Desde que eu postei sobre minha rotina de cuidados com a pele durante a gravidez, algumas leitoras me pediram pra falar sobre o Creme de la Mer – mas eu esqueci completamente, ate que uns dias atras quando postei uma foto do meu armário do banheiro é que me cobraram o post! :-)
Bem, o Creme de Lá Mer sempre foi um daqueles cosméticos que a gente passa a vida toda ouvindo como são espetaculares e tal, mas o preço proibitivo sempre me assustou.
Mas durante a gravidez resolvi “investir” pois já que não podia usar nenhum de meus cremes/ácidos preferidos e tive que usar apenas hidratantes “normais” quis que fosse o melhor possível!
E a linha de produtos da Creme tem toda aquele coisa da ciência por trás, que realmente da mais embasamento ao preço e as promessas (a formula “milagrosa” foi desenvolvida por um físico da Nasa que sofreu queimaduras em laboratório e queria algum “balm” que ajudasse na cicatrizarão e recuperação da pele).
Hoje em dia eu já voltei com minha rotina normal (voltei a usar cremes com acido retinoico e hidroquinina prescritos pela minha dermato no Rio), mas ainda uso o Creme de La Mer algumas vezes por semana quando quero dar um descanso pra pele (os ácidos judiam mesmo!).
Mas é então, vale isso tudo?
Huuum… Nao sei.
Sim o hidratante é otimo e realmente eu sinto que ele “recupera” a pele (principalmente agora que estou usando meus ácidos de novo), mas é não aquela coisa de “Ohhhhhhh” (onomatopeia de anjos cantando em coral!), sabe?
Então uma coisa é certa: nao recomprarei!
O frasquinho tem apenas 30ml (mas rende que é uma beleza) e nao justifica o precinho de quase 200 dólares!
Ainda prefiro mil vezes o Shiseido “White Lucency” (tem um post antigão falando dele aqui no blog!), que é meu hidratante preferido de todos os tempos!
Mas ainda vou continuar usa do o La Mer por bastante tempo (meu frasco nao esta nem na metade), mas como já estou usando a quase 1 ano, duvido que minha opinião vá se transformar assim nao.
Então para um hidratante sem “princípios ativos” e sem grande efeitos anti-rugas, anti-manchas e anti-problemas em geral, ele promete muito e nao cumpre tanto – pelo menos nao com aquele efeito “nossa! A melhor coisa que já usei na vida!” Que seu preço demanda.
Além disso ele é super cremoso, e apesar de ter comprado a versão “Soft crème” (versão para peles jovens) que é menos oleosa, nao é o tipo de hidratante que daria pra usar durante o dia ou em climas muito quentes.
Eu tive que me segurar pra não escrever um titulo de traseira de caminhão do tipo “É nas menores embalagens que estão os melhores países!” para falar sobre Liechtenstein, essa mini principalidade escondidinha entre a Suíça e a Áustria que é tão pequena, que geralmente seu nome (semi-impronunciável) não cabe nos mapas da Europa!
Se a Suíça já é um pais pequeno (para padrões continentais dos Brasileiros), então imagine Liechtenstein como um pais de bolso: a principalidade tem apenas 40 mil residentes e eh o terceiro menor pais da Europa (só fica na frente do Vaticano e Mônaco), com suas cidadezinhas ponteando um pedacinho dos Alpes no vale do rio Reno.
Culturalmente, não da pra negar que Liechtenstein é praticamente uma Suíça de bolso: o pais usa o Franco Suíço como sua moeda oficial, eh representado pelo governo da Suíça no exterior e na ONU além de também tirarem proveito de sua defesa das forcas armadas (apesar de que os cidadãos de Liechtentein não tem que passar pelos 2 anos obrigatórios do serviço militar Suíço – ate porque eles tem seu próprio exercito, composto por – pasmem! – 80 homens!).
E eles não parecem se incomodar por viver a sombra de seu vizinho, muito pelo contrario! Liechtenstein vive uma vida pacata, na sua e fazendo as coisas de seu jeito – afinal o que eles não tem em tamanho, eles tem em poder econômico, tendo a maior renda per capita e poder aquisitivo do mundo, além de terem a menor divida externa do planeta (proporcional ao PIB) e também a menor taxa de desemprego (apenas 1% da população não tem emprego formal). E como se isso tudo não bastasse, o soberano do pais, o Príncipe Hans-Adam II eh um dos monarcas mais ricos do planeta, apesar de oficialmente não ser “rei”.
E nem precisa, pois como chefe monárquico de estado ele tem poder absoluto – o ultimo na Europa a seguir esse modelo – podendo fechar o parlamento a qualquer momento, podendo vetar qualquer lei e criar novas leis! Não é exatamente uma ditadura, já que o pais se identifica como uma “Monarquia Constitucional Democrática” e seus membros do parlamento são votados e escolhidos pela população, mas sem duvida Hans-Adam ainda eh o monarca mais poderoso da Europa.
Mas apesar de seu tamanho diminuto, a geografia Alpina do pais ajuda bastante em sua “grandiosidade”, fazendo com que as diferentes cidades (são 11 municipalidades no total) sejam afastadas umas das outras e nao é possivel “ver” o pais todo de ponta a ponta!
Mas para surpresa de nossos amigos Suíços (que nao entendiam porque uma Brasileira e um Americano queriam gastar tempo conhecendo um pais como Liechtentein!) queríamos dar o devido credito ao pais, e evitar a visita típica que a maioria das pessoas faz, só “pra constar” mais um pais na lista – afinal eh facílimo “somar” mais um pais, ja que Liechtenstein fica a cerca de 1 hora e meia de Zurique (de carro).
Afinal tudo que achei on line sobre o pais relatava exatamente isso, numa vibe de “já que estava por lá, porque não?!”, e todos com a mesma conclusão: eh possivel visitar Vaduz – a capital do pais – em menos de 1 hora e pronto.
Mas aproveitamos que podíamos passar mais tempo por lá e resolvemos ir ficando, passamos uma noite no pais e exploramos alem da ruazinha principal de Vaduz.
E assim fomos descobrindo novas cidadezinhas charmosérrimas pelas estradas, e ate mesmo áreas históricas nos arredores da cidade que não constam nos guias.
Infelizmente não nos planejamos o suficiente pra fazer duas coisas que amamos e sao excelentes no pais:
Em primeiro lugar as trilhas e caminhadas! Liechtenstein tem centenas de quilômetros de trilhas excepcionais pelas montanhas, com vistas maravilhosas e uma infra estrutura de tirar o chapéu!
Como as cidades e vilarejos estão bem pertinho um do outro, somado a trilhas bem demarcadas, eh possivel explorar a região independentemente e ir caminhando (ou pedalando) de cidade em cidade por vários dias a fio (me lembrou bastante a escalada que fizemos no Nepal, onde a cada meia hora a 1 hora passávamos por um novo vilarejo, com lugares pra comer, dormir, descansar, etc so que com a infra estrutura dos Alpes!).
E em segundo lugar eh o esqui!
Com uma qualidade de neve igual a Suíça e Áustria (que tem algumas das melhores pistas e resorts do mundo), porem em escalas menores o que fazem com que seja o lugar perfeito para iniciantes (como eu!) ou para quem esquia por puro prazer, sem levar muito a serio.
E o melhor: como eles nao querem (nem tentam) competir com as estações baladas de seus vizinhos, os preços para esquiar em Liechtenstein sao uma fração do custo dos passes de esqui na Suíça ou Áustria, mas mantendo aquela charme Alpino autentico da região!
Então ao contrario do que muita gente pensa, vale demais a pena dedicar um tempinho a Liechtenstein e tirar proveito do que o pais tem de melhor – por mais que seja uma versão miniatura de seus vizinhos famosos!
E pra chegar lá também eh facílimo!
Voamos de Londres diretamente pra Zurique e alugamos um carro ainda no aeroporto mesmo (nao existe transporte publico direto entre Zurique e Vaduz, e como o transporte interno seria precário e queríamos poder explorar a região livremente (além de todas as tralhas de um bebe…), um carro alugado foi a melhor opção) – eh importante atentar para o tipo de carro alugado e a epoca do ano da visita, pois durante o inverno a regiao recebe muita neve o que faz com que seja mais difícil dirigir (pra quem nao tem o costume de dirigir na neve…).
Zurique e Vaduz sao basicamente conectadas por uma auto-estrada, excelente, rápida e com vistas espetaculares! Daquelas situações onde a jornada ja vale pela viagem em si! E em cerca de 1 hora e meia já estávamos em Liechtenstein.
Os preços no pais sao proporcionais a sua “riqueza” e tudo eh muito, muito caro (fazendo a Suíça ate parecer baratinha…), e como as opções de hospedagem, restaurantes, bares etc nao sao muito variados, invariavelmente qualquer viagem pra lá acaba saindo caro.
A moeda é o Franco Suíço, mas o Euro é aceito em quase todos os lugares (quer dizer, o Euro foi aceito em todos os lugares que fomos), e muitas vezes os preços são expostos nas duas moedas.
E por isso mesmo optamos nao nos hospedar em Vaduz, a capital, e que concentra a maioria dos hoteis do pais. Mas como as distancias sao tao curtinhas, ficamos na cidade vizinha Trisenberg (menos de 10 minutos de distancia), que alem de muito mais bonita que Vaduz, ainda oferece melhores vistas do vale e das montanhas e melhores precos!
Nos alugamos um chalet bem tipico Alpino em Trisenberg, o Appartement Fernsicht Triesenberg, gerenciado por uma dupla de mae e filha simpaticissimas e que fizeram de tudo pra nos acomodar muito bem!
E elas também sao donas do cafe/restaurante “Guflina” tao aconchegante e com uma vista tao espetacular que acabamos cancelando nossa reserva pra jantar em Vaduz e ficamos por la mesmo, onde jantamos no sábado a noite e ainda voltamos pro cafe da manha no domingo!
Adriana Miller, Carioca. Profissional de Recursos Humanos Internacional, casada e mãe da Isabella e do Oliver. Atualmente morando em Denver, Colorado, nos EUA, mas sempre dando umas voltinhas por ai. Viajante incansável e apaixonada por fotografia e historia.
Eu sou uma pessoa de rotinas. Nao sei fazer nada que nao seja numa sequência lógica.
Pelo simples motivo de que sou super bagunceira e desorganizada (quem já chegou na minha casa desavisado entende o nível! Kkk).
Então pra vida nao virar um caos eu estabeleço certas rotinas no meu dia a dia e assim vou fazendo as coisas no piloto automático, sem pensar muito, e quando me dou conta, ja esta feito!
E essa foi uma das coisas que mais senti falta no dia a dia com um bebe recém nascido: aquela falta de rotina e continuidade louca das primeiras semanas!
Mas a medida que o tempo foi passando e as coisas se ajustando com a Isabella, fui desenvolvendo novas rotinas pra mim e pra ela e assim finalmente ficamos numa boa!
E uma das coisas que eu mais senti falta no meu dia a dia foi minha rotina matinal – principalmente a diversão de me maquiar pela manha!
Esse é outro hábito que faço na repetição, sem inovar nem pensar muito – essa coisa de todo dia usar uma sombra diferente, esse ou aquele produto e elaborar novas produções nao funciona pra mim nem pro meu estilo de vida/ambiente de trabalho.
E se minhas manhãs já eram correria (acordar-ginástica-café da manha-banho-escolher roupa- ir pra estação-pegar o trem pro trabalho) agora ficou pior ainda com a adição de acordar e arrumar a Isabella e ainda passar um tempinho com ela antes dela ir pra creche.
Então aproveito a meia horinha que tenho no trem todas as manhãs pra me maquiar (e no outro dia rolou um debate muito engraçado no Instagram -@DriMiller – sobre isso!), então minha atual rotina de maquiagem esta assim:
– Base: Chanel Vitalumiere Aqua (cor 20 beige) base cremosa super levinha mas com ótima cobertura)
– YSL Touche Eclat cor 2
– Corretivo Cle de Peau (cor Ivory – outra compra de viagem que acabou nunca aparecendo por aqui! Comprei em Pequim na China a quase 2 anos atras!!)
– Pó translúcido Bobbi Brown (cor 2 Sunny Beige – sem cobertura nenhuma, é só pra tirar o brilho mesmo)
– blush YSL Fard a Joues “variation blush) (cor 16 – to adorando a cobertura levinha mas com ótima pigmentação, que mistura um tom de pêssego com rosa mais forte que fica otimo pro dia a dia)
– Delineador Bobbi Brown em gel (cor black ink) e uso de pincel um antigo delineador da YSL (eyeliner automatique) que é uma porcaria mas que acabou sendo o melhor aplicador/pincel do mundo!!)
– Rímel Eyeko “Big Eyes”
A principal novidade na rotina é mesmo a base, que eu nunca gostei de usar porque acho que o risco de ficar artificial é grande e nao gosto muito da “sensação” de pele com base. Mas depois da amamentação me surgiram umas machinhas na maça do rosto (grrrr ódio! Sobrevivi a gravidez toda sem manchas, mas bobiei durante a amamentação e já era!) então enquanto estou tratando e elas não somem, vou escondendo com uma base bem levinha, mas com ótima cobertura e fixação.
(E por falar em bater papo no Instagram, esse é o resultado “semi-perfeito” de passar delineador num trem em movimento!)
Adriana Miller, 35 anos, economista, casada e mãe da Isabella. Atualmente morando na Inglaterra, mas sempre dando umas voltinhas por aí. Viajante incansável e apaixonada por fotografia e história.