04 Dec 2013
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Low Cost: Viajar de EasyJet com um bebê

Avião, Baby Everywhere, Croacia, Dicas (Praticas!) de Viagem, Dicas de Viagens, Viajando com crianças, Voos Low Cost

Viajantes mundo a fora sempre são classificados de acordo com alguns rótulos (mochileiro, aventureiro, de luxo, de resort, etc).
Já Entre as famílias viajantes, são categorias: as que viajam com seus filhos, e as que simplesmente preferem deixar pra depois (seja porque da trabalho, porque acham que as crianças não vão lembrar/aproveitar, ou o que for).

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Então entre os muitos comentários não solicitados volta e meia nos ouvimos de amigos e conhecidos que viajar com a Isabella nesses últimos meses tinha sido fácil pois viajamos sempre cias aéreas tradicionais. “Queria ver se vocês iam achar tão simples assim na Ryanair ou Easyjet!”, me falaram uma vez.

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Pois bem. Esse dia finalmente chegou, e nós 3 embarcamos rumo a Croácia em Agosto voando Easyjet.
Eu já fiz vários posts sobre os poréns de viajar de low cost, e a verdade verdadeira é que realmente ja se foi os tempos áureos em que realmente valia a pena passar por certos apertos em nome de tarifas quase de graça.

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Sim elas existem, mas com a popularização dos vôos low cost (afinal não são mais novidade) e aumento na regulamentação do setor (mais taxas, mais impostos etc que são repassados aos passageiros), quando colocamos na ponta do lápis todos os extras (monetários e de inconveniência), poucas vezes ainda vale a pena encarar a Ryanair (insira aqui o nome de qualquer cia de low cost na Europa).

Mas ainda assim, com todo planejamento, antecedência e seguindo alguns princípios básicos (que já falei bastante em vários posts aqui ó) volta e meia nao tem como resistir!

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Então lá fomos nos!
Mas afinal, como funciona viajar de low cost com um bebe de colo?

Bem, no geral a maioria das regras ainda valem e são exatamente as mesmas!

– Preço:

O principal problema de viajar de low cost, eh que eh muito fácil levar gato por lebre – o preço final da sua passagem NUNCA será aquele precinho que aparece ali na primeira tela.

Então seja numa viagem com crianças ou não, é preciso levar tudo em consideração: todas as taxas extras, os impostos, o check in on line, a bagagem extra, a distância dos aeroportos, etc, etc (muitos mais detalhes nos posts aqui).

Mas como queríamos viajar na alta temporada pro Sul da Europa, ainda assim, vale a pena viajar de Easyjet e não tivemos medo de arriscar! (ou seja, não é que a passagem tenha sido suuuuper baratíssima, apenas saiu mais barato do que em uma cia tradicional como a British Airways, por exemplo).

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Além disso, assim como em cias aereas tradicionais, bebes de ate 2 anos, viajando no colo de um adulto nao pagam a passagem cheia.

No caso da easyjet, em vez de pagar algumas taxas e um proporcional do preco da passagem dos pais, as criancas pagam uma tarifa fixa de 20 Libras por perna da viagem.

Então se sua viagem for mais cara, as 40 Libras pagas pelo bebe acabam não sendo nada no custo total – mas se você achar uma passagem super baratinha, daquelas quase dadas, pode ate ser que seu filho pague mais que você! (se for esse o caso, basta comprar um assento de “adulto” separado.

 

– Bagagem:

Emendando no tema “preços”, uma das principais maneiras de deixar suas viagem de low cost econômica é viajar soh com bagagem de mão.

Bem, com um bebe de colo eu ainda não aprendi a viajar “leve”! Então sabíamos que seria impossível viajar apenas com 1 mala/bolsa de mão cada um e não despachar mala nenhuma, pura e simplesmente porque bebes e crianças demandam muitas “tralhas” e quase tudo é muito volumoso (fraldas, leite, brinquedos, mudas extras de roupa, enfins). Alem disso bebes pagando a tarifa de “colo” (“Lap infant” em Ingles) nao tem direito a nenhuma bagagem de mao, o que complica ainda mais.

Então de cara, no ato de marcar a passagem já confirmamos que queríamos despachar uma mala – pagamos a tarifa para uma mala de 20 quilos, que foi mais que suficiente para nos três.

Já a bagagem de mão não tem jeito mesmo! Cada adulto só pode levar um único volume (uma bolsa feminina OU mochila, OU sacolinha OU mala de cabine OU bolsa de laptop OU…), e crianças de colo não tem direito a nenhum volume. Então esqueça a bolsa de fraldas, a mochilinha com brinquedos extras pro voo, ou a bolsinha com fraldas de emergência. É um volume só e ponto final.

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Então o que fizemos foi levar uma mala de mão vazia com a gente, e segundos antes de embarcar, coloquei minha bolsa, a bolsa de fralda da Isabella, e os demais cacarecos que queríamos levar no avião dentro dessa mala (mamadeira extra, cobertor, iPad, briquedinhos, etc)!

(P.S. Os seguranças implicaram e nos pararam pra saber porque passamos pela segurança com uma mala vazia, mas ai expliquei que era pra colocar todas as outras bolsas e sacolas no voo da Easyjet e eles entenderam sem problemas)

Então conseguimos entrar com tudo sem problemas, e a medida que fomos precisando de certas coisas duranto o voo, era so retira-los da mala que estava no bagageiro acima de nosso assento.

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Além disso, assim como nas empresas áreas tradicionais, bebes e crianças tem direito a levar ate 1 carrinho e um bebe conforto sem pagar nada extra!

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E também pudemos levar o carrinho da Isabella conosco ate a porta do avião – e a recolhemos após o desembarque na Croácia.

 

– Durante o voo:

O voo propriamente dito foi igual a outro qualquer.

Sim, os aviões de low cost são mais desconfortáveis, mas os voos também são bem curtos, então ninguém ficou sofrendo não.

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Levamos brinquedinhos, leite, chupetas, mantas, desenhos e afins para distrai-la durante as quase 3 horas de voo e foi tudo numa boa.

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E mesmo em voos mais longos (alguns voos podem chegar a 5 horas) os aviões utilizados pelas cias de low cost nao possuem bercinhos para bebes de colo, e pais com crianças também não tem preferência para as poltronas da frente (mas você pode pagar uma taxa extra para ter direito a esses assentos, ou para ser o primeiro a embarcar no avião e tentar pegar uma poltrona melhor).

 

– Os aviões:

Os aviões seguem os padrões normais de segurança exigidos a Europa, então todos tem equipamento salva vidas e de segurança para bebes e crianças, todos os banheiros tem trocador de fraldas, e todos oferecem o cinto de segurança especial para crianças de colo.

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– Os services:

Uma cosia que sempre fica aparente quando viajamos de low cost é que qualidade de serviço não é o forte das empresas. E esteja você com bebes e crianças ou não, a coisa vai ser mais ou menos a mesma.

Famílias com crianças tem preferência de embarque, mas só depois que os passageiros que pagaram por certas regalias (assento preferencial, Embarque preferencial etc) já tiverem embarcado, então a não ser que você compre uma das opções extras de serviço, mesmo com bebe pequeno você nunca ser o primeiro a embarcar.

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Além disso, tudo oferecido/fornecido a bordo eh cobrado a parte – então seja a agua mineral para misturar o leite do bebe, ou o biscoitinho pro lanche da criança, tudo devera ser comprado a parte.

Os preços a bordo não chegam a ser uma loucura não, mas as opções são limitadíssimas (muita porcaria industrializada), e não custa nada já embarcar preparada com tudo que você acha que seus filhos possam precisar (quase todos os aeroportos Europeus – e 100% dos aeroportos Britânicos – tem farmácias dentro dos terminais, que vendem tudo que crianças podem precisar).

Porem, uma vez lá dentro as comissarias foram super simpáticas e solicitas, como seria de se esperar de uma cia aerea.

 

Mas e então, valeu a pena viajar com bebe na Easyjet? Ou foi muito perrengue?

Sim, valeu, pois conseguimos economizar uma quantia considerável no preço da passagem, mesmo com alguns extras que optamos pagar.

E claro que viajar com um bebe sempre adiciona perrengues a qualquer viagem, seja de primeira classe ou de Ryanair – e quem discordar estará mentindo! :-)

Mas como em qualquer situação Low Cost, estando preparado e com tudo bem planejado, foi uma viagem como outra qualquer!

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Adriana Miller
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01 Jul 2013
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Giant’s Causeway e a estrada costeira da Irlanda do Norte

Dicas de Viagens, Irlanda (do Norte)

A cereja do bolo de qualquer viagem pra Irlanda do Norte é ver de perto a Giant’s Causeway – essa formação rochosa composta por mais de 40.000 colunas de basalto  em formato hexagonal, bem na pontinha norte da ilha.

De um lado esta a explicação geológica do fenômeno: uma erupção vulcânica ha mais de 60 milhões de anos atrás, que ao ser imediatamente esfriado pelo mar gelado do norte, se solidificou e “cristalizou”, dando o formato peculiar – e único! – as colunas.

De outro lado, e muito mais interessante esta a lenda Irlandesa-Escocesa, que também explica o nome (Giant’s Causeway significa “A ponte do Gigante”) dado ao local quando foi descoberto no século 17.

Segundo a tal da lenda, dois gigantes dominavam a Irlanda e a Escócia, separados penas pelo estreito Canal do Norte (que separa os dois países) e eram inimigos.

O gigante Irlandês desafiou o gigante Escocês, sem saber que na verdade ele era muito maior. Ao descobrir isso, a mulher do gigante Irlandês sugeriu que ele se disfarçasse de bebê – porém o gigante Escocês (que acreditou no “disfarce”) ficou assustado; afinal se o bebê era daquele tamanho, imagina então como seria o pai!

E quando fugiu de volta pra Escócia ele foi destruindo a tal da ponte, pra evitar que o super gigante Irlandês fosse atrás dele. E completando a lenda, a pequena ilha Escocesa Staffa também tem as mesmas colunas de basalto (afinal fizeram parte da mesma erupção vulcânica), que segundo a lenda, são pedaços da ponte que foi ficando pelo caminho.

E realmente é impressionante ver algo assim de perto! Não só pelo tamanho das colunas (algumas já gastas pelo tempo e bem pequenas, enquanto outras passam dos 28 metros de altura), mas principalmente pela precisão geométrica de cada coluna!

Mas o que gostei mesmo foi de chegar até lá!

Nós alugamos um carro (como contei aqui), se seguimos pelo caminho mais longo, pela estradinha costeira “Causeway Coastal Route”, que sobre de Belfast, pela costa leste da Ilha até o norte.

E a estrada é costeira MESMO, com dezenas de quilômetros beirando o mar do norte e sua paisagem dramática!

Foi tenso – afinal dirigir do lado contrário sempre leva um tempo pra se acostumar (já que não dirigimos aqui em Londres, então acabamos não tendo muita prática mesmo), principalmente numa estradinha estreita, de fila única e sem acostamento!

Então aproveitamos pra ir parando pelo caminho, dando uma folga pros nervos e pra Isabella, e ir curtindo as atrações e cidadezinhas no meio do caminha.

 

Volta e meia virávamos uma curva, dávamos de cara com uma paisagem estonteante e parávamos o carro!

Então demoramos mais de 3 horas pra chegar até lá (a estimativa “ponto A ao B” era de menos de 1 hora e meia)!

Mas paramos no castelo de Carrickfergus, logo depois que saímos de Belfast – não deu pra resistir o cenário do castelo medieval na beira do mar, de frente pro porto fofo!

E seguimos a recomendação do nosso hotel e paramos pra almoçar em Ballygally, bem na beira do (furioso!!) mar, no hotel “Ballygally Castle“, que por acaso estava servindo um Sunday Roast maravilhoso.

E por fim, paramos de novo pra tirar umas fotos já quase chegando em Glenariff, onde a estrada pára de beirar o mar, e passa a cortar o interior da ilha.

Adriana Miller
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12 May 2012
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Roteiro de viagem Asia 2011/2012

China, Cingapura, Dicas de Viagens, Indonésia

Nossa viagem durou apenas 3 semanas e meia, mas ja que eu demorei quase 6 meses para conseguir postar tudo por aqui, sei que a sequencia da viagem criou confusao, e como recebi muitas perguntas sobre o roteiro especifico que fizemos e quantos dias passamos em cada lugar, achei que valeria a pena fazer um resumao passo a passo da viagem.

Lembrando que no total visitamos 3 paises (na verade 4, incluindo um pernoite em Kuala Lumpur), e viajamos atravez de uma area geografica bem extensa, oque nos proporcionou fazer a combinacao perfeita de cidade grande + praia + templos historicos e frio + calor que queriamos.

Os posts ficaram espalhados e datados entre Dezembro de 2011, logo quando embarcamos, ate Maio de 2012, quando tive tempo de terminar de escrever e postar todas as fotos, mas a viagem foi feita apenas durante as tres semanas entre o Natal e as duas primeiras semanas de Janeiro (nos embarcamos no dia 22 de Dezembro de 2011 e voltamos no dia 15 de Janeiro de 2012.

Entao o roteiro ficou assim:

Londres – Beijing – Hong Kong

Nossa primeira parada foi Hong Kong, onde passamos o Natal e os 3 primeiros dias (e 3 noites) da viagem.

De la, pegamos um ferry e fomos direto pra Macau, onde passamos 2 noites e um dia inteiro.

De Macau voamos para Bali de Air Asia, via Kuala Lumpur. Passamos um dia inteiro viajando.

Em Bali passamos 5 dias e 6 noites, incluindo a noite de revellion.

De Bali voamos diretamente pra Cingapura, onde passamos mais 3 dias e 2 noites.

De Cingapura voamos Air Asia novamente pra Kula Lumpur, onde passamos uma noite, e no dia seguinte voamos pra Xangai.

Em Xangai ficamos mais 3 dias e meio e 3 noites.

Entao voamos pra Xian ja tarde da noite, onde passamos 1 dia inteiro e duas noites.

Por fim chegamos ao nosso destino final, Pequim – onde ficamos mais 4 dias e 4 noites.

 

E sem esquecer claro, dos posts “making off”, incluindo a mala/mochila que levei nessa viagem e mais algumas dicas sobre planejamento de viagem e transporte interno na Asia (AQUI e AQUI).

 

Adriana Miller
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