05 Jun 2014
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Japão e Coreia do Sul com crianças: as dicas práticas (Jetlag, rotinas, alimentacao, etc)

Avião, Baby Everywhere, Coreia do Sul, Dicas de Maternindade, Dicas de Viagens, Japão, Viajando com crianças

Ja escrevi esse post aqui sobre minhas impressoes gerais sobre a viagem pelo Japao e Coreia do Sul, mas achei que teria tantos “adendos” e observacoes especificas sobre a Isabella, e recebi tantas perguntas de outras maes aflitas, que achei melhor colocar tudo num post separadinho.

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Afinal nao tem como negar que entre todos os medinhos e apreensoes que tinhamos em relacao a viagem, tudo que envolvia a Isabella elevava essa preocupacao e enesima potencia! 14060933327_c51ba92c81

Do medo de passar por alguma emergencia e nao conseguir nos comunicar, ao conforto e localizacao do hotel, ao planejamento do roteiro e ritmo da viagem e a adaptacao a comida. Coisas que antes seriam consideradas meros imprevistos, passam a ter status de calamidade publica quando envolvem criancas pequenas!

 

– Os voos

Nossos voos tanto de ida quanto de volta foram horriveis – ambos foram voos diurnos, o que significa que apesar de tirar uma soneca aqui ou ali, a Isabella ficou eletrica o tempo todo, querendo andar, brincar etc como se nao passasse nada.

Quer dizer, sejamos justos. O voo foi ótimo, a Isabella ficou numa boa – mas foi super cansativo pra mim e pro Aaron.

Assim como outros voos que fizemos com ela, pedimos pra sentar na primeira fileira do avião, mas dessa vez sabíamos que ela não caberia mais no bercinho. Mas como voamos de British Airways eles oferecem uma cadeirinha “bebe conforto” para bebes maiores que encaixa no mesmo lugar que o bercinho, então pelo menos enquanto ela dormir umas horinhas ao longo do dia, eu colocava ela na cadeirinha e ficava com os braços livres.

Bebê conforto/Cadeirinha no voo da British Airways (na verdade essa foto foi no voo Londres-NY que fizemos ano passo a caminho do Caribe)

Um dos principais problemas de viajar na fileira da frente com bebes maiores, é que os braços das poltronas nao levantam, entao se voce estiver num aviao que nao ofereca essa cadeirinha (de todas que ja viajei a British Airways eh a unica que tem isso) e seu bebe ja nao couber no bercinho, ele(a) vai acabar tendo que dormir sentado no seu colo, pois nao vai conseguir deitar “atravessado” no colo dos pai + mae (ou dois adultos, ou uma poltrona vazia).

Matando tempo no avião

Porem no caso dessa viagem pro Japao (e a volta pela Coreia), eu ja sabia que os dois voos seriam diurnos, entao ela nao domiria muito – entao tanto a cadeirinha da BA ou meu colo seriam suficientes.

Mas ainda assim optamos pela fileira frontal do aviao, pelo simples fato de termos mais espaco – tanto para nossas pernas e as tralhas da Isabella, quanto mais espaco pra ela sentar no chao e brincar, e poder ficar em pe e andar de um lado pro outro ali pertinho da gente. Nao eh que o espaco seja uma suite presidencial, mas ja faz uma diferenca enorme na hora de entreter uma crianca andante num voo de 11 horas durante o dia todo!

A British Airways distribui um kit-crianças (com joguinhos, livrinhos, etc) e ainda tira sarro da cara dos pais, prometendo incríveis 13 minutos e meio de tranquilidade! :-)

Uma outra coisa que eu sempre tento fazer – mas infelizmente nem sempre da certo – eh pedir por um assento livre. Criancas menores de 2 anos nao pagam passagem inteira, mas em compensacao tambem nao tem direito a poltrona propria. Quando ela era uma bebezinha de 4 quilos isso nunca foi um problema, mas quando viajei sozinha com ela, ou agora que ela esta mais grandinha (e pesadinha) e quer brincar, assistir desenho, ler livrinhos e tal, esse espaco extra faz toda diferenca do mundo.

Obviamente a cia aerea nao tem obrigacao nenhuma de te “dar” um assento de graca (ja que voce nao esta pagando pela passagem de seu filho), mas nao custa nada perguntar, e tirando um ou dois voos, eu sempre consegui uma poltrona pra Isabella (caso o voo nao esteja lotado). Entao sempre pergunto se o voo esta lotado ou nao, e caso nao esteja, se seria possivel bloquear um assento ao meu lado para ela.

Na ida para Toquio o voo nao estava lotado, mas as fileiras da frente ja tinham alguns assentos alocados, entao tivemos a opcao: poderiamos ter uma poltrona livre entre nos, mas sentar no fundo do aviao, ou ficar na fileira da frente em apenas 2 poltronas para nos 3. Nesse caso, como o voo era diurno, optamos pela fileira da frente pelos motivos que disse acima. (se o voo fosse noturno, teria optado por sentar na fileira no fundo e ter uma poltrona vazia, onde ela pudesse deitar e se esticar).

Ja na volta, no voo de Seoul para Londres, fiz o mesmo pedido, e como o voo estava praticamente vazio, tivemos a fileira da frente todinha so pra nos, com espaco extra para nossas pernas e uma poltrona so pra Isabella – que ela fez muito bom proveito!

(e ate mesmo no voo low cost que fizemos entre o Japao e Coreia eu perguntei se o voo estava lotado, e se poderiamos ter uma poltrona livre entre nos dois, e conseguimos sem problemas, pois o voo estava relativamente vazio)

(A Luciana Misura tem um post otimo sobre a escolha entre voo noturnos e diurnos com criancas e o que eh melhor para pais e criancas, e eu concordo totalmente com as opinioes dela!)

 

– Jetlag e adaptacoes

Acho que ja mencionei em outros posts sobre viagens com criancas que nessa idade ela ainda nao sofre muito com jetlag, mas a cada nova viagem e nova “idade”, os desafios e dificuldades mudam, entao nunca sabemos exatamente como cada crianca vai reagir.

Eu pessoalmente prefiro viajar com a Isabella em voos noturnos, pois a Isabella dorme super bem no aviao (e eu tambem!), entao ja chegamos no destino final super bem dispostas como se nada tivesse acontecido e ja entramos direto na rotina local, independente da diferenca de fuso horario. E ate hoje isso sempre deu super certo pra gente.

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Dessa vez, por causa da distancia entre Europa e Asia e disponibilidade de voos, nao tivemos opcao, e acabamos em dois voos diurnos, que eu sabia que seriam trevas.

Mas o mais dificil foi chegar em Toquio num domingo de manha (horario local) sendo que passamos o dia de sabado todo viajando, entao nao tivemos a noite de sabado – chegamos os 3″ virados” no Japao, o que fez com que o primeiro dia fosse muito dificil.

Entao tentei manter, na medida do possivel, a rotina dela no ritmo do horario local – mas percebendo que ela estava meio zumbi. Mas as criancas tem a vantagem de nao saber da existencia do fuso horario! Ou seja, obviamente o corpo dela estava muito mais cansado do que o normal, tomando cafe da manha de domingo no horario que deveria estar jantando sabado, mas eles nao tem essa coisa de “ah nao vou comer iogurte com cereal agora, porque em Londres sao X horas da noite”.

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Sabe essa coisa que nos sempre fazemos, de ficar “calculando” o horario de casa?! Pois eh, em relacao a fuso horario, quem converte nao se diverte! Ajuste seu relogio no ato, e esqueca completamente que horas sao em casa! Coma mesmo sem fome, e va pra cama de luzes apagadas mesmo sem sono.

Mas nao queriamos abusar da boa vontade da Isabella, entao nao programamos NADA para o nosso primeiro dia, ficamos brincando com ela nos jardins do hotel, amocamos (na hora de almoco do japao) e quando foi hora da soneca da tarde dela, subimos pro nosso quarto e deixei ela dormir bastante (mais do que seria seu normal em casa).

Depois de uma soneca de umas 3 horas (que ela obviamente poderia ter dormido mais umas 5 horas se deixasse!), abri as cortinas, dei o lanche da tarde e la fomos nos de novo pra rua, como se fosse um dia como outro qualquer.

Ela continuou mais cansada e reclamona que o normal quando fomos pra Harajuku, mas andou pra cima e pra baixo, se divertiu com o suco de caixinha e o canudo, e fomos encontrando coisas para mante-la distraida e de bom humor enquanto matavamos umas horas (ou seja, nao  adianta querer programar uma visita no museu de musica classica quando seu filho esta lutando contra uma fuso de 8 horas e com o dia e noite trocados!).

Fazendo amizades no Aquário de Seul

Na volta pra casa ela nao aguentou e a-pa-gou no carrinho! Nao acordou nem quando troquei sua roupa, nem trocando a fralda, nao jantou nem tomou banho (isso eram cerca de 7 da noite, horario Toquio). Ou seja, dormiu direto das 7 da noite ate 1 da manha, e ai acordou super acesa. Ate tentei fazer ela dormir de novo, mas achei melhor respeitar o ritmo dela, e acendi algumas luzes, dei jantar, brinquei, dei banho, li um livrinho e mamadeira – a rotina que ela teria a noite antes de dormir mesmo, e cerca de 1 hora e pouco depois ela dormiu de novo, ate quase 10 da manha do dia seguinte!

E pronto, dai pra frente, ela entrou totalmente no ritmo e rotina no horario normal, sem se sentir mais afetada pelo fuso horario.

(essa nao foi a primeira viagem com a Isabella que tivemos que lidar com o fuso horario, afinal ela ja enfrentou um outro fuso de 8 horas  – na direcao oposta do Japao – quando fomos para o Colorado nos EUA, e fusos de 4 ou 5 horas varias vezes tanto para o Brasil quanto para a costa leste dos EUA, entao aos poucos fomos aprendendo algumas tecnicas pra lidar com as mudancas na rotina)

 

– Roteiro e ritmo de viagem

Comecando pelo planejamento do nosso roteiro, meses antes de sequer confirmar se a viagem seria viavel ou nao, fui enfatica: nao queria ficar pulando de cidade em cidade, trocando de hotel todo dia, nem correndo de um lugar pro outro.

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Ou seja, seria uma viagem completamente diferente para nos, pois sempre tentamos fazer o maximo possivel, no menor periodo de tempo possivel. E eu sabia que assim, deixariamos de ver coisas incriveis e deixariamos de conhecer lugares imperdiveis, mas queriamos que a viagem fosse tao divertida e prazeirosa para a Isabella quanto para nos.

Entao tive que aceitar comigo mesma que o ritmo seria diferente, que nao veria 37 coisas no mesmo dia – com sorte veria umas 3, mas no meio do caminho poderiamos parar pra brincar com a Isabella, deixar ela brincar no parque e correr atras dos passaros, sair um pouco do carrinho, brincar num parquinho… ou seja la o que fosse.

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E a viagem tambem coincidiu com a fase que ela comecou a andar pra valer, ou seja, por mais que ela sempre tenha sido uma bebe tranquila de passar o dia todo saracutiando na rua sentadinha no carrinho, aos 15 meses de vida ela tinha outras vontades, e chega uma hora que ela precisava de espaco pra brincar, esticar as pernas e nao so ficar presa no carrinho o tempo todo. Coisa que ate bem pouco tempo atras ela faria numa otima.

Ainda assim conseguiamos passar boa parte do dia no nosso ritmo, andando pra cima e pra baixo com ela no carrinho – e enquanto estivessemos andando de um lado pro outro pela rua ela nao se incomodava (eram as viagens de metro, trem e onibus que deixaram ela sem paciencia e de saco cheio), mas sempre incluiamos um periodo pela manha, e outro pela tarde que era pra ela: tiravamos ela do carrinho e deixava ela andar pelas ruas, gramados e parques.

Brincando no templo em Toquio

Brincando no templo em Toquio

Quando dava, tentavamos encaixar um parque ou jardim naquela momento do dia, mas mesmo nos bairros mais loucos de Toquio, sempre encontravamos ruas mais escondidas e sem transito, ou lojas com brinquedos e area de bebe onde ela poderia ficar mais livre.

Andando pelas ruas de Kyoto

Andando pelas ruas de Kyoto

Entao eram esses os momentos em que eu e o Aaron nos dividiamos: enquanto um ficava com a Isabella brincando e tomando conta dela, o outro ia tirar fotos dos templos e ruas, ou ia fazer compras, ou seja la o que tivesse pra fazer naquela determinado lugar. Ai quando um voltava, la ia o outro. Nos tinhamos nosso tempo, e ela tinha o tempo dela.

Entao conseguimos fazer tudo que queriamos (no lado “adulto” da viagem), mas sem deixar de dar atencao pra Isabella nem deixar de dar um pouco de liberdade e espaco pra ela.

 

– Rotinas

Todo esse planejamento deu super certo, fazendo com que os 3 conseguissemos aproveitar bastante a viagem (pois nao queriamos deixar de fazer certas coisas “de gente grande” e apenas focar em parquinhos e “museu das criancas” e afins, mas tambem nao queria ignorar as necessidades dela, achando que ela teria que se adaptar por bem ou por mal, o que seria pessimo para nos tres!), entao organizamos nossos dias assim:

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Logo que ela acordasse pela manha, nos 3 nos arrumavamos – na pressa – pra ja sair do quarto. Os 3 tomavamos cafe da manha no hotel com (certa) calma, pra Isabella comer bem e ja dava um tempinho pra ela brincar e andar pelo hotel.

Entao la pelas 9 ou 10 da manha, comecava nosso dia, pegavamos metro ou trem ate alguma outra regiao de Toquio/Quioto/Seul e geralmente coincidia que quando nosso passeio de fato comecava, ela ja estava ficando meio cansada e sonolenta – entao reclinava o carrinho, dava a mamadeira, chupeta e pronto – durante a primeira soneca do dia (na parte da manha) conseguiamos passear bastante, com ela dormindo tranquilona no carrinho. Alguns dias, tambem aproveitamos pra almocar enquanto ela dormia, assim nos dando mais tempo para uma refeicao “adulta”, sem ter que nos preocupar com restaurantes que tem cadeirao de bebe, comida que ela fosse comer etc.

Soneca no metrô em Tóquio

Soneca no metrô em Tóquio

Assim que ela acordasse, ai nos dividiamos: enquanto um brincava com ela e dava espaco e liberdade pra ela brincar, correr e explorar um pouco, o outro ia andar por outras ruas, outras partes das lojas, tirar fotos dos templos etc – depende de onde estavamos naquele dia/momento. E assim iamos nos revesando o resto da tarde, enquanto ela estivesse acordada.

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Como ela nao aguenta andar e brincar por horas a fio, depois de um tempo ela cansava e comecava a pedir colo ou pra voltar pro carrinho – entao aproveitavamos pra voltar pro metro/trem/onibus/taxi e ir pra algum outro lugar da cidade, e passear mais um pouco com ela no carrinho.

(ja falei sobre nosso carrinho aqui, e ja dei minha opiniao sobre a importancia de uma bom carrinho para viajar e conseguir passar o dia todo na rua com as criancas aqui)

A Isabella ainda dorme duas vezes por dia, na maioria dos dias, entao essa rotina se repetia de tarde, e aproveitavamos quando ela estava dormindo no carrinho pra passear mais um pouco sem ter que nos preocupar com programacoes “infantis”.

Empurrar carrinho o dia todo é um saco, mas pelo menos o Bugaboo vira nosso “burro de carga” de sacolas e tralhas em geral o dia todo. Os braços e coluna agradecem!

E no fim do dia, ou iamos jantar os 3 juntos antes de voltar pro hotel e comecar a rotina noturna dela (banho, livro, leite e cama), ou se por acaso ela nao tivesse dormido a tarde ou estivesse mais reclamona e cansada que o normal, voltavamos pro hotel mais cedo, pra ela jantar no hotel e ir pra cama mais cedo – e nessas situacoes eu e o Aaron pediamos room service no hotel, ou no caminho de volta pra casa, compravamos alguma coisa pra fazer um picnic no quarto!

Para nos dois, esse foi o principal impacto da viagem com a Isabella – nos gostamos demais de sair pra jantar, barzinhos, e vida noturna dos lugares que visitamos, mas como a Isabella tem uma rotina noturna super certinha e dorme super cedo, no maximos as 7 ou 8 da noite tinhamos que estar de volta no hotel, para que ela pudesse ter uma noite interia de sono (ja durante o dia ela eh mais flexivel, mas como ela dorme MUITO bem  – amem! – prefiro manter ao maximo a rotina noturna dela, para que ela sempre consiga suas sagradas 11 ou 12 horas de sono).

 

– Comida

Bem, nao vou mentir e dizer que achava que uma viagem pra Asia seria suuuuuper tranquila em relacao a comida, por que ne?! Se adultos tem suas apreencoes e frescuras, imagina com uma crianca pequena no meio?!

Bem, pra comecar que como so passamos por cidades grandes no Japao e Coreia, a abundacia de comida ocidental foi assustadora! Tivemos que nos esforcar mesmo pra encontrar comida Asiatica! Principalmente em Toquio a maioria absoluta dos restaurantes sao de comida Internacional e/ou Europeia (principalmente Italianos e Franceses).

Entao essa coisa de “Ah, nao como peixe cru”, ou “Ah meus filhos sao frescos” ou seja la o que for, sao sem fundamento, pois nas cidades grandes do Japao e da Coreia do Sul, encontramos de tudo.

Claro que se voce/seus filhos sao dessas familias que SOH comem feijao e arroz todos os dias e so sabem ser feliz assim, entao uma viagem pra Asia (e qualquer outro lugar do mundo que nao seja Brasil ou Florida) sempre serao um problema.

Mas como somos desbravadores de comida local, e sem frescuras, e sempre adotamos uma “tecnica” de deixar a Isabella comer o que nos comemos, tentamos ao maximo (e na medida do possivel) sermos bem aventureiros na escolha de nossas refeicoes, e – com muito orgulho – nao comemos em restaurante italianos em nenhum dia! Hahahah

No café da manhã do hotel

Claro que isso tambem significou que alguns dias ela so provou – e nao gostou – o que ofereci, e entao completei a refeicao dela com papinhas de bebe.

Mas ela comeu/provou tofu (fez muita careta, mas comeu), noodles (amou!), arroz com curry (detestou!), sashimi (algumas vezes adorou, outras vezes nao quis) e os mais variados tipos de peixe. Alguns amou, outros odiou, mas nao deixei de oferecer nada pra ela provar achando que “ah, crianca nao gosta disso”, afinal o paladar eh dela, e ela tem o direito de escolher o que gosta e o que nao gosta. Por exemplo, ela adorou tofu e noodles, mas nao gostou do arroz, e comeu todos os peixes brancos, mas nao gostou do salmao (que em Londres ela sempre comeu sem problemas). E assim iamos testando e aprovando/reprovando certas coisas.

Frutas e iogurte serviam de lanche ao longo do dia

Maaaaaaaas, claro que a minha mala foi com um carregamento de toneladas de papinha de bebe, porque afinal e se isso tudo desse errado?!?!? E se ela ficasse doente? Ou passasse mal com a agua ou comida?! Preferi estar preparada para imprevistos!

Mas ainda asism nao levei variedade e quantidade suficiente pra todas as refeicoes nem todos os dias, e acabei comprando mais algumas papinhas em Toquio.

Prato infantil no restaurante Japonês em Tóquio

Adendofoi MUITO dificil achar papinhas de bebe, fraldas e produtos de bebe em geral no Japao, apesar de que sempre li que era super facil! Entao nem me preocupei muito e (quase) nos demos mal!

Eu pesquisei antes, catei em foruns de expatriados, etc, e achei que seria super facil, afinal na Europa, Brasil e EUA, qualquer farmacia ou supermercado tem uma opcao infinita de sabores e marcas. Se na Bosnia achei papinha sem a menor dificuldade, obvio que em Toquio seria facilimo!

Papinhas, cereais e biscoitos no supermercado em Tóquio

Mas bateu um desespero quando no 3 dia da viagem, e depois de entrar em praticamente TODAS as farmacias de Toquio e NENHUMA ter comida pra bebe eu tive um mini-ataque de panico, ate que tive a brilhante ideia de perguntar pra concierge do nosso hotel – que me indicou na mesma hora pro supermercado no subsolo da loja de departamento do outro lado da rua.

E ai desvendei o misterio – no Japao os produtos e comidas de bebes sao vendidas em lojas de departamento (na secao de roupas e brinquedos de bebe mesmo), e a paz voltou a reinar!

Papinhas orgânicas (doces e salgadas) na loja de departamento em Ginza, Tóquio

O problema eh que as marcas sao locais, entao eh meio um misterio saber exatamente o que eh oque. A maioria das embalagens tinha “desenhos” dos ingredientes (que foi mais que suficiente), mas quase todos tinham como base o arroz (e a Isabella detesta arroz), que nao deu muito certo pra gente, mas ela gostou das papinhas de frutas e das sopas.

Biscoitos e cereais mil!

Entao algumas papinhas ela amou e comeu numa boa, outras ela odiou com tamanha veemencia que voce jurava que o mundo ia acabar! hahahahah

Ou seja, resumo da opera: na duvida, tenha um bom estoque de papinhas ja testadas e aprovadas na sua mala!

Palitinhos Japoneses de “treinamento” para crianças

Alem disso, a unica coisa que eu sempre levo estoque mesmo e nao gosto de misturar ou trocar marca eh o leite formula que ela toma, entao levei 2 latas, so por via das duvidas (o unico lugar que nao levo de casa eh no Brasil, pois acho com facilidade a mesma marca, Aptamil. Entao apesar de no Brasil ser BEM MAIS CARO que em Londres, prefiro economizar no espaco da mala).

Entao com 1 ano e 3 meses as refeicoes dela eram assim:

– Cafe da manha no hotel: ovos mexidos ou cozido (ela AMA ovos e se deixar come uns 4 no cafe da manha!), iogurte, frutas, pao e/ou cereais.

– Lanche da manha eh leite, e as vezes algum biscoito ou cereal pra distrair (coloco cereal integral, tipos Cheerios e tals naqueles potinhos “snack catcher” que a crianca consegue comer sozinha sem derramar tudo)

– Almoco: sempre tentava oferecer o que estavamos almocando – pedacinhos de carne/peixe/frango, noodles, legumes. As vezes ela adorava e comia metade do meu prato, as vezes ela odiava e nao queria nem olhar. Nesse caso, complementava com alguma papinha salgada, e de sobremesa dava alguma papinha doce ou frutas (que levava do cafe da manha do hotel ou comprava no supermercado ao longo do dia – foi super facil achar frutas frescas, iogurtes, smoothies e sucos em todos os bairros)

– Lanche da tarde: frutas e sucos

– Jantar, mesma “tecnica” que o almoco

– Antes de domir ela toma outra mamadeira de leite

 

Fraldas, lencinhos, sabonetes, mamadeiras, etc na farmácia em Tóquio

Eu ja falei antes ne, que nao tenho essas frescuras de achar que minha filha so pode comer comida fresquissima organica colhida por fadas virgens e benzida pelo Papa – se tiver que comer papinha industrializada quando estamos viajando ou na rua, nao acho o fim do mundo.

Eu falo essas coisas brincando, mas o que acho eh que ferias sao ferias, e devem ser relaxantes pra todos – principalmente pra mae e pro pai, que ja vao ter trabalho suficiente de viajar com criancas, entao nao se torture com dilemas do tipo “onde vou fazer a papainha fresca toos os dias?”, “como vou triturar os legumes que comprar pra fazer no hotel?”. Sabe esse tipo de coisa?

Seu filho nao vai desenvolver um terceiro braco radioativo se passar uns dias (ate umas semanas) comendo papinhas industrializadas 1 ou 2 vezes por dia! Na volta pra casa o ritmo – da familia toda! – volta ao normal, e pode ter certeza que isso nao trara sequela nenhuma!

Pelo contrario, voce vai relaxar, nao vai ficar escrava da cozinha, de supermercados, nem tensoes de como preservar a papinha fresca, como preparar a papinha no hotel, como fazer isso, ou como fazer aquilo.

Viajar com uma crianca pequena ja tem complicacoes demais. Simplifique onde da pra simplificar! (e a alimentacao sem duvida eh a mais facil!)

E como sempre usamos a “tecnica” (Baby Led Weaning em Ingles) de deixar ela comer o que comemos, mesmo nos dias em que ela nao gostava das opcoes de almoco e jantar, ela ainda tinha opcoes suficientes de comida “de verdade” ao longo do dia (no cafe da manha, lanches, etc), tendo uma boa variedade de sabores e nutrientes.

 

– Infraestrutura em geral: elevadores, transporte publico, trocadores

Essa foi minha principal supresa (agradavel) da viagem: como tanto o Japao (Toquio e Kyoto) quanto a Coreia (Seoul) sao super bem preparados para receber familias e criancas pequenas.

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Todas as estacoes de metro e trem tem elevadores que conectam as ruas diretamente com as plataformas, todas as estacoes tem banheiros (limpos) e com trocadores de bebe, e principalmente as muitas lojas de departamento espalhadas pelas cidades, possuem areas infantis, banheiros “familiares” (entao os trocadores nao ficam limitados apenas aos banheiros femininos, e os pais tambem trocam fraldas!).

Entre todas as possiveis dificuldades que uma viagem pra Asia com criancas poderia apresentar, era essa questao de infraestrutura o que mais me deixava apreensiva.

Estava me imaginando subindo andares e mais andares de escadas nas estacoes de metro carregando o carrinho de bebe na mao, procurando cantinhos pra trocar a fraldas, e encontrar muita gente de nariz torcido simplesmente porque estava com um bebe a tiracolo.

Cabine de banheiro (numa loja em Ginza, Tóquio) com espaço extra para entrar com carrinho, e cadeirinha de segurança para sua mini-platéia)

Mas muito pelo contrario, e a viagem foi ultra civilizada e “facil”, e sem duvida alguma a Isabella apenas somou a nossa viagem, nos dando memorias ainda melhores e mal posso esperar pelas proximas aventuras com minha bonequinha!

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Claro que isso tudo deu certo pois somos (tanto a Isabella quanto eu e o Aaron), super tranquilos e flexiveis, a Isabella come de tudo (apesar de comer super pouquinho e me enlouqecer as vezes) e dorme em qualquer lugar.

Porem cada crianca eh diferente, e cabe a cada familia saber adaptar a nova rotina e o planejamento de viagem de acordo com seus filhos – as vezes tudo isso pode dar super certo, e as vezes super errado.

Entao se seu filho so consegue dormir no escurinho e no berco, planejar uma viagem pra uma cidade grande como Toquio (ou NY, Londres, Paris, etc) onde tudo eh longe e voce nao tem como votlar pro hotel varias vezes por dia, nao eh uma boa ideia!

Va curtir as ferias em outros lugares e deixe esses roteiros para daqui uns anos, quando a rotina e o ritmo mudar de novo.

Nao adianta achar que tem que forcar seu filho a fazer X ou Y so porque o filho do vizinho (ou da blogueira!) faz assim ou assado, pois isso so vai eh estragar suas ferias, e ninguem vai se divertir nem aproveitar direito!

Mas tambem nao se limite, achando que nao pode fazer isso ou aquilo, so porque agora tem filhos, ou porque acha que alguma coisa vai ser muito dificil com criancas.

A cada viagem e a cada experiencia vamos aprendendo um pouquinho mais sobre a Isabella e a dinamica e rotinas que dao certo – ou nao – para nossa familia. E nao deixe de acreditar no potencial de adaptacao das criancas! As vezes basta uma mudanca de areas para que eles mudem e levem numa boa uma situacao que voce achava que seria quase impossivel!

Como sempre digo pro Aaron: o pior que pode acontecer eh a gente querer voltar pra casa mais cedo!

E ate hoje, isso nunca aconteceu! :-)

 

 – O que levar na mala e como organizar as roupas das crianças

Já dei minhas dicas e “técnicas” nesse post AQUI.

 

– O que levar na mala de mão (bolsa de fralda) em uma viagem com crianças pequenas

Já dei outras dicas nesse post AQUI e esse AQUI.

 

 – Outras dicas praticas (lavanderia, como lavar mamadeiras e roupas, etc)

Dessa vez a viagem durou apenas 14 dias no total, entao achei mais facil levar roupas suficientes para a Isabella usar todos os dias, em vez de ter que ficar gastante tempo e energia procurando lavandeiras, ou mandando roupa pra lavandeira dos hoteis (mostrei a tecnica que uso pra fazer a mala dela no link acima).

E nesse post AQUI ja dei outras dicas praticas de quando ficamos em quarto de hotel (em vez de flats, villas ou studios ou casa de amigos e parentes – com cozinha e lavanderia).

 

Adriana Miller
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02 Jun 2014
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Roteiro de fim de semana em Budapeste

Budapeste, Dicas de Viagens, Hungria

Viajar e conhecer lugares novos eh sempre uma delicia, mas as vezes nada se compara a sensação de poder voltar a alguma lugar maravilhoso e rever suas impressões.

E digo rever com um duplo sentido: re-visitar, re-tirar fotos, re-curtir o lugar. Mas também rever seus conceitos, o que gostou ou não em determinado destino e quais serão suas novas impressões. As vezes o lugar mudou muito (lembram da transformação da Malasia?!), e outras vezes, foi você quem mudou – mudou de opinião, de perspectiva do mundo e de expectativa (como por exemplo mina re-visita a Veneza uns anos atrás).

E Budapeste foi exatamente isso.

Por um lado tinha muita vontade de voltar – nunca tive nenhuma impressão negativa da cidade, mas confesso que me surpreendi quando re-li meu post sobre mina primeira viagem a cidade, quase 7 anos atrás. A pesar de ter sido uma viagem muito legal, e uma cidade incrível, eu ressaltei muitas coisas negativas também, que com o passar dos anos, evaporaram completamente da minha memória.

Mas o que importa é que sempre quis voltar! Eu tenho um fascínio pelo Leste Europeu – sua cultura, historia, arquitetura, culinária… É sempre o tipo de lugar que me sinto “na Europa”, muito mais que outras áreas do continente. Sim a Espanha é super legal, o Sul da Franca incrível, e a Itália riquíssima, mas nada se compara a sensação de “velho mundo” que sinto nessa região central-leste Europeu!

Então quando mina irmã estava planejando sua visita a Londres, queríamos fazer algum programa so nos duas, ela queria conhecer algum país/cidade novo pela Europa, e imediatamente pensamos em Budapeste!

E lá fomos nós, de sexta a noite a domingo de tarde para Budapeste, eu, Mônica e Carol (uma amiga da Monica que estava dando um rolé pela Europa na mesma época), que já conhecendo a cidade, eu sabia que seria mais que suficiente.

Nosso voo chegou relativamente tarde na sexta feira, então ficamos apenas curtindo o hotel e planejando o dia seguinte.

Mas nosso sábado começou cedo! Ficamos hospedadas no – incrível! – Four Seasons (um post sobre o hotel já já!), que tem uma localização imbatível, exatamente em frente a “Ponte das Correntes”, então nem gastamos tempo nenhum pra chegar nos pontos turísticos!

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Fomos direto em direção a ponte, atravessamos o rio Danúbio, e cruzamos para o lado de Buda, que eh a area mais “nobre” e histórica da cidade.

A cidade eh dividida em duas, o lado Buda fica no alto da colina, no lado norte do rio Danúbio, sendo uma região mais nobre, histórica e artística. Enquanto Peste, no lado sul e lado “baixo” da cidade, eh mais residencial, porem também sedia a administração do governo (o parlamento fica no lado Peste) e o comercio da cidade.

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Chegando em Buda tínhamos a opção de enfrentar a fila e subir Buda usando o serviço do funicular, mas como a fila estava muito grande, fomos andando mesmo e valeu a pena!

Além de ter sido super rapidinho, de quebra a subida pelo parque ainda oferece vistas incríveis da cidade!

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Lá em cima, nossa primeira parada foi o Palácio Magyar Nemzeti, que hoje em dia sedia o Museu de História Húngara, e a pesar de que optamos não entrar, não pode ser ignorado – a construção domina totalmente a vista da cidade, e eh a imagem mais marcante de Buda!

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Sua posição privilegiada e construção imponente, garantiram que além de não ter sido destruído durante a guerra, ainda foi eleito para sediar o “governo” nazista (e posteriormente, Soviético) durante as guerras e ocupações da Hungria.

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Mas estando lá em cima não sabemos se tiramos fotos do palácio ou da vista da cidade! Realmente Budapeste é muito harmônica e muito fotogênica, principalmente a vista de Buda para Peste.

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Nos fundos do palácio temu m outro jardinzinho, com as esculturas, fontes e um mercadinho bem fofo, cheio de souvenirs e produtos típicos da cidade (os linhos bordados e caixinhas de madeira são lindos! Ótimo para quem gosta de jogos de mesa mais elaborados e delicados).

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Bem do lado do museu esta o palácio presidencial Sandor, que a pesar de que arquiteturalmente fica meio escondido entre seus vizinhos, de hora em hora eles fazem um (mini) troca da guarda, e todos os dias ao meio dia em Ponto, os guardinhas fazem uma aprensentação de troca da guarda e “malabarismos” de suas armas!

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Por acaso chegamos lá em ponto e conseguimos assistir a apresentação, que foi super interessante!

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Por fim o ponto alto de qualquer visita a Buda eh a Igreja Sao Matias com seu interior dourado e seu telhado coloridíssimo!

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Além de claro, a estrutura do Halászbástya, que é tipo uma varandinha, meio castelinho que debruça na colina de Buda, bem de frente ao Parlamento Húngaro, e a eh a cena mais típica da cidade!

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Na parte da tarde, voltamos ao lado Peste da cidade e fomos direto ao Parlamento!

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O edifício é aberto a visitação, mas dividido em duas áreas: a Biblioteca do parlamento, que deve ser reservada com antecedência e apenas disponível por telefone ou pela internet, ou uma tour mais geral, que também pode ser comprada on line ou no próprio dia da visita (mas nao vendem ingressos com antecedência lá na bilheteria).

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Não reservamos nada com antecedência pois achei que seria difícil programar exatamente onde estaríamos a que horas, mas ainda assim conseguimos ingresso para aquela tarde.

Infelizmente tivemos a brilhante ideia de então parar para almoçar e descansar um pouco e fomos andando em direção a Catedral de São Estevão.

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A verdade eh a ideia realmente foi ótima, e a comida muito, muito boa! Maaaaaas… relaxamos tanto com nossos Goulash que perdemos totalmente a hora da visita ao Parlamento!

Nao consegui lembrar exatamente o nome do lugar onde almoçamos, mas fui numa birosquinha bem com cara de pega-turista, na rua principal da Catedral – mas nos surpreendemos o quanto a comida estava maravilhosa! (pedimos Goulash de entrada, que eh a sopa típica da Hungria – com carne, paprika e muito temperadinha!), e de prato principal, algumas opcoes típicas, como a carne de cozimento lento no molho de paprika e mini dumplings caseiros e picles, e o frango assado com uma massinha tipo gnochi e molho de ricota defumada.

Realmente era de se esperar que perdemos totalmente a hora!

Então como economizamos o tempo da visita no Parlamento, fomos seguindo em direção a Andrassy Ut, a rua principal da cidade, e também uma das mais comerciais, e onde estão as principais lojas high-end da cidade e muitos de seus museus históricos.

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Logo no começo da rua esta a Opera de Budapeste, considerada uma das mais bonitas da Europa, e a pesar de que a Hungria não é exatamente conhecida internacionalmente por sua música clássica, os Húngaros são um povo muito musical, e portanto dão um prestigio enorme a sua Opera!

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A Opera de Budapeste pode ser visitada por dentro (além de que as performances sao vendida ao publico, então você pode comprar seu ingresso para assistir uma Opera em Budapeste la mesmo! Deve ser o máximo!), mas apenas com visitação guiada e que acontece todos os dias, apenas as 3 e as 4 da tarde. A compra e reserva dos ingressos para visitacao devem ser feitas diretamente la na Opera (na lojinha de souvenirs).

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Ah! Outra area comercial que vale a pena mencionar ali nos arredores da Andrassy Ut e a Ponte das Correntes em Peste é a Vati Utca, que é uma outra região comercial mais “normal” (leia-se: menus Gucci e Louis Vuitton, e mais Zara e H&M).

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Mesmo para quem não pretende fazer compras, vale a visita, pois a Vaci Utca é uma das ruas principais do bairro Judeu de Budapeste, que após ter sido dizimado durante a segunda Guerra, foi parcialmente construido e possui Sinagogas e edifícios lindíssimos!

E a noite, é por ali que estão os barzinhos, clubs e restaurantes que atraem os muitos grupos de amigos e despedidas de solteiro(a) a cidade! (que eh um dos top destinos para festerês e despedidas de solteiro(a) na Europa!).

Nos jantamos ali perto, no Kiosk que é muito legal e vale demais a dica!

No dia seguinte, domingo, acordamos com um dia bem cheio e chuvoso, o que atrapalhou nossos planos, mas ainda assim tentamos continuar passeando pela cidade.

Então logo de manha, voltamos no parlamento para tentar comprar novas entradas para fazer o tour – mas acabamos desistindo, pois nao queríamos esperar demais…

Aproveitamos também que estávamos por aqueles lados de Peste e demos uma passadinha na Estação de trem de Budapeste, na Praça Eiffel – pois como o nome sugere, a construção foi desenvolvida pelo arquiteto Francês Gustave Eiffel.

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Então voltamos para a Andassy Ut, para tentar ver o resto da avenida, que não tinha dado tempo no sábado.

Uma das atrações mais interessantes da avenida eh o “Museu do Terror”, que eu preferi não ir dessa vez, mas passei algumas horas por la na mina outra visita a Budapeste e realmente é um museu que vale a pena demais!

Confesso que ele é bem pesado, saímos de lá de estômago embrulhado (mesmo não conseguindo entender muita coisa, já que o museu quase todo esta apenas em Húngaro!), mas é um prato cheio para os amantes de historia e do passado conturbado do Leste Europeu no ultimo século.

Então dessa vez, em vez de irmos ao Museu do Terror, fomos direto para a Praça dos Heróis, que marca o final da Andrassy Ut, e homenageia todos os veteranos e vitimas das muitas guerras em que a Hungria fez parte (e foi vitima).

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A praça, além da pilastra central e suas estátuas em semi circulo, a praça também é cercada por outros dois museus: o Museus de Finas Artes e o Kunsthalle “Palácio das Artes”, que para quem for fã de arte e tiver mais tempo na cidade, vale a pena.

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Bem atrás do Praça dos Heróis esta o Parque da Cidade, o principal parque de Budapeste, e que foi sendo construido ao longo dos séculos, por encomenda de vários nobres que comandavam a cidade, ou para comemorar determinados momentos da historia do país.

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Como eh o caso do Vajdahunyad Castle, um castelinho cercado pelo lago no centro do parque, que foi construido em 1896 para a comemoração do Festival do Milênio, que comemorou os mil anos de história Húngara.

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Além da linda vista do lago, o que faz dessa construção tão única eh sua mistura de estilos arquitetônicos, como se fosse um “calendário” de todos os estilos e todas as misturas disponíveis na cidade.

E claro, também é lá no Parque da cidade que fica as principais termas e Spa de Budapeste, a Széchenyi!

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Já que o dia estava feio mesmo, desistimos da turistagem e fomos passar o resto da dia relaxando nas piscinas termais! 9que claro, vai merecer um post exclusivo, pois foi uma experiência única e muito divertida!)

Antes de voltar pro aeroporto, almocamos na varandinha do hotel Mirage que servem uns sanduíches bons demais! (e de quebra com a vista da Praça dos Heróis!).

 

Budapeste na Pratica:

 

–          Brasileiros não precisam de visto para visitar a Hungria, e a cidade pode ser acessada por voos diretos vindos de todo o mundo, ou com escalas em outras capitais Europeias. Saindo de Londres, nos voamos Wizz Air (que eh um empresa Low cost dedicada aos destinos no Leste Europeu), mas a EasyJet e Ryanair tambem voam para Budapeste, assim como as cias mais tradicionais, como British Airways, Air France, Alitalia, KLM, etc.

–          O aeroporto internacional é conectado ao centro da cidade por transporte publico – trens e ônibus, circulam frequentemente entre os dois ate tarde da noite. Algumas empresas de low cost também fazem seu proprio translado e voce pode comprar sua passagem de onibus direto com eles (no site quando voce compra sua passagem, ou direto durante o voo). Tanto a Wizz Air, quanto a Easyjet tem ese esquema. Mas se seu voo chega tarde, ou sai cedo, uma corrida de taxi demora apenas cerca de meia hora e custa uns 30 euros. Mas tencao! Os taxistas sao meio golpistas e se nao ficar atento, volta e meia alguem tenta tirar vantagem dos turistas! (quase caimos num golpe logo na nossa chegada, e o cara quería nos cobrar 90€ em vez de 30€! Como a moeda local eh meio confusa, demorei um tempinho tentando fazer a conta e entender o que estaba acontecendo e me neguei a pagar! No fial ele disse que foi “um erro” no taxímetro e eu estaba certo, a corrida era so 30 Euros mesmo…)

–          A moeda local eh o Florint Hungaro, que tme uma conversao Ingrata e muito complexa… hehhhehe Na época da viagem a taxa era de 1 US$ para cada 223 Florints.

–          Budapeste eh um destino perfeito para ser conjugado com outras ciudades ali na regiao central do Leste Europeu, e ja vi muito roteiros que combinam Viena na Austria, com Praga na Republica Checa e Berlin, na Alemanha, por exemplo – seria um roteiro SHOW a ser feito de trem ou carro!

–          Na hora da hospedagem, tanto Buda quanto Peste sao boas opcoes e com muitos atrativos em volta, e seja onde voce se hospedar, com certeza vaia cavar atravesando alguma das muitas pontes da cidade para conhecer o outro lado tambem. Mas nas duas viagen suqe fiz a Budapeste, fiquei hospedada em Peste, e tenho a impressao que alem de ter mais opcoes de hospedagem, Peste eh mais “central”, com mais opcoes de transporte (de dia e de noite), lojas, restaurantes, cafes… enfim, a hospedagem em Peste facilita a “logística” da viagem.

–          Uma das coisas que me lembrava da mina primeira viagem a Budapeste em 2006 eram os precos, e como tudo por la era tao barato. Entao dessa vez me surpreendi com o quanto achei tudo tao caro! Hoje em dia os precos de Budapeste se equiparam com qualquer outra capital Europeia, e ja deixaram de ser um destino super em conta. Os hoteis custam o mesmo que custariam na Espanha e Italia por exemplo (mas continuam mais baratos que Paris e Londres, sem duvidas), e a comida, atracoes e ate mesmo taxis custam um preco bem padrao Europa.

–          Mas em compensacao, outra coisa que me lembro da mina primeira viagem a Budapeste era o contraste da pobreza e as marcas do passado soviético ainda recente. Bem, isso tambem mudou! Nada que um banho de loja estilo “agora fazemos parte da comunidade Europeia” nao resolva! A cidade esta mais limpa, os predios antigos recuperados e restaurados, e os contrastes estao menos evidentes. Por um lado, isso tras o aumento dos precos, e o fim das “pexinxas” do Leste Europeu, mas em compensacao tras mais empregos para os locais, melhores infraestruturas e uma sensacao de uma cidade bem mais segura e agradavel.

 

Adriana Miller
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Adriana Miller
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17 Aug 2012
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Self Drive, Acomodação e Passeios na Namíbia

Dicas de Viagens, Namibia

A maior parte dos turistas na Namibia sao provenientes da vizinha Africa do Sul, e os motivos pra isso sao bem simples: alem da fronteira entre os dois, ao contrario da Africa do Sul, a Namibia oferece muita seguranca, boa infraestrutura turistica, mas sem perder o “exotismo” da regiao.

Aliais, acho que a primeira vez que ouvi falar na Namibia foi justamente atravez de uma amiga Sul Africana, que contou de suas ferias com a familia e como eles adoravam a liberdade de viajar e dirigir pela Namibia.

Ate ai nada. O tempo passou e me encantei com um documentario sobre o deserto Namib, a historia das Costa dos Esqueletos e afins, e so entao a Namibia entrou na minha bucket list de viagens!

Mas quando comecei a pesquisar sobre a viabilidade da viagem, me deparei com uma coisa super engracada e inesperada: 80% dos passeios e opcoes de viagens pela Nambia sao em estilo “self drive” (dirija voce mesmo). Afinal, ainda sao poucas as agencias espalhadas pelo pais, as conexoes internacionais ficam limitadas a capital Windhoek e a boa infraestrutura do pais acaba inspirando o lado aventureiro dos turistas.

Inicialmente nem cogitei a possibilidade (apesar de termos adorado a experiencia na Islandia), afinal por mais que tenha lido centenas de reviews na internet, lido e relido os roteiros de self drive de agencias do mundo todo, nao achamos que seria uma boa ideia dirigir ao deus darah num pais tao grande, desconhecido, “selvagem” e no meio da Africa (um daqueles momentos que o medo do desconhecido e os “pre” conceitos veem a tona).

Alem disso, as pouquissimas agencias locais que achei on line tinham um preco tao baixo (se contratados diretamente, e nao atravez de uma operadora Inglesa), que nao achei que valeria a pena o estresse de ter que se virar por la sozinhos.

E como queriamos uma viagem bem dinamica, cobrindo boa parte do pais num espaco relativo de tempo, ficamos com medo de nao aguentar o ritmo, oque seria bem mais facil se estivessemos acompanhados de um guia/motorista experiente.

Entao nossa escolha (super ultra recomendo!) foi a agencia Wild Dog Safaris, baseada em Windhoek na Namibia, com quem negociei tudo via e-mail e foram uma super simpatia.

A agencia tem um perfil “low cost”, oferencendo principalmente pacotes self drive, ou entao pacotes de acampamento – que foi oque escolhemos.

A oferta ate pode ser pequena, mas a demanda tambem eh! E mesmo no auge da alta temporada, os pacotes pelos quais estavamos interessados ainda nao estavam  confirmados pois nao tinham mais ninguem alem de nos dois – mas resolvemos arriscar assim mesmo… marcamos passagem e nos planejamos – e so um mes antes da viagem a agencia entrou em contato pra avisar que um outro casal tambem estava interessado e eles poderiam finalmente confirmar a viagem!

Quando planejamos e reservamos tudo, nao sabiamos que eu estaria numa “condicao” especial, oque sinceramente fez com que a viagem estilo acampamento selvagem fosse mais difcil e desconfortavel pra mim – mais ainda assim a viagem foi o maximo e aproveitamos demais os 10 dias que passamos no pais!

Nosso guia foi o Felix, um cara incrivel, 100% Namibio de origem tribal, que cresceu na periferia de Windhoek (apesar de que a Namibia nao tem regioes de pobreza, a periferia eh sempre menos desenvolvida) e que resolveu estudar turismo com bolsa do governo local e conhece seu pais como a palma da mao!

Ele foi sensacional e fez com que a viagem fosse ainda melhor! Super esperto e inteligente – alem das 4 linguas “ocidentais” que falava fluentemente (Ingles e Alemao, as oficiais da Namibia, ele ainda falava Afrikans e Frances) ele ainda sabia mais uns 3 dialetos e pode conversar tranquilamente com outros guias e locais de norte a sul do pais!

A estrutura do “pacote” foi simples porem eficiente: nos 4 (eu e Aaron mais um casal – uma menina Sul Africana com seu marido Espanhol) e o Felix cruzamos o pais numa van que ia puxando um trailer.

Nesse trailer ia toda estrutura de acampamento (uma barraca de 4 pessoas pra cada casal, mesas, cadeiras, fogareiros, etc), mais o basico de comida (batatas, macarrao, arroz, molhos, temperos, etc.

A comida fresca, iamos comprando a cada cidade que passavamos), e a cada nova parada, cada um ia dando uma ajuda no que fosse preciso – eu me encarreguei de preparar a comida quase todos os dias (mas o Felix era nosso chef especilista em churrasco e carne Namibia!), outros cuidavam das barracas, ou de lavar a louca, desempacotar e reempacotar o trailer etc.

Foi uma diversao! O dia passava voando e essa nossa rotina era um otimo break nas horas a fio de estrada desertica pelo pais.

E o self drive tem o mesmo principio, soque alem de tudo, eh voce quem dirige.

Na Namibia eles tem uns carros de self drive bem especificos, que atendem as necessidades do pais: um jeep tipo pick up com tracao nas 4 rodas, com a parte de tras toda vedada (pra proteger seus pertences dos animais selvagens) e um barraca de desmonta no teto do carro – assim alem de protegido do “ambiente” (caso vc precise parar pra acampar em qualquer canto) ainda elimina a necessidade de montar e desmontar sua barraca todos os dias.

A empresa mais popular e que mais vimos por la eh foi a “Camping Car Hire“, que eh um otima opcao pra quem quiser desbravar o pais por conta propria! (e pelo site da pra ver que eles tambem tem um agencia, que te ajuda a montar o roteiro de self drive).

Apesar do clima de “aventura” de se dirigir por conta propria num pais inexplorado como a Namibia, a verdade eh que o pais eh bem tranquilo – super seguro (vimos inclusive muitos grupos de mulheres viajando em self drive sozinhas), com estradas otimas e muito bem sinalizadas.

O unico porem eh que oque o pais tem de boas estradas e banheiros limpos, faltam hoteis – acho que por isso mesmo a principal escolha geralmente costuma ser o acampamento.

Mas as agencias de self drive podem fazer todo o trabalho burocratico de reservar campings ou hoteis pros turistas (o unico problema eh que engessa um pouco seu roteiro), e apesar de nao terem muitas opcoes, quase todos os vilarejos pelo caminho tem um camping pra char de seu (e muitos deles oferencem opcoes nao-acampamento pra quem preferir dormir num quarto com paredes e tetos).

Eu ja acampei pra caramba nessa vida, inclusive na Africa, e estava mesmo esperando condicoes bem precarias! Mas nao! (come eh bom estar errada nessas horas!)

Os campings sao verdadeiros resorts, oferecendo areas individuais de acampamento, com (quase sempre) agua encanada (numa torneirinha ou magueira), eletricidade, churrasqueira e banheiros individuais (so tivemos que dividir chuveiros tipo “vestiario” uma unica noite).

Nas areas comuns dos campings na maioria dos casos eles tem bares e restaurantes (onde o pessoal se reune de noite em volta da lareira), piscina, agencia de viagem, posto de gasolina, mercadinho e oque mais voce precisar!

Alem disso, pra quem quiser fazer safari, e nao quiser arriscar dirigir nas reservas por conta propria (eh preciso um olho muito bem treinado pra conseguir identificar os animais…), os acampamentos/hoteis, oferecem “game drives” avulsos, entao voce pode dirigir entre um lugar e outro, mas fazer um safari com guia especializado.

Entao durante a o tempo todo que estavamos viajando pela Namibia nos arrependemos de nao ter feito self drive – apesar de ter adorado a agencia, o guia e o casal que viajou com a gente! E se um dia voltarmos, com certeza sera com a liberdade de um self drive!

O unico momento que essa certeza foi posta em risco, foi ja no final da viagem quando uma das rodas do nosso trailer quebrou…

O Feliz, alem de tudo ainda era um otimo mecanico e consertou o trailer rapidinho, mas eu e o Aaron ficamos naquele momento de panico onde nos demos conta que nenhum dos dois mal sabe trocar um pneu, e como teriamos nos virado ali no meio do deserto sozinhos?!

Claro que esse nao seria um problemao pra pessoas mais “safas” que nos, ou com um carro alugado mais novinho (nosso trailer ja estava mesmo pedindo arrego), e mesmo nas estradas paralelas, elas sao bem patrulhadas por guardas florestais ou pessoal de manutencao das estradas (vimos muitos! por isso eles nao tem buraco nenhum!) entao sempre vai rolar uma ajuda…

Ate que um patrulheiro passou por nos, parou seu jeep e falou alguma coisa pro Felix – imediatamente ele gritou para todos nos voltassemos correndo pra van (estavamos espalhados pela estrada e mato tirando fotos!).

E soh depois que ja estavamos de volta na estrada ele contou que o patrulheiro pediu que ele “recolhesse” seus turistas da estrada pois um leao selvagem tinha sido visto nas redondezas naquele mesmo dia, e portanto nao era seguro que estivessemos sozinhos tirando fotos por la… (!!!)

(moral da historia: se voce for fazer self drive na Namibia, se mantenha nas estradas principais, e caso tenha algum problema com seu carro, ligue para o seguro emvez de sair sem eira nem beira pelo meio do mato!)

P.S. Na Namibia todos os carros e estradas sao na mao Inglesa, entao leve isso em consideracao antes de decidir dirigir por conta propria.

 

Adriana Miller
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