na mesma linda longitudinal que Helsinque, a capital da Finlândia!) e de cara com a baía do Báltico (pense: ventos cortantes, mar congelado, muito gelo e neve por muitos meses ao ano).

Apesar de termos ido na “primavera” (meados de Abril), ainda assim pegamos entre 0 e -5 graus e muita chuva e neve (mas a neve “feia”, que não acumula branquinha e deixa tudo gelado, molhado, cinza e coberto de gelo! Horrível!). Mas o verão na Rússia, por incrível que pareça é ótimo, com bastante sol e muitas, muitas horas de luz todos os dias, que faz com que qualquer viagem incrível!

(E claro, o oposto acontece no inverno, principalmente por estar tão ao norte do globo – visitar São Petersburgo no inverno significa uma média de 5 a 6 horas de luz “do dia” por dia – ou seja, duplique o tempo que levaria para conhecer a cidade nessa época!

– No quesito segurança, a Russia também leva uma péssima fama. O país é grande demais, as regiões são muito desbalanceadas socialmente, são muitas raças, “tribos” e facções agrupadas sobre o mesmo “teto” da gigante Russia, mas que tem pouco a ver entre si, culturalmente (a imagem que temos dos Russos “loiros de olhos azuis” só é realidade na parte Oeste do país, que tem raízes eslavas. Já o resto do território engloba Sibérios, Mongóis, Kazaks, e por aí vai.).

(Infelizmente) existem muitas similaridades com o Brasil nesse ponto: essa sociedade tão desigual gera conflitos internos, e a disparidade econômica significa que o país reúne alguns dos principais bilhardários do país, ao mesmo tempo que tem uma população descomunal à beira da fome (agora imagina passar fome num inverno de -50 graus?! Pois é!).

Mas enfim, isso tudo pra dizer, que sim, São Petersburgo não é um lugar super seguro não. Certas ruas, nós simplesmente não tivemos coragem de andar, e depois de ter sido perseguido na primeira noite na cidade (o Aaron saiu do hotel pra fazer umas fotos e eu fiquei com a Isabella no quarto), e ter voltado correndo com o tripé como “arma” à mão, nos outros dias só saímos do hotel a noite com táxi já reservado pra ida e volta, ou então ficamos pelo W mesmo, curtindo o bar ou restaurante do hotel, pra não se estressar.

Não sei se ocorreria uma violência propriamente dita, mas ouvi (inclusive de leitores aqui no blog e no Insta) muitas histórias de furtos e batedores de carteira, então toda atenção é necessária.

 

Planejando uma viagem para Rússia?

Aqui você encontra todas as dicas e recursos para planejar sua viagem, e podemos cuidar dos detalhes práticos para você:

Adriana Miller
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16 Apr 2015
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Dicas de Abu Dhabi na prática: Como chegar, como se locomover, onde se hospedar e como se vestir

Abu Dhabi, Dicas de Viagens, Emirados Arabes, Oriente Médio

Planejar uma viagem pra Abu Dhabi nao foi dificil, mas foi diferente de planejar uma viagem pra Dubai – ambos Emirados tem dinamicas bem diferentes, e hoje em dia Dubai ja esta bem mais desenvolvido turisticamente do que Abu Dhabi. Mas como nossos amigos (que viajaram com a gente) ja tinham ido a Abu Dhabi algumas vezes, eu ja fui a Dubai outras vezes tambem, e bem, adoro planejar uma viagem, acabei planejando nossos dias por la mais ou menos assim:

– Como chegar em Abu Dhabi:

A empresa aerea official do Emirado eh a Eitihad, considerada uma das melhores do mundo, e com muitas conexoes diretas para dezenas de paises, inclusive Sao Paulo, se nao me engano.

O aeroporto de Abu Dhabi nao eh gigantesco nao, mas tem tudo que um visitante pode precisar (ja fiz conexoes por la algumas vezes).

Mas dessa vez, decidimos voar para Dubai, em vez de ir direto pra Abu Dhabi.

Primeiro por causa da disponibilidade de voos – Londres x Dubai eh praticamente uma ponte aerea, com disponibilidade de cerca de 20 voos diarios ligando as duas cidades. Entao para maximizar a viagem, conseguimos um voo da British Airways perfeito saindo de Londres numa sexta a noite, e chegando em Dubai no sabado bem cedinho, entao aidna conseguimos apoveitar bem o dia por la.

(sobre a questao do voo noturno com criancas – eramos nos 3 e mais um casal de amigos com 2 filhos – eu ja falei aqui nesse post. Eu pessoalmente prefiro voos noturnos pois a Isabella dorme numa boa)

E consequentemente, por causa da abundancia de voo, os precos tambem sao bem mais economicos do que voo direto pra Abu Dhabi. Entao nem pensamo duas vezes!

Voamos direto pra Dubai e ja mesmo no aeroporto, alugamos nossos carros.

 

Pra completer, aluguel carro em Dubai eh MUITO barato e a gasolina eh praticamente de graca, entao de quebra ainda ficariamos com carros a disposicao, que depois usamos pra passear por Abu Dhabi, sair pra comer etc, em vez de ficar dependendo de taxis o tempo todo.

A estrada que conecta os dois Emirados eh sensacional, daquelas tao boas e perfeitinhas que ficar ate chato de dirigir!

Os carros sao grandes e modernos, e o limite de velocidade eh de ate 140Km por hora!

No total, entre sair do aeroporto com nosso carro, achar nosso caminho por Dubai ate chegarmos na Estrada E11 que conecta os dois Emirados, e finalmente chegar na porta do nosso hotel, demorou cerca de 1 hora e 20 minutos.

 

– Como se locomover por Abu Dhabi:

Antes de chegar por lá, o mais difícil pra mim era entender a dinâmica da cidade. Principalmente por já conhecer Dubai, achei que a cidade (não o Emirado como um todo, e sim a “Abu Dhabi City”, como a capital é conhecida)  seria como uma extensão de Dubai, e as coisas funcionariam mais ou menos da mesma maneira: um bairro mais antigo e tradicional, a região central e financeira, a parte turística e de praia, e assim por diante.

Mas era tanta referência de “ilha” disso, “ilha” daquilo, que fiquei bem perdida. Então vamos pra uma ilha? Vamos ficar ilhados num resort?!

Então vale ressaltar que a geografia de Abu Dhabi realmente é bem única, e a capital do Emirado é na verdade um arquipélago, com várias ilhas que se conectam e vão compondo seus diferentes bairros e regiões.

Mas não te dão aquela sensação de “ilha” não, sabe? Na verdade mal pra perceber quando cruzamos de uma ilha pra outra, graças as muitas pontes, viadutos e conexões entre elas e entre o continente.

Dicas Abu Dhabi

Então quando eu me refiro a “Ilha Yas” ou “Ilha Saadiyat“, fique subentendido que esses estão mais pra”bairros” na organização da viagem do que qualquer outra coisa.

Mas isso me leva a falar sobre transporte e locomoção por lá, já que ao contrário de Dubai, o transporte público é praticamente inexistente.

Por lá todo mundo depende mesmo de carro pra tudo, e os pontos de táxis formam filas quilométricas nas portas de todos os hotéis ou pontos turísticos.

Quem se hospedar tanto nas ilhas Saadyiat e Yas, como sao os principais polos turisticos da cidade, existem varios servicos de shuttle/translado de graca conectando os hoteis e atracoes.

Mas assim como Dubai, tudo em Abu Dhabi é muito longe, e por mais que táxis não sejam exorbitantes, como as distâncias são longe e as corridas acabam saindo caras, chegamos a conclusão de que alugar um carro realmente sai bem mais barato – principalmente se você estiver com 2 ou mais pessoas e pretender fazer alguns passeios turísticos por lá.

(pra dar algumas idéias de preços: um tanque completo de gasolina custou cerca de 15 dólares na nossa SUV alugada, e o preço do carro, saiu na casa dos 20€ por dia – a reserva foi feita com bastante antecedência, é claro)

 

– Onde se hospedar em Abu Dhabi:

Entao isso me leva a falar sobre hospedagem. Achoq ue se eu nao conhecesse a cidade, e tivesse ido pra la sem a sugestao de hotel de nossos amigos, eu teria acabado ficando hospedada em “Abu dhabi”, na ilha central, principal. O que teria sido uma grandissima furada!

Sem duvida alguma, os hoteis das ilhas sao bem melhores, alem de te deixar mais proximo das principais atracoes.

Nos ficamos hospedados no St Regis da ilha Saadyiat, como ja contei aqui nesse post. mas infelizmente a ilha so tem dois hoteis por enquanto, e ambos sao de 5 estrelas. mas no proximo ano o plano eh extender a capacidade hoteleira da ilha, para attender ao publico para o Distrito Cultural, que esta sendo construido em Saadiyat.

Entao Yas eh a outra otima (se nao a melhor) opcao de hospedagem em Abu Dhabi. E por ja ser um polo turistico bem desenvolvido e cheio de atracoes, as opcoes de hoteis sao abundante, pra todos os estilos e gostos. Com filiais de quase todas as bandeiras e cadeias internacionais de hoteis, com oferta variada de “estrelas”, e o apice da hospedagem eh o Viceroy, que eh o simbolo da ilha e um dos melhores hoteis do mundo.

Mas para quem vai fazer uma viagem rapida, so passer alguns dias, visitor todas as atracoes, mas sem grandes interesses em praia, piscine e afins, os hoteis da Corniche e na vicinidade da Mesquita tambem sao boas opcoes!

 

– Como se vestir em Abu Dhabi:

Na verdade eu já fiz um post bem parecido por aqui, quando fui a Dubai pela primeira vez: como se vestir no oriente medio eh sempre um topico de duvidas (principalmente entre as mulheres), e sempre gera polemica.

As opinioes divergem, e volta e meia aparece alguma foto de “look do dia” montado de blogueiras/atrizes/celebridades e suas marcas patrocinadoras que geram aquela sensacao de que “pode vestir o que quiser”.

Mas veja bem. Poder, pode vestir o que quiser!

Mas pra que?

Sim, tanto Dubai quanto Abu Dhabi são destinos “moderninhos” no Oriente Medio, e ninguem vai te linchar na rua, nem querer te prender caso voce esteja usando um short curto ou blusa decotada num dia de 52 graus a sombra.

Mas eles podem sim te impedir de entrar em shoppings, mesquitas, mercados e espacos publicos, por um simples motivo: respeito.

E esse eh o motivo pelo qual eu semre acho que vale a pena tocar no assunto Moda Vs Oriente Medio.

A cultura, principalmente no que diz respeito a mulheres, seus corpos e imagens, eh diferente e ponto final.

Entao o minimo que o visitante pode fazer, eh respeitar essa diferenca.

Sim, voce pode usar saia curta. Mas porque faria uma coisa dessas na casa dos outros?

Vamos combinar o seguinte? Se vestir o que voce quiser e bem entender, eh tao importante assim pra felicidade de sua viagem, entao porque não procurar outro destino ao redor do mundo?

Ne não?!

Viajar para Abu Dhabi, ou qualquer outro lugar do Oriente Medio tambem tem uma carga cultural riquissima, entao abrace a oportunidade, e se insira nessa cultura diferente.

Posso confessar que achei super interessante ter que usar uma burca completa?!?!

Claro que a “interessancia” eh fortemente influenciada pelo fato de que eu não vivo nessa cultura, não eh minha religiao nem a realidade do meu dia a dia. Mas sei la. Acho que usar Abayas, saias longas e veu na cabeca quando vou ao Oriente medio eh tao “ludico” e parte do componente cultural da viagem quanto comer um macarron na mesinha da calcada em Paris, ou andar no metro apertado em Nova Iorque, ou sempre lembrar de levar seu guarda chuva na bolsa em Londres.

Te dao um gostinho de como eh a vida naquele lugar, e as diferencas entre voce, sua vida, e esse novo destino que voce escolheu visitar.

Mas entao na pratica? O que levar na mala para uma viagem a Abu Dhabi?

Para mulheres:

– Saias e vestidos longos, ou que pelo menos cubram os joelhos

– Lencos e echarpes

– Blusas de manga ou ¾ ou que cubram os ombros

Para homens:

– Calcas compridas (pode ser jeans, mas como faz MUITO calor, as opcoes de sarja e linho são mais faceis de usar)

– Camisas de manga comprida (que podem ser dobradas ate o cotovelo se estiver quente demais – alem de ficar um charme!)

– Camisas e camisetas de manga curta (mas que cubram os ombros, nada de regatas!)

Essas epcas serao seu uniforme no dia a dia da viagem, nas atracoes turisticas, shoppings, parques e passeios em geral.

Se voce, como nos, ficar hospedado num resort, quiser curtir uma praia e não tiver contato com o “mundo” do lado de fora, ai pode usar o que quiser. Mesmo.

Os homens podem andar sem camisa (mas lembrando que no geral hoteis e restaurantes não deixam hospedes e clientes circular nas areas comuns de roupa de banho nem sem camisa), bermuda, camiseta regata.

Já as mulheres podem usar biquine, saia curta, saida de praia curta e ou decotada, short e blusinha, vestidos, etc.

Meu uniforme diario era mais ou menos assim:

– Biquine + saida de praia:

(na piscina e praia eu ficava e curculava de biquine numa boa, mas quando entrava no hotel, ia no restaurante ou outras areas comuns, colocava uma saida de praia)

– Para passear por Abu Dhabi usei vesidos longos, calca comprida com blusas de manga ¾ e saia midi (daquelas abaixo dos joelhos) com blusa regata e uma camisa soltinha amarrada por cima.

E ainda assim, mesmo com vestido longo cobrindo os ombros, e lenco no cabelo, ainda tive que usar uma Abaya pra entrar na mesquite.

Entao resumo da opera eh que não eh tao complicado assim fazer as malas para uma viagem ao oriente medio; mas lembre-se que a regiao tem sim uma cultura muito diferente da nossa e o minimo que podemos fazer eh simplesmente respeitar essa diferenca.

Entao pode se vestir “normal”? Pode claro que pode.

Mas pense bem: precisa?

Respeito os outros se voce quiser ser respeitado, e tenho certeza que não vai ser um lenco cobrindo seus cabelos ou não poder usar um short no colorao que vao estragar sua experiencia!

 

Adriana Miller
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12 Dec 2014
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Viajando com Criancas: Dicas para lugares “exoticos”

Baby Everywhere, Dicas Aleatorias & Genericas, Viajando com crianças

A opção de usar a palavra “exótico” no titulo do post tem um propósito (calma ), mas em geral qualquer destino que seja diferente do que as pessoas esperam, gera o mesmo tipo de duvida: Como a Bella se adaptou no lugar______ (insira destino ou atividade). O que tem para fazer com bebes/crianças no lugar _____ (insira destino ou atividade).

Isabella com mulheres Bereberes em Marrocos

Eu ate entendo que certos destinos mais “diferentes” gerem mais duvidas mesmo, mas nos últimos meses eu recebi (e respondi) as mesmas perguntas/duvidas mesmo estando em lugares bem “batidos” turísticamente – como foi o caso de Capri na Italia, o Valle do Loire na Franca, Nova Iorque, e ate mesmo nos mercados de natal na Alemanha. Só para citar alguns. Até mesmo nos comentários do meu outro post sobre Marrocos rolou um bate=papo sobre porque certas famílias simplesmente não gostam de viajar com os filhos.

Hora do “recreio” no parquinho da Mesquita na Turquia

Ou seja – eh tudo uma questão de ponto de vista. O que pode ser super diferente e “exótico” para uma pessoa/família, eh super trivial e corriqueiro para outra.

Dancando “Gangnan Style” em Seul, Coreia do Sul

E bem, vou contar o moral da historia antes mesmo de terminar o post: a meu ver a função e responsabilidade de fazer um destino funcionar para crianças (de qualquer idade) eh dos país das mesmas, não do destino em si.Afinal cada lugar lida com crianças de maneiras diferentes – os pais devem avaliar bem isso e tomar todas as precauções para que essas diferenças culturais afetem as crianças o menos possivel durante a viagem.

Takling to the monks

Então cabe a você (prezado pai ou mãe que me lê) decidir se você esta disposto ou não a encarar certas situações. Mas pode ter certeza que se você estiver bem preparado, sua crianças nem vai perceber a diferença!

Porque pensa só: todos, TODOS os lugares do mundo existem crianças. Savana na África. Crianças. Cidade grande na América central. Crianças. Vilarejo de esquimós no polo norte. Crianças.

Então para o próprio bem de seus filhos (e seu!) e de suas viagens, não entre nessa de que “lugar tal não é lugar de criança”, pois existem crianças em qualquer buraco do mundo. E ponto final.

E como disse acima, o que eh exótico para uma pessoa, não é exótico para outra pessoa.

Duas situações me vem a cabeça pra dar de exemplo:

A primeira foi ha muitos anos atrás, muito antes de ser mãe – quando estava planejando meu casamento, que foi no Rio de Janeiro. Muitos dos amigos do Aaron (principalmente os Americanos) não foram, ou foram sem as famílias, pois afinal “Brasil não é lugar de criança”.

Sim. Eu ouvi isso. De uma pessoa esclarecida, viajada, estudada numa das melhores universidades do mundo. Aliais, de um não. De varias.

“Claro que vou no seu casamento! Mas minha esposa vai ficar com as crianças… não dá pra levar crianças pro Brasil”.

Pois é… eu também!

Um dos amigos dele foi pro Rio, e levou a mulher e a filha, que na época tinha apenas 4 meses de idade – ate hoje as pessoas ainda falam deles como “aqueles loucos & aventureiros que levaram um bebe pro Brasil!” mais de 5 anos depois, numa das viagens pro EUA ano passado ainda ouvi alguém conversando com tal criança (que na época tinha 5 anos) de como ela era “aventureira” pois ja tinha ido até pro Brasil! (¿!) #CúmuloDoExotismo

(E nao, nao me venha com essa de que “Americanos sao ignorantes”, porque com certeza você já pensou o mesmo sobre algum outro país do mundo!)

Nice hat!

Nas ruas da Bósnia

Outra situacao desse tipo aconteceu ano passado quando viajamos pelos Bankans com a Bella, na época com 8 meses. La estava eu, com ela no canguru quando entrei numa loja na Bosnia e comecei a conversar com a vendedora, que tinha uma filha da mesma idade. Fiquei uns minutos conversando com ela, e quando disse que moravamos em Londres, ela suspirou e comentou como tinha vontade de conhecer Londres, mas completou: “Agora so daqui a muitos anos. Meus filhos nao podem sair da Bosnia… Inglaterra nao eh lugar de crianca”

Bósnia. Inglaterra.

Pois é, reveja seus conceitos.

Fushimi Inari Shrine

Mas ok, então como manter sua sanidade mental – e segurança, rotina, alimentação, brincadeiras & diversão e afins – durante viagens “não clichê” que envolvam obrigatoriamente um resort com kids club na Praia ou Disney?

E lembre-se do que comentei no começo do post – cabe a você, pai e mãe garantir os “confortos terrestres” de seus filhos, seja lá onde for.

 

  • Segurança & Saúde:

Para mim, o mais óbvio de todos. A única coisa que me impediria de ir, ou levar mina filha a determinado lugar é a segurança física dela. Violência urbana, guerras e conflitos. E claro, riscos para a saúde e sua vida. Não preciso elaborar muito né?

Espero um dia na minha vida pode conhecer as montanhas do Afeganistão (e nao estou fazendo uma “ironia exagerada” não. As montanhas do Afeganistão são lindíssimas!), mas imagino que nos próximos anos isso nao seja possivel…

Pais com surto de Ebola?

Regiões montanhosas com ar muito rarefeito? (mas nao esqueca que mesmo aos pes do Everest e no Kilimanjaro existem muitas criancas – mas elas estão fisicamente acostumadas com isso, minha filha nao, e nao eh uma coisa que EU possa fácilmente mudar).

Ou seja, adoraria escalar outra montanha, mas os riscos da altitude elevada são um perigo para saúde – alem de que nessa idade, ela teria que nos acompanhar numa mochila – e sinceramente eu nao tenho o preparo físico para pasar 7 dias subindo montanhas com uma criança nas costas – as mulheres no Nepal fazem isso numa boa, eu… nao).

Também adoraria fazer outro safari, mas geralmente as empresas não permitem crianças menos que 5 anos.

Ou seja, se existe algum risco ou perigo, melhor deixar para depois.

E claro, tem também  lugares que nos parecem mais inseguros no ponto de vista da saúde, pois “o que fazer se meu filho ficar doente?”. Mais uma vez, estar preparado é chave. Afinal gripes, dor de barriga, infecção de ouvido e afins podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento – mas são pequenas tragédias se acontecem quando estamos longe de casa.

Farmacinha básica com remédios de emergência (é só pedir pro pediatra), bom seguro de saúde, lista de médicos que falem inglês no seu destino (prática que adotei quando viajava grávida e desde então não deixei mais de fazer). Outra coisa que faço quando planejo viagens mais “exóticas” com a Isabella é sempre ficar em hotéis de rede/internacional – praticamente uma garantia de que eles saberão lidar com emergências gringas, poderão de auxiliar a encontrar um médico no meio da noite, como descrever uma dor pro farmacêutico e afins.

 

  • Alimentação:

Ja falei em vários posts que sou relax no quesito alimentação. Claro que no dia a dia faço de tudo para que a Isabella seja o mais saudável possivel, mas se tiver que recorrer a papinhas prontas, comida congelada ou besteiras aqui e ali, não acho o fim do mundo.

Não sou dessas mães que acham que a criança vai desenvolver um terceiro olho só porque comeu um chicken nuggets, e também não acho que ela não vai passar no vestibular só porque não comeu comida “caseira” todos os dias.

Tanto para mim, quanto para ela, uma “alimentação balanceada” significa comer de tudo. Inclusive coisas que sabemos muito bem que – em excesso – nos fazem mal. (Adoro uma coca cola ou guaraná num copão de gelo acompanhando meu haburguer com batata frita. Então para que ser hipócrita?!)

Então fico sem saber o que responder quando recebo comentários/perguntas/emails do tipo “meu filho só come a comidinha com o temperinho de casa – não sei o que fazer pois vamos viajar” (e se vier cheia de diminutivos então, me tira do serio! Hahahah).

É mesmo cara-pálida?

Ou seja, não seja extremista nem caia na onda do “terrorismo nutricional” onde acabamos tão apavorados de pensar que algo “não eh saudável” #CulpaDoInstagram que privamos nossos filhos de experimentar sabores, texturas, temperos e ingredientes diferentes.

Para vida toda! Tem coisa mais irritante que adulto fresco?! E você acha que a “frescura” começou quando? Aos 37 anos que não foi! (e se você é desses que virou sem-lactose-sem-carboidrato-sem-açúcar-sem-gordura-sem-nada depois de velho….. ai cruzes!)

Mas enfim, perdendo o fio da meada.

Ninguém no mundo conhece seu filho melhor que você mesmo(a), então faca um bom exercício de consciência: será que meu filho vai comer tal coisa em tal lugar? E se não comer? E ai?

Tenha um plano A, um plano B e um plano C.

No Japão a Isabella estava numa fase super aventureira a mesa, e geralmente comia o que via os adultos comendo – tofu com curry? Check! Sashimi de salmao? Check. Noodles de arroz com molho de camarão seco? Check.

Hoje em dia eu tenho certeza que ela não ia querer nem olhar, pois esta numa fase super chata! Então nosso plano A, B, e C seriam optar com comer no hotel, levar comida, escolher opções mais internacionais e etc.

Mas como o pediatra dela sempre me diz: criança que tem comida em casa não passa fome. Se ela estiver com fome, ela vai comer.

Então como eu nunca sei como ela vai reagir durante as viagens, minha técnica sempre eh:

Café da manha reforçado: cereal com leite, iogurte, frutas, ovos. E sempre levo uma “marmitinha” na bolsa de fraldas, para emergências durante o dia: frutas (levo de casa uns potinhos vazios para guardar durante o dia opcoes tipo salada de frutas ou uvas ou morango, mirtilho etc), pães ou bolos e dependendo do clima (se for lugar frio) ate mesmo ovos (cozidos).

Se ela resolver comer o que nos comermos, to no lucro. Caso contrario, pelo menos ela terá uma boa seleção de opcoes saudáveis que ela sempre come.

O mesmo vale para o jantar, mas geralmente no fim do dia acho mais fácil encontrar uma opção mais “internacional” (nem que seja no room service do hotel!)

SE possivel eu levo comida (entre 6 e 18 meses levei comida – comprada pronta – em todas as viagens). SE possivel eu cozinho para ela (apenas quando ficamos na casa de família ou casa alugada com amigos).

Mas vocês nunca vao me ver planejando uma viagem em relacao a “tem que pasar na feira para comprar legumes frescos, depois cozinhar tudo no vapor, peneirar, bla bla bla”.

Ate uns meses atrás esse processo era mais fácil, pois era só levar (ou comprar já no destino) comidas prontas e papinhas de bebe. Mas com quase 2 anos prefiro que ela coma comidas mais “de verdade”.

 

  • Conforto e comodidades da vida moderna

Uma das coisas que mais mudou no meu estilo de viajar depois que a Isabella nasceu foram justamente os hotéis que escolhemos.

Tento contrabalancear: quanto mais diferente do nosso dia a dia for um destino, mais “internacional” e confortável o hotel precisa ser.

Porque afinal, cabe a mim garantir que ela estará confortável e terá acesso as coisas que esta acostumada no dia a dia, então meus pre-requesitos na escolha do hotel são:

Hotel que forneça berço

Hotel com café da manha

Hotel com opcoes de restaurantes e/ou room service

Hoteis de redes internacionais onde sei que o nível de Inglês falado pelos funcionários será bom o suficiente para nos auxiliar no dia a dia da viagem – seja na hora de reservar um taxi pro aeroporto, recomendar um restaurante ou passeio, e ate mesmo no caso de emergência (toc toc toc) nos orientar em relação a médicos, hospitais e afins.

A Isabella é uma criança levada e muito ativa, mas fácil de “administrar”, então desde que ela tenha uma boa noite de sono e sua rotina da hora de dormir seja constante, o resto do dia ela fica numa boa.

O café da manha, restaurante e room service eh para nos salvar nos momentos mais chatos para comer (que eh a “fase” atual dela) e salvar os país também! Afinal nem sempre da para sair para jantar no fim do dia ou alguma programação mais elaborada para família toda, então muitas vezes recorremos ao room service de hoteis mesmo depois que ela ja estava dormindo.

 

  • Rotina:

Não adianta tentar brigar demais com a mãe natureza: crianças gostam e precisam de rotina.

Mas não estou falando dessa coisa militar de “lanche as 10:15, almoço as 12:30, soneca as 2:00 etc” não. Para gente o que funciona melhor é manter o dia a dia na mesma ordem, sempre.

Quando ela acorda, a primeira coisa é mamadeira com leite (ai, amo essa fase de “Ma-maaaaeeee Bella acodô! Leite fufufu-avor” – o ‘por favor’ nem sempre sai espontaneamente! hhheeheh), só depois da mamadeira eh que trocamos a fralda. Ai dou algum livrinho para ela se distrair enquanto troco a roupa dela e penteio o cabelo.

Ela brinca um pouco enquanto eu e Aaron nos arrumamos, e ja vamos direto pro café da manha do hotel.

Como tento sempre fazer com que ela coma o máximo possivel no café da manha quando estamos viajando, ela não lancha pela manha – mas entre 11:30 e meio dia já começamos a procurar opcoes para almoçar. Se passar muito desse horário, sei que ela vai ficar irritada demais para comer – e consequentemente vai dormir menos.

Paramos para comer (que pode ser um simples “sentar na grama” enquanto ela come as frutas que trouxe do hotel, ou um banquinho na calcada enquanto comemos um cachorro quente de barraquinha).

Geralmente ela cai no sono logo depois de comer, e dorme entre 1 e 2 horas depois do almoço.

Dependendo da viagem, se der, voltamos pro hotel ou pro quarto para ela dormir no berço. Mas geralmente ela dorme no carrinho mesmo.

A tarde, depois que ela acordar, ela sempre fica mais ativa, então as atividades tem que ser mais físicas ou estimulantes – em Marrocos, para mina surpresa, ela adorou passear pelos Souks (muitas cores, muita gente fazendo gracinha para ela, muita coisa diferente ao mesmo tempo) sem querer sair do carrinho. Ja no mercado de natal na Alemanha, ela as vezes queria sair do carrinho, as vezes pedia colo e as vezes ficava numa boa sentadinha.

A noite, jantamos em algum restaurante (almoço costuma ser corrido quando viajamos, e deixamos o jantar como a refeição principal) ou no hotel, e na hora de dormir, tudo segue a mesma rotina e ordem de sempre: leite, depois banho (levo o sabonete dela com alguns brinquedinhos), lemos uma historinha, e cama (no “saco de dormir” que ela usa em casa e já está acostumada).

Ao longo das viagens aprendemos que essa ordem ajuda a administrar o jet lag, possíveis frescuras alimentícias, o humor e a energia dela.

Mas eh claro que cada criança é diferente – mas vai por mim. Mantenha a rotina e tudo ficara bem. A ordem dos fatores SEMPRE altera o resultado!

 

  • “Instrumentos” e “ferramentas”

Quanto mais velha for a criança – ate uma certa idade – mais difícil será mantê-la entretida por muito tempo. Sem sombra de duvidas a viagem MAIS fácil que fizemos com a Isabella foi a primeira, quando ela tinha apenas 9 semanas de vida! As pessoas ficavam apavoradas de nos ver viajando com um bebe tão pequeno, mas era tão simples e fácil viajar com um bebe que só mama no peito e fica paradinho no colo!

Hoje em dia é um arsenal de guerra, mas na boa, por mais que reclame sempre, eu prefiro ter tudo sempre a mão (Aaron é um santo, eu reclamo muito das nossas tralhas! Gosto de viajar leve, mas em 2 anos, ainda não consegui! Prefiro estar preparada com tudo que possa vir a precisar).

Jogo da memoria e sua bolsinha preferida

A começar por um bom carrinho, que é uma dica-repetição aqui no blog em quase todos os posts “genéricos” sobre viagens com a Isabella. Carrinho confortável = bebe confortável e feliz por mais tempo.

Nos usamos nosso amado Bugaboo Bee, mas quando ele empenou na volta de uma viagem e compramos um “guarda chuva” de quebra galho, imediatamente a primeira diferença foi que a Isabella não conseguia pegar no sono, e quando dormia, dormia por menos tempo! Ou seja, ficava irritada antes do almoço pois estava cansada mas não conseguía pegar no sono, e acordava irritada pois não estava descansada o suficiente a tarde (e portanto também ficava mais irritada no fim do dia e atrapalhava nossos planos de jantar).

Outro “instrumento de manutenção de crianças” é uma daquelas mochilinhas com coleira.

(pausa para as reações de horror das mães!)

(vai lá, pega um copo de agua para acalmar suas palpitações)

Não, eu não considero minha filha como um cachorro, não se preocupem.

Mas eu sei que ela eh uma criança muito ativa, gosta de andar e correr para cima e para baixo e não gosta de dar a mão na rua.

Então eu faço uma escolha simples: posso privar minha filha de andar (gastar energia, se exercitar), explorar os lugares, e se sentir parte da viagem ou obrigar que ela fique o tempo todo reclamando no carrinho. Posso correr o risco de que ela corra pro meio da rua numa cidade movimentada, ou se perca na multidão de um mercado de rua.

Ou então posso ate mesmo deixar de fazer certas coisas pois “minha filha não para quieta no carrinho” e não consigo viajar com ela.

Ooooooou posso enfrentar os olhares horrorizados das pessoas na rua – que sinceramente, não me afeta/incomoda. Se ela estiver segura e feliz, eu to feliz.

Para mim a escolha eh simples.

Hoje em dia a Isabella não aceita mais ficar amarrada no carrinho por 10 horas seguidas, e por mais que sempre tente encaixar um jardín/parque/parquinho na programação do dia, nunca da para prever que horas será o próximo chilique e gritos de suplício “Bella chão? Sim? Acabou sentar? Sim?” (ahahah! To amando essa fase dela começar a falar e se expressar!). Então a mochilinha-coleira esta sempre a postos para aquele momento que ela precisa de uma meia horinha “independente” andando por ai.

Não precisamos dela quando estávamos nos jardins dos castelos na Franca, nem passeando pelo Central Park em Nova Iorque, mas foi essencial nos templos do Japão, no Souk de Marrakech ou no calçadão de Ipanema no Rio.

Dando um pouco de agua pra Peppa Pig durante o por do sol em Marrakech

E claro: brinquedos, livros, iPad, caderninhos de colorir e afins.

Por um lado essas “ferramentas” ajudam a manter um certo grau de familiaridade da criança numa ambiente tão diferente (a historinha preferida na hora de dormir, o ursinho preferido para acalmar o choro etc), mas são ÓTIMOS para os país também!

Jantar romantico em Carpi, um oferecimento: Galinha PIntadinha!

Jantar romântico na Itália? Galinha Pintadinha. Voo com turbulência? Jogo de quebra cabeça da Peppa Pig no iPad. Por do sol no restaurante em Marrocos? Cartas do jogo de memoria dos animais. Dia de chuva na beira da Praia na Turquia? Maratona “Fireman Sam” no iPad.

Claro que volta e meia ouço aqueles comentários “meus filhos nao brincam com eletrônicos!”. Ah eh mesmo?! Que bom para voce! A minha filha nasceu em 2013 e tentar evitar que ela não tire vantagem da tecnologia de sua geração é uma besteira.

Mas depois não me venha com “não consigo sair para jantar, meu filho não para quieto!”

Claro que tento diversificar com outras opcoes de brinquedos (ate porque nessa idade ela cansa rápido do iPad), mas no meu “Hall of Fame” da maternidade as invenções do Sr Steve Jobs estão ranqueadas logo abaixo da invenção da fralda descartável!

No voo pra Marrocos sentamos bem do lado de uma família com um menino da mesma idade da Isabella, que chorou sem-para as 3 horas de voo. Tudo bem que o voo não era longo, mas no mundo de uma criança de 2 anos, ficar parado e sentadinho por 3 horas seguidas não existe! E eles não tinha um livro, um brinquedo, um joguinho, NADA pra distrair o menino! Morri de pena da mãe, sendo fuzilada com olhares de ódio dos outros passageiros e acabei dando o meu iPad pra menino jogar durante o resto do voo.

 

  • Atividades:

“O que tem para fazer com crianças no lugar _______(Insira destino)”. Tudo que VOCÊ oferecer ao seu filho.

Claro que isso depende demaaaaaais da idade da criança, mas ainda não captei a preocupação nem a diferença (ou seria vantagem?!) entre deixar minha filha explorar os corredores de um mercado árabe ou leva-la a um “museu da criança”?

Pelas ruinas de Pompeia

Entre passar a tarde num parquinho, ou deixa-la passear pelo Central park. Entre as luzes de Harajuku em Toquio ou um “aquário”? (fato: levamos a Isabella no Aquario de Seul, na Coreia, e tudo que ela quis fazer foi subir e descer as escadas. Mas nas ruas de Toquio ou jardins dos Templos de Quioto ela brincou, interagiu e pareceu mais interessada e engajada!)

Ruas de Shybuya, Toquio

Ou porque alguns pais acham que uma criança NÃO gostaria de conhecer um Castelo de verdade por dentro? Ou não acharia um mercado de natal estimulante?

Sei lá, de repente você tem razão. É, voce mesmo, me julgando e pensando que “espera so ate ela fazer X anos?!” “Coitada dessa crianca, nao pode nem ir no parquinho?!”.

No Aquario de Seul, Coreia do Sul

O tempo é o melhor remedio, e pode ser que tudo mude daqui a uns anos. (e por isso que esse blog nao se chama “Guia definitivivo como sobre criar seus filhos. Eu sou melhor mae que voce” HAHAHAHAHAHA)

Ate hoje (eu sei, ela tem apenas 2 anos…. Mas ja foram mais de 20 paises visitados em 5 continentes, entao tenho um certo embasamento empírico…) ainda não passei por uma situação onde não tinha NADA para fazer com a Isabella.

“Bella, vamos contar quantas pedrinhas cabem na sua mochila?” (Jardins de castelos no Vale do Loire)

“Bella? Cade a mamae? Achou!” (me escondendo atrás da pilastra num templo em Seul)

“Quais as cores do azulejo na parede?” (dentro da mesquita em Marrakech)

“Vamos subir as escadas? Da a mao para mamae” (nas ruinas de Pompeia).

Sim, é muito mais cansativo quando VOCÊ tem que brincar com SEU filho, e as vezes é ooooootimo entrar num parquinho, e deixar ela solta nos brinquedos sem ter que ficar inventando mil coisas ao mesmo tempo #ClicaNoInstagram – mas esses são os momentos de descanso numa viagem, nao a atividade principal.

Parquinho no Brooklyn, Nova Iorque

Minha cabeça funciona assim: prefiro subir e descer as escadas do mesmo templo no Japao 592 vezes e IR AO JAPÃO do que limitar minhas opcoes a “atividades de criança” apenas e nao ver nada de diferente no mundo. Ou pensar que já que não vou conseguir seguir todas as 649 dicas do guia de viagem, então melhor nem ir.

Para mim é simples, mas muita gente discorda. E tudo bem. Cada um sabe o que eh melhor para seus filhos.

Adriana Miller
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