27 Feb 2012
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Guia Generico de Viagem de Low Cost pela Asia (Parte 2)

Dicas (Praticas!) de Viagem, Dicas de Viagens, Voos Low Cost

Voltando ao topico de viagem pela Asia… Mais algumas conclusoes e recomendacoes filosoficas que aprendi depois de 3 viagens distintas que cobriram 10 paises do continente (a primeira foi essa, a segunda essa, e a ultima essa aqui).

Alem de todos os principios basicos de viagem de baixo custo em qualquer lugar do mundo, uma coisa que vale a pena salientar na Asia sao as distancias.

Pelo menos no meu caso, por morar e viajar a tantos anos pela Europa, eu acabo com aquele conceito de que viagem low cost = viagem baratinha e viagem rapidinha. Porque afinal, morando em Londres eh super facil achar uma passagem a preco de banana, e com apenas um voo de 2 horinhas, eh facilimo ir passar um fim de semana em Roma, ou Barcelona, ou Compenhagem, por exemplo, mesmo que estejam em extremos oposto do continente.

Entao pra mim a primeira coisa a adpatar foram justamente as distancias e tempo de viagem.

Afinal ao olhar um mapa do Sudoeste Asiatico eh facil cair no erro de achar que esta tudo ali pertinho… mas a verdade eh que geograficamente a regiao eh enorme, e pouquissimos voos serao menos de 3 ou 4 horas! A principio isso pode parecer pouca coisa e passar despercebido, mas somado ao translado a aos aeroportos em cidades muitas vezes sem boa insfraestrutra, mais check in, mais voo, mais desembarque, etc, cada voo pode ser um dia inteiro perdido.

Um voo entre Cingapura e Xangai, por exemplo,  demora mais de 6 horas, que eh mais longo do que um voo entre Londres e Nova Iorque!

O segundo ponto, e que talvez seja o princiapl sao as conecoes de voos e transporte.

Apesar de que nao viajamos muito por fora do circuitao turistico, ainda assim a regiao tem uma infraestrutura em fase de desenvolvimento, oque significa que os aeroportos ainda nao sao capazes de atender a demanda de voos, os padroes internacionais de seguranca e conforto, ou simplesmente nao tem essa tal estrutura e ponto final.

As dezenas de cias aereas que vao pipocando pela Asia, e vem  expandidndo seus roteiros ano apos ano, ajudam bastante, mas ainda estao longe de atender a todos os formatos de roteiros. Entao eh importantissimo analisar todas as opcoes de destinos e roteiros – de acordo com as disponibilidade de voos e transporte entre eles – antes de bater o martelo num roteiro para sua viagem.

Alem disso, ao contrario doque vemos hoje em dia na Europa, as empresas aereas na Asia ainda sao muito regionais, oque significa que cada pais tem a sua, oque atende perfeitamente as necessidades locais, porem que se tornam incrivelmente limitadas quando um turista quer aproveitar a viagem para cobrir varios destinos de uma vez soh (como sempre eh o nosso caso).

Entao oque acabamos fazendo na primeira vez que fui a Asia (combrindo Tailandia, Malasia, Vietnam e Camboja) foi adicionar dias – e retiar destinos – do nosso roteiro final, pois seria praticamente impossivel conseguir fazer uma viagem fluida entre esses paises que fosse ao mesmo tempo economica financeiramente e de tempo.

E foi justamente por isso que incluimos Kuala Lumpur em vez do Laos, por exemplo. Afinal em 2008 a Air Asia (nem nenhuma das muitas outras cias) nao oferecia voos diretos entre todas as cidades que queriamos visitar, e acabamos chegando a conclusao que a nossa melhor opcao sempre incluir uma conexao em KL.

Entao aproveitamos pra passar uns dias e conhecer a cidade, mas no decorrer da viagem, acabamos tendo que voltar pra Malasia outras vezes apenas pra conectar os voos entre Camboja e Vietnam.

Ou seja, olhando no mapa esses dois paises sao vizinhos, e estao ali pertinho, porem as opcoes de transporte por terra eram precarios e demorariam demais, e os voos diretos (entre Sien Reap e Hanoi no nosso caso) tinham horarios muitos restritos e/ou precos exorbitantes.

A solucao? Conjugar dois voos da Air Asia, passando por Kuala Lumpur – e gastando um dia inteiro de nossa viagem.

E nessa ultima viagem pela Asia nao foi diferente. Ao brincar de multipla escolha entre todos os destinos que gostariamos de ter incluido, levando em consideracao nosso tempo disponivel e orcamento, vimos mais uma vez que teriamos que dedicar alguns dias inteiros a voos e conecoes, e que mais uma vez nao conseguiriamos escapar do Aeroporto de Kuala Lumpur.

E foi isso que fizemos: em vez de pegar um voo direto entre Hong Kong e Bali, por exemplo, voamos de Macau pra Kuala Lumpur, passamos algumas horas no aeroporto, e no fim do dia pegamos um outro voo para Bali.

Nesse processo perdemos um dia inteiro, mas economizamos mais de 3/4 do preco da passagem (o voo direto custava perto dos 500 dolares, enquanto que o voo Air Asia via KL custou apenas 100).

E uns dias depois o mesmo aconteceu na viagem entre Cingapura e Xangai.

Poderiamos ter passado um dia inteiro entre conexoes mirabolantes ou ter pago uma pequena fortuna num voo direto. Mas a melhor opcao foi na verdade, mais uma vez conectar em KL e dessa vez passar a noite no aeroporto.

A conclusao foi que a passagem propriamente dita saiu incrivelmente mais barata (cerca de 80 dolares, em vez dos quase 600 de uma voo direto ou via Hong Kong), e acabamos economizando bastante tempo, pois saimos de Cingapura no fim do dia (entao conseguimos aproveitar bastante do nosso dia na cidade), dormimos em KL  por apenas 15 doalres (que seria um tempo desperdicado em aerportos e conexoes) e no dia seguinte bem cedinho pegamos o voo da Air Asia pra Xangai – e ainda conseguimos chegar na cidade a tempo de curtir a tarde e a noite na cidade.

Um otimo site pra ajudar a dar formato a toda essa analise combinatoria de voos, destinos e opcoes eh o SkyScanner, que ja falei aqui no blog outras vezes, e que eh um otimo buscador de voos, sempre inclui as cias de baixo custo em suas buscas e vai te dando um primeiro feeling sobre oque eh possivel entre cada um de seus destinos.

E depois disso, eh lapis e papel na mao anotando precos, horarios, conexoes e opcoes e indo decidindo ponto a ponto oque eh mais valioso pra voce: tempo ou dinheiro?

Minha “licao aprendida” dessa vez foi ser muito mais controlada no calendario, e a medida que ia anotando e fazendo escolhas de voos, ia marcando tudo num calendario (um template que voce pode baixar diretamente no seu Word ou Exell, olha esses exemplos aqui) os horarios de chegada e saida, tempo de conexoes, noites em cada destino e tal, pra nao deixar nada escapar pelos cantos (como aconteceu quando estavamos na Tailandia na primeira vez!).

Outra coisa que vale a pena ressaltar sao essas tais conexoes: quando voamos com low cost todos os voos sao avulsos, entao as “conexoes” na verdade nao se conectam.

A cada voo voce tem que desembarcar, passar pela imigracao, recolher sua bagagem, andar ate a area de embarque do aeroporto, fazer check in, passar novamente pela imigracao e seguranca e embarcar.

Ou seja, cada voo tem que ser cronometrado nos minimos detalhes, com bastante tempo de folga pra dar tempo de fazer todo esse circuito-olimpico-aeroportuario e ainda levar em consideracao possiveis problemas e atrasos.

O moral da historia eh que ao programar esses roteiros mirabolantes voce fica a merce de sua sorte, e seu planejamento – se alguma coisa acontecer e voce perder seu voo, ja era. Ao contrario de cias aereas normais, onde voce compra voos integrados, com as low cost cada voo eh 100% independente do proximo, e eles nao tem nenhuma responsabilidade em encaminhar bagagem perdida, remarcar voos atrasados, fornecer hotel ou refeicoes por conexoes perdidas nem nada do que seria normal para uma comania aerea normal.

No nosso voo entre Macau e Bali, via KL, por exemplo, eu marquei a segunda perna da viagem (o voo entre KL e Bali) com uma conecao de mais de 5 horas. A principio ficamos achando que seria um exagero, mas acabou que entre todo processo desembarque-reembarque, na verdade tivemos apenas 1 hora de espera entre um voo e outro.

Numa situacao normal de conexao de voos, umas 2 horas teriam sido suficientes, mas quando voamos low cost, quando mais horas entre as suas conexoes, melhor.

E foi tambem por isso que optamos passar uma noite em KL antes de voar pra Xangai. Assim sabiamos que mesmo se o voo atrasasse horrores, ou se demorassemos muito na imigracao, teriamos um hotel a nossa disposicao a noite toda, sem nos preocupar com o horario do proximo voo.

Entao o moral final da historia eh que na hora de planejar sua viagem pela Asia, as dicas praticas de qualquer planejamento de viagem continuam sedo as mesmas: A sua maior decisao sempre sera Tempo X Dinheiro, e com certeza seu roteiro final nao vai incluir todos os destinos que voce gostaria de ter conhecido durante sua viagem (que aliais, o Riq Freire escreveu um post otimo sobre sso no outro dia).

Eh uma regiao que por mias que ainda seja barata de se viajar, demanda muito mais planejamento e preparo, e definitivamente vai gastar muito mais seu tempo doque um role pela Europa.

 

Adriana Miller
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26 Oct 2009
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Guia das Low Cost – Como funciona na pratica?

Dicas (Praticas!) de Viagem, Dicas de Viagens, Voos Low Cost

As cias aereas de low cost tomaram o mundo by storm, e mudaram a maneira como as pessoas viajam pela Europa e pelo mundo. Isso todo mundo já sabe.

Porem, para se dar bem e conseguir realmente viajar aproveitando as tarifas super baratas existem algumas regrinhas basicas, que os passageiros de primeira viagem talvez não conheçam, e são esses detalhes que podem fazer tooooda diferença na sua viagem e no seu bolso! E sao tambem esses detalhes que geram mais duvidas.

Nao vou listar as cias aereas propriamente ditas, pois oque nao falta por aí são blogs e comunidades fazendo recomendações (e esse humilde blog também), mas vou listar alguns dos mandamentos da viagem de baixo custo, e como planejar sua viagem sem se estressar e sem gastar uma pequena fortuna em taxas extras.

– Antecedência:

Em se tratando de viagens low cost, a antecedência é a alma do negócio. Quanto antes você planejar sua viagem melhor. É verdade que muitas vezes surgem otimas promoções de ultima hora, mas não são tão frequentes assim, e são cheias de restrições. Por isso não baseie sua viagem na chance de encontrar uma bagatela de ultima hora… Se por acaso voce der essa sorte, ótimo, aproveite. Caso contrario, comece agora mesmo a planejar a proxima viagem daqui a algun meses.

Eu sou meio maniaca com planejamento de viagens, e sei que a maioria dos seres humanos normais não são como eu, mas no geral planejo minhas viagens com no minimo 4 meses de antecendencia, as vezes chegando a 6 ou 7 meses. Exagero? Nao! Alguns bons exemplos do meus planejamento foram praticamente todas as viagens que fiz esse ano: Veneza em plena Pascoa por 5 libras. Instanbul por 100 libras. Praga por 44 libras. Portugal por 0,99 e Polonia por 1,99 (algumas incluindo taxas e outras só as tarifas).

Por dentro do avião da AirAisa, a caminho do Vietnam

Outra “estrategia” que gosto de usar, mas que é meio chatinha são as newsletters. As vezes enche o saco porque lotam minha caixa de entrada, mas por outro lado sou sempre a primeira a saber de todas as promocoes! Assim as chances de conseguir colocar suas mãos naquela passagem com aquele desconto decolando numa sexta feira a noite ficam bem maiores…

Taxas extras:

A realiade é que as tais tarifas de 0,99 centavos não são o preço final. Em cima disso entram os impostos e as taxas, que variam bastante dependendo de onde você sai e de onde você chega; se o pais cobra taxas de combustivel, taxas de embarque etc. Entao o preço basico de uma passagem beeeem barata saindo de Londres para algum outro pais Europeu fica na base dos 40/50 libras ida e volta. Voos entre outras cidades Europeias podem sair bem mais barato pois a Inglaterra cobra uma das taxas de embarque mais altas, e muitos paises ainda nao cobram taxas de combustivel.

Isso sempre considerando os preços on line, pois passagens compradas por telefone geralmente sao mais caras e vc tambem paga pelo preço “pessoa” do serviço – que na Europa significa sempre preçoes mais altos!

Conforto e espaço para as pernas não é o carro forte das cias de low cost…

Mas voltando a compra on line, uma pergunta bem comum que vejo em comunidades e foruns é sobre a segurança da compra on line, e possiveis “calotes” das cias. Eu não sei a quantas anda o comercio eletronico no Brasil, entao fica dificil comprar qualquer coisa, mas por aqui qualquer compra on line eh super-ultra segura e muitas empresas hoje em dia se dedicam exclusivamente a esse tipo de serviço. Então se voce tem um cartão de credito internacional, vai na fé!

Porém antes de confirmar sua compra confira todos os extras que eles adicionam “de cortesia” na sua passagem:

Seguro: Realmente não recomendo viajar sem seguro, mas já venha com o seu; a maioria dos cartões de credito podem providenciar isso pra voce: seguro de saude, de viagem, de bagagem perdida, voo cancelado, etc. O seguro oferecido pelas cias aereas cobrem apenas a viagem em questao e nao todas as suas ferias. Eu recomendo jah viajar com seu seguro proprio, mais abrangente e completo.

Speed / Priority Boarding: Como os assentos não são marcados, os passageiros tem a possibilidade de comprar o direito de serem os primeiros a embarcar. Sem isso não adianta estar viajando com crianças, idosos, estar gravida ou oque seja. Quer embarcar primeiro? Entao compre o passe prioritário.

Mas explico porque acho isso a maior roubada: a maioria dos aeroportos secundarios Europeus não teem aquela “passarela sanfona” conectando o terminal ao aviao, e em vez disso, usam onibus para levarem os passageiros. Então oque acontece? Voce paga a mais pra ter prioridade, não enfrenta fila, e é o primeiro a entrar no onibus. Logo depois veem os outros 200 passageiros; quando finalmente chegam no aviao, o onibus abre a porta do lado oposto de onde vc esta, e todo mundo sai correndo na sua frente…. Moral da historia: voce espera tanto quanto todos os outros passageiros, e ainda perde o assento que queria… (nao sei como eh com voces, mas no meu caso a Lei de Murphy eh sempre infalivel!)

A fila para conseguir uma boa poltrona no voo…

Comidas/bebidas: Toda e qualquer coisa disponivel on line é vendida e não servida aos passageiros. Um copo d’agua pra tomar um comprimido, um café pra te manter acordado, um sanduiche pois o voo saiu cedo e vc não tomou café da manhã… Pago, e caro! Se o voo vai ser relativamente longo, ou se vc sabe que vai sentir fome, ou tem que tomar algum remedio, preparar mamadeira ou seja lá oque for, compre antes (depois de passar pela segurança, claro) ou esteja com dinheiro trocado para comprar no avião.

O menu da RyanAir acima, e as instruções de segurança coladas na parte de tras da poltrona (economizando papel!)

Alem disso eles tambem vendem raspadinhas, passagem de trem/onibus, os maleiros sao cobertos de propagandas, etc… de onde der pra tirar dinheiro, e que nao seja no preço basico da tarifa, eles arriscam!

Propaganda da Tim Mobile nos maleiros

Bagagem:

O capitulo sobre bagagem merecia um post individual, tamanha complexidade… Indo direto ao ponto: quanto menos melhor!

Por mais que sua cia aerea internacional te permita viajar com algumas dezenas de kilos na mala, somando comprinhas e muambas aqui e acolá, viajar internamente na Europa com cias low cost voce nao tem direito a kilo nenhum!

Sim, teoricamente voce pode viajar com 20 ou 15 kilos de bagagem. Mas apenas teoricamente. Assim como teoricamente voce pode levar quantos quilos quiser, basta pagar por eles. QUALQUER mala que voce queria despachar custa caro, com tarifas que variam entre 10 e 20 libras – na ida E (+) na volta.

Logicamente nem sempre eh possivel viajar sem despachar um unica malazinha, mas lembre-se de ler bem as letrinhas pequenas no fundo da pagina antes de confirmar a compra da sua passagem, e sempre tentar levar o minimo possivel.

Minha malinha de mão companheira de guerra! Nessa mala cabe TUDO e sempre viaja como minha mal de mao!

E depois entra a mala de mao.

A regra geral é que passageiros tem direito a PENAS um volume de cabine. Mas a verdade é que alguns aeroportos são mais relaxados que outros. Algumas cias são mais relaxadas que outras e alguns comissarios são mais relaxados que outros. Geralmente eu viajo com uma malinha de mao e minha bolsa, mas sempre deixo um espacinho extra na mala que caiba minha bolsa caso alguem pegue no meu pé, como já aconteceu várias vezes…

A Ryanair é famosa por isso. Já tive que abrir minha mala de mão pra guardar minha bolsa na PORTA do avião, com uma fila imensa atras de mim! Já tive que espalhar meus pertences nos bolsos e malas das amigas ou do marido ou entao embarcar com a mala fechada até a metade… E já presenciei uma comissaria que recusou a entrada de uma familia no avião apenas porque eles estavam carregando sacolas de compras do proprio free shop! Tiveram que pagar a taxa extra pra despachar as mochilas e bolsas para poderem embarcar com as sacolas do free shop (nem precisa dizer que eles estavam furiosos!!).

Mas por mais que voce esteja fazendo tudo certinho e viajando com apenas um volume, mesmo assim tem que ficar de olho no peso, pois algumas cias tem limite de peso para bagagem de mao tambem – e usam isso como uma fortissima arma na guerra publicitaria! Eu já tive que pesar minha mala de mão uma vez e acabei pagando multa por miseros 500 gramas… o preço de cada kilo a mais (ou fração de kilo!) pode custar entre 10 e 15 libras!

Check in:

De uns tempos pra cá uma nova modalidade de taxa extra entrou em cena: check in. Na luta pelos preçoes baixos as empresas estão cortando os custos extras em todos os cantos possiveis, e então pagar salarios para que alguem faça seu check in sai diretamente do seu bolso!

O check in deve sempre ser feito on line, e o cartão de embarque impresso diretamente na impressora da sua casa (ou hotel, ou albergue…). Caso contrario, sera um custo extra na sua passagem, que pode chegar a 20 libras!! (20 na ida + 20 na volta!).

Dentro do avião de RaynAir

Uma outra pegadinha é que algumas empresas não deixam passageiros que não tem passaporte Europeu fazer check in on line (sabe-se lá porque….). A Ryanair era a pior de todas, e o Aaron já foi barrado de um voo por ter passaporte Americano! (foi surreal… ele passou pela segurança, etc sem problemas, e na porta do avião mandaram ele embora!). Mas agora eles passaram a permitir o check in on line para estrangeiros, DESDE QUE o cartão de embarque seja verificado e carimbado por algum funcionario da Ryanair primeiro – com isso conseguimos economisar 40 libras em taxas extras!!

MORAL DA HISTORIA:

Vale muito a pena viajar com as cias de low cost, desde que seja tudo bem pensado e planejado. Muitas vezes, colocando tudo na ponta do lapis: distancia e custo de transporte para chegar nos aeroportos, possibilidade ou nao de fazer check in on line, peso e quantidade de malas, etc vale mais a pena viajar com uma empresa “full price”, que no final das contas vai sair o mesmo preço e ainda vai te dar mais conforto e regalias.

Mas nao deixe de pesquisar e verificar todas as suas opcoes, comparar vantagens e desvantagens e tomar uma decisao o quanto antes!

 

 

Adriana Miller
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23 Nov 2016
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Boracay – Dicas de viagem para Filipinas

Ásia, Filipinas

Vocês lembram do Orkut? Pois é, foi nos primórdios das mídias sociais quando um amigo, que na época estava trabalhando em Hong Kong, postou fotos de Boracay, e isso nunca mais saiu da minha cabeça: uma escultura na areia da praia com o nome da ilha, a data e aquele mar incrível atrás!

Dicas de viagem para Filipinas

Mas as Filipinas não são exatamente o lugar mais fácil de viajar da terra, e sempre tentava incluir uma escapadinha até lá em nossas viagens pela Ásia, mas simplesmente nunca deu certo.

Então quando essa última viagem (em Março de 2016) se materializou, eu estava determinada a conseguir encaixar as Filipinas no roteiro. E não bastava ser Filipinas. Tinha que ser Boracay.

Sim, as Filipinas tem milhares de ilhas, e algumas delas podem até ser mais bonitas/charmosas/inexploradas. Mas sei lá, a vontade mesmo era de conhecer Boracay, uma coisa assim meio “viagem de antigamente” (aham… 10 anos atrás já parece outra vida!).

Apesar de ser difícil de chegar até lá (as dicas de viagem para Filipinas estão no fim do post), Boracay é uma das ilhas mais conhecidas das Filipinas, e consequentemente também mais bem preparada para receber os turistas. Isso é uma coisa que assusta e é vista como um ponto negativo por muita gente – para nós, nesse momento da vida, foi o ideal!

Decidir pela hospedagem e onde seria nossa base na ilha foi fácil: a White Beach é a principal, mais bonita e com mais infraestrutura de Boracay.

A praia White Beach ocupa praticamente todo lado Oeste da ilha, sendo sem dúvidas a maior de todas.

A White Beach é dividida em 3 partes: a Estação 1, 2 e 3.

Dicas de viagem para Filipinas

Cada uma delas tem praticamente personalidade própria, com perfis bem diferentes de hospedagem e entretenimento, e portanto o tipo de turistas que atraem.

A Estação 3 é onde ficam as docas dos catamarãs que conectam Boracay às ilhas vizinhas, e todo mundo que chegar em Boracay, vai passar por lá (não existe outro meio de alcançar a ilha, apenas barco).

Então boa parte da praia na estação 1 é ocupada por barcos, táxis aquáticos, e empresas de passeios de barco, banana boat e todo tipo de esporte aquático – portanto é considerada por muita gente, como a parte “ruim” da ilha. Mas por outro lado, é lá que estão as hospedagens mais em conta, com vária opções de albergues e pensões, então é a região ideal pra quem vai mochilar nas Filipinas. Uma opção de pensão/albergue por lá é o Nigi-Nigi, que já ouvi falar várias vezes.

A Estação 2 é a parte, digamos assim, “classe média” da White Beach. É onde estão os hoteis de 3 e 4 estrelas na beira da praia, as muitas opções de restaurantes (dos mais bacanudos até lanchonetes), e também onde está o shopping da ilha, o D’Mall.

O “calçadão” da praia da Estação 2 de White Beach

O “calçadão” da praia da Estação 2 de White Beach

Foi justamente lá que nos hospedamos, no Hennan Regency Hotel, por nos ter parecido ser a parte mais eclética da ilha. Queríamos ficar numa área da ilha onde não nos sentíssemos isolados, nem dependendo de taxi/tuk-tuk para fazer qualquer coisinha por lá. E foi uma decisão acertadíssima!

Ficamos a poucos passos da areia de uma praia incrível, e fizemos tudo a pé: comer passear, compras, etc.

Por fim, a Estação 1, que também é a menor da White Beach, e com a menor faixa de areia. Então por ter um acesso um pouco mais difícil, é por ali que estão muitos dos hotéis 4/5 estrelas de Boracay.

Chegamos a considerar os hotéis Shangri Lá, que é uma rede Asiática que adoro, e o The Lind (que é novíssimo, e olha essa piscina infinita?!??!), mas que estava lotado parte dos dias que estaríamos por lá, e eu não queria passar metade da semana num hotel e a outra metade em outro…

Outra praia que vale a pena a visita é a Puka Beach, ou a praia das conchas, que fica na ponta norte de Boracay.

A praia Puka é bem mais isolada, sem hotéis, restaurantes e movimentação, mas tem algumas lojinhas e barraquinhas bem na entrada da praia, e várias opções de lugares para alugar cadeira de sol e tomar uma água de coco (que já aviso que eles servem em temperatura ambiente! Argh!).

Os tons de azul da água são incríveis, mas demos muito azar de pegar muito vento no dia que fomos até lá – que aparentemente é comum em Puka, devido à sua localização geográfica.

Outra praia imperdível é a Diniwid, que fica na costa oeste da ilha, ao norte da White Beach.

A praia Diniwid é bem pequena, quase uma enseada – e por isso mesmo quase ninguém vai até lá, e tivemos a praia praticamente toda só pra gente!

Diniwid também tem alguns hotéis, mas achei isolado demais, sem acesso à taxis/tuk-tuks, e com apenas os restaurantes das pensões de lá.

O isolamento da praia é uma delícia, mas também um pouco precário: não tem lugar pra alugar cadeiras de praia, nem onde comprar nada – se você quiser uma água, tem que sair da praia e subir até a estradinha principal, onde tem uma micro lojinha vendendo algumas coisas bem básicas. Ah! E leve sua própria canga ou toalha de praia!

E pra completar, além da praia linda, é em Diniwid que esta o restaurante “Nami”, no topo do hotel de mesmo nome. Considerado um dos melhores restaurantes de Boracay, e o que ele tem de difícil de chegar, tem de delicioso!

Sem dúvidas a melhor refeição que fizemos por lá, e também a melhor vista!

O elevador pra chegar lá em cima é pra testar as capacidades cardíacas e psicológicas de qualquer um, mas eu prometo que vale a pena!

Um outro hotel por lá é o Spider House, que tem vistas incríveis nos quartos e no restaurante, e com um barzinho mega descolado na beirinha do mar!

 

Mas onde passamos a maior parte do nosso tempo mesmo, foi na praia bem em frente ao nosso hotel, na estação 2 de White Beach!

A areia era branquinha, a água super azul e de temperatura morna, e sem muita gente, apenas hóspedes do resort. Além de muitas opções de lugares pra comer bem ali do lado, os restaurantes do hotel (aliais, os melhores que comemos ali na Estação 2 foram os restaurantes do hotel Hennan Regency, recomendo!).

Ah, e claro… o pôr do sol incrível bem ali nos nossos pés!

 

Filipinas na prática:

 

Quando ir:

O país tem temperaturas altas o ano todo, mas o mais recomendado é a estação seca, de Novembro a Abril. No resto do ano, o país recebe uma monção, e inclusive alguns tufões e tornados, deixando muitas ilhas isoladas por várias semanas, e impossibilitando o acesso à várias outras (como é o caso de Boracay, que só se acessa por barco).

 

Quanto tempo ficar:

Pra gente esse foi o principal desafio da viagem. Filipinas é um lugar que exige disponibilidade de tempo!

O país é um arquipélago, e todas as coisas interessantes de serem visitadas são as ilhas – e são vários milhares!

Mas a maioria delas (inclusive as mais conhecidas e populares, como Boracay), não tem acesso direto, e as opções de transporte são todas picadinhas.

Sabe aquelas papos de “Ah não deixa de ir na ilha tal.. você só precisa de 3 voos, 12 horas de barco, uma trila de 4 horas e mais uma tarde no lombo de um jegue!”. Sabe?! Pois é, mas a impressão que tive é que tudo por lá é meio assim!

Nós ficamos 4 dias e 4 noites na ilha, mas demoramos um dia inteiro pra chegar lá, e mais um dia inteiro pra voltar. E olha que estávamos em Cingapura que é ali do lado! (foram 6 dias de viagem no total, mas apenas 4 dias inteiros).

Então mesmo com uma semana inteira a nosso dispor, e por mais tentador que tivesse sido, foi logisticamente impossível conhecer mais nada nas Filipinas, pois acabaríamos gastando muito mais tempo em trânsito entre as ilhas do que de fato curtindo qualquer lugar.

 

Como chegar:

Nós voamos a partir de Cingapura, que foi nossa base de exploração nessa viagem, e tínhamos duas opções de aeroporto pra chegar em Boracay: Caticlan, que é o aeroporto principal que serve à ilha (mas que fica na ilha vizinha), ou Kalibo, que fica no outro lado dessa mesma ilha vizinha.

Mas encontramos dois grandes problemas: Caticlan era o melhor aeroporto, mas não tinha voos diretos de Cingapura; teríamos que conectar em Kuala Lumpur, na Malásia, ou em Manilla, a capital das Filipinas. mas todas as combinações de voos possíveis incluíam um pernoite em Manilla ou KL, então logo descartamos essa possibilidade pois gastaríamos ainda mais tempo (e dinheiro).

Já Kalibo tem alguns voos diretos, tanto de Air Asia, quanto de Tiger Air (a low cost de Cingapura e a cia aérea que acabamos optando), porém fica no outro lado da ilha!

Então voamos Cingapura – Kalibo pela manhã, pegamos um ônibus por quase 2 horas até o porto de Caticlan, depois um ferry, e por fim um transfer até o hotel. Saímos de Cingapura super de manhã cedinho, e só chegamos no nosso hotel na hora do jantar!

E olha que essa foi a versão “Filipinas sem perrengue” para uma família que incluía uma criança de 3 anos e uma grávida!

Por isso que quando me perguntavam “ah, mas não vai na ilha X?!”, “Não deixa de dar uma pulinho na ilha Y!” a resposta era categórica: Não! a não ser que tivéssemos várias semanas disponíveis só para explorar as Filipinas.

Então para calcular qualquer roteiro de viagem pelas Filipinas sempre adicione um dia inteiro de viagem entre os pontos A e B, o que faz com que menos do que 4 ou 5 dias por ilha não valha a pena a mão de obra e o desperdício de tempo.

Ah! Mas para facilitar essa logística cata-corno pra chegar me Boracay, eu contratei direto o serviço de transfer do hotel: tinha alguém nos esperando na saída do avião, que nos levou até dentro de um ônibus, depois pegamos o barco do hotel (em fez de depender dos horários e disponibilidade do catamarã publico), e depois nos levaram numa van até a porta do hotel. Recomendo! Foi longo e cansativo, mas pelo menos não foi nada estressante!

 

Custos e Dinheiro:

A moeda das Filipinas é o Peso, e apesar de que alguns lugares aceitam dólares, você vai mesmo é precisar de pesos no seu dia a dia.

Mas não vai precisar de muitos não! As Filipinas foi um dos lugares mais baratos que já fomos na Ásia, e principalmente recém chegados de Myanmar e Cingapura, que são lugares caros, nos sentimos marajás, achando tudo super baratinho!

A impressão é que tudo lá custava ou 1 dólar, ou 5 dólares! (convertido para pesos)

Suco de manga ou melancia na areia da praia? 1 dólar.

Massagem de 1 hora durante o por do sol? 5 dólares.

Tuk-tuk até o outro lado da ilha? 5 dólares.

SUP por 1 horas em White Beach? 5 dólares!

Então não é atoa que as Filipinas são um dos destinos ideais para quem vai explorara Asia com muito tempo e pouco dinheiro!

 

Adriana Miller
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