Nos últimos anos, pós-Isabella eu ouvi muitos comentários surpresos em relação as nossas escolhas de destinos de viagem: “Nossa, vão para lugar X?!?” (insira aqui destino “exótico” da vez, e considerado por muitos como “não é lugar de criança” que nos visitamos numa boa nos últimos anos). “Porque vocês não vão pra Disney?”, perguntavam outros.
Não me leve a mal. Fui a Disneyworld (Florida) e Disneyland Paris várias vezes na minha infância e adolescência, e amei todas as vezes, mas assim que comecei a fazer umas viagens mais adultas e independentes, voltar a qualquer outra Disney nunca mais passou pela minha cabeça.
Engraçado que ate rolou uma mini-polêmica no meu Instagram durante essa viagem, um bate boca sem fundamento entre os apaixonados pela Disney, contra o time dos Disney-nem-pagando! E posso falar? Entendo perfeitamente ambos os pontos de vista!
A Disney, qualquer uma, é um lugar magico. Você se transporta para outra dimensão, um mundo paralelo onde tudo é lindo, divertido, maravilhoso. Um sonho. Mas por outro lado, o mundo (o de verdade, onde nos vivemos) é grande demais e interessante demais para limitar suas viagens e aventuras a um mundo faz-de-conta.
Então por muitos e muitos anos eu passei pro lado do pessoal “Deus-me-livre-guarde” e nem sequer cogitava a possibilidade de gastar tempo/dinheiro/energia indo pra Disney se eu poderia explorar castelos de verdade, conhecer culturas diferentes, e me aventurar pelo mundo (real).
Mas então, em 2013 a Isabella nasceu. E não, essa sensação e vontade de explorar o mundo não mudou nem um pouco. Queria mostrar o mundo “de verdade” pra minha filha, e não ficar “visitando” os países fake no Epcot Centre. Queria que ela convivesse com outras culturas, línguas, religiões e culinárias ao vivo, e não sentada no barquinho do “Small World”.
E sinceramente, acho que mandamos bem nesse departamento!!
Até que ano passado, com a Isabella já com seus 2 anos e meio, nos começamos a visitar outros parques de diversão… opções menores e mais locais, e nos surpreendemos com o quanto ela se divertiu e adorou aquela mundo “infantil” de cores, e brinquedos e montanha russas e afins.
E então começamos a pensar na possibilidade de que nos próximos anos, não conseguiremos mais evitar uma viagem para Disney.
Ate que no começo desse ano, quando descobri que estava gravida novamente, começamos uma mini lista de coisas que gostaríamos de fazer com nossa “filha única” antes do segundo baby chegar (até porque eles terão uma diferença de idade considerável, de mais de 3 anos e meio), e a ideia da Euro Disney entrou na conversa.
É perto e relativamente fácil pra gente, sem ter que transformar a visita ao numa viagem-evento. Um parque bem menor e mais fácil de explorar sem grandes compromissos, e que seria um bom ensaio para uma futura viagem para a Florida.
Debatemos e mudamos de ideia varias vezes… sem termos muita certeza se ela ia curtir tanto assim, e se seria uma boa ideia fazer uma viagem dessas enquanto gravida (não somos uma família muito de “princesas”, e tirando um desenho ou outro que ela assistiu na escola ou na casa de alguma amiguinha, e vestidos de princesas que ganhou de presente da família, nós não incentivamos muito isso nela, então ate pouco tempo atras ela não seria capaz de reconhecer muitas das princesas e personagens da Disney).
Até que uma promoção imperdível do Eurostar cruzou nosso caminho, e resolvemos pular de cabeça! Vamos para a Disney Paris!
Se nos arrependemos?! Na-na-ni-na-não!
Se voltaria mais mil vezes?! Com certeza!!
Ainda não sei quando teremos coragem de encarar a Florida de verdade, mas a Euro Disney foi a medida perfeita de tempo, intensidade e diversão para nos 3!
A Isabella se divertiu horrores (aos 3 anos e meio), e nós dois mais ainda, de ver a alegria dela!
Claro que com quase 8 meses de gravidez eu tive varias limitações no que poderia ou não fazer e participar, e no ritmo da viagem – mas sinceramente, justamente porque a Isabella ainda é bem novinha, conseguimos aproveitar bastante coisa nos 3 juntos, e o Aaron se encarregou do resto!
Eu recebi varias duvidas e perguntas nas redes sociais enquanto estávamos por lá, e vou responder todas elas nos próximos posts!
P.S. me perguntaram no Instagram e Facebook os créditos de algumas peças que usei nessa viagem, então aqui estão:
Adriana Miller, Carioca. Profissional de Recursos Humanos Internacional, casada e mãe da Isabella e do Oliver. Atualmente morando em Denver, Colorado, nos EUA, mas sempre dando umas voltinhas por ai. Viajante incansável e apaixonada por fotografia e historia.
Viajar de avião com crianças é sempre uma aventura… Há quem prefira quando eles são bem pequenos, e há quem prefira os mais grandinhos… E há quem prefira deixa-los em casa!
Pra mim na verdade não tem pior nem melhor, apenas diferentes: cada fase tem suas vantagens e seus desafios, e por isso mesmo quis capturar os detalhes que fazem diferença ao longo dos nossos 3 anos e pouco de viagens em família.
Muitas cosias já fazemos no automático sem nem pensar mais. Outras, não são tão diferentes assim de como lidamos com a Isabella no dia a dia. Mas aproveitei uma viagem ao Brasil recentemente para reavaliar e colocar em prática algumas outras coisas.
E pra completar, essa viagem foi “solo”: só eu e a Isabella (com 3 anos e 4 meses de idade) num voo diurno de 12 horas! Então senti que precisava me preparar mais ainda – qualquer viagem com criança complica mais ainda quando não temos um outro par de mãos pra ajudar (ou outra cabeça pensante pra lembrar de detalhes!).
– ANTES DO VÔO:
*A escolha do vôo, poltronas e refeições:
A partir dos 2 anos a criança já paga pelo voo e tem direito a sua própria poltrona, franquia de bagagem etc o que já ajuda demais! Não pagar o voo dos pequenos é uma beleza, mas a realidade é que depois de uns 6/8 meses de idade, qualquer voo com um bebê no colo é bem desconfortável. Claro que na maioria das vezes a economia compensa, mas aquele primeiro voo com eles em sua própria poltrona é um alívio!!
Como nós somos uma família de 3, sempre prefiro marcar assentos na janela; a maioria das aeronaves sentam 3 pessoas de cada vez, e assim não precisamos dividir a fileira com ninguém!
Para uma família mais numerosa, as fileiras do meio são melhores, pois assim não é necessário dividir a família e os pais podem dividir sua atenção e revezar tarefas igualmente entre si e o numero de crianças.
Além disso, nos vôos noturnos, as crianças podem deitar “atravessado” no colo dos pais, o que pra eles é um super conforto!
Dessa vez eu optei por voo na categoria “Premium” da British Airways (é uma classe entre a econômica e a Executiva, que nem todas as cias tem). O preço é mais salgado do que um voo normal de econômica, mas valeu a pena por estar viajando sozinha com a Bella e ela já estar grandinha (quando fui sozinha com ela para o Brasil no Natal, voamos na mesma classe).
A vantagem de voar de Premium é que as poltronas são beeeeeem mais confortáveis: mais largas, com maior inclinação, com descanso para pernas e pés, ajuste na lombar, carregador elétrico em USB etc. O menu é o mesmo da executiva, e o serviço como um todo é bem melhor. A única desvantagem é que por serem poltronas individuais os braços das poltronas não levantam – ou seja, se o Aaron estivesse com a gente, teríamos mais “espaço útil” pra Isabella deitar entre nós dois, com as 3 poltronas da classe econômica (com braços levantados), e conseqüentemente teríamos tido mais conforto, apesar da classe mais barata.
Mas como estava só eu, as poltronas da Premium já bastam: entre a reclinação maior, descanso de pernas e poltronas mais largas, ela conseguiu dormir suuuper confortável, inclusive no voo noturno de volta, e teve mais espaço pra ela (e pra mim!) deitar e se acomodar do que se estivéssemos na econômica.
Outra coisa em relação a escolha do vôo, o que sempre me perguntam é: porque voo diurno, se esses acabam sendo tão mais cansativos com/para crianças mais velhas? (que já não dormem durante o dia) – e principalmente para os pais, que ficam no ritmo não-para-não-para-não-para-não entretendo crianças durante horas e horas a fio! (ja falei nessa questao do voo diurno vs noturno nesse post aqui).
Simples: vôo direto! Conexões = complicações! Ter que ficar carregando tudo entre um voo e outro, troca de terminais etc, mais o risco de uma criança fazendo birra, cansada/com sono/fome etc enquanto você corre contra o tempo pra pegar o próximo vôo não é uma combinação legal!
Ah! E outra coisa: a partir do momento que as crianças passam a pagar por seus vôos, elas tem direito a refeição especial, que deve ser pedida on line até 48 horas antes do voo. Claro que não espere que seja aquela coisa super nutritiva-balanceada que vai garantir uma saúde e inteligência superior ao seu filho (alô Harvard!), mas já aumenta as chances de ter opções mais amigáveis para paladares infantis (mas principalmente eles servem as refeiçoes infantis/especiais antes de começar a server o almoço/jantar do resto da cabine, então ela não precisou esperar horas depois da decolagem para comer, e quando finalmente serviram a minha comida, ela já estava alimentada e pude comer numa boa).
Mas voltando ao preparativos pré-vôo:
Além da escolha do voo e poltrona, nós começamos a preparação “piscológica” vários dias antes.
A Isabella já viajou bastante, adora e já entende muito bem todo processo de viagem. Mas se é sua primeira viagem, ou se você viaja pouco (e seu filho provavelmente não lembra do último voo que fez) isso é ainda mais importante. Então já começamos a falar do avião, da viagem, quais brinquedos ela quer levar, quais desenhos quer assistir etc. Quando passar um avião sobrevoando o céu, mostre e fale que “daqui a pouco/amanha/semana que vem seremos nos”, mostre fotos e/ou videos de outras viagens etc. Ou seja, qualquer cosia que refresque a memoria ou ajuda a criança a se familiarizar com a ideia do avião, evitando estranhamentos, medos e afins.
Sempre deixo ela escolher umas besteirinhas para levar no voo (revistinhas de colorir, adesivos, carrinhos, bonequinhos pequenos etc), levo os brinquedos preferidos do momento e geralmente também compro alguma besteirinha “surpresa” para dar de presente durante voo, ou entre conexões e momentos de tédio e espera (só tome cuidado para que não seja nada com muitas pecinhas pequenas que possam sair rolando e se perder no avião, nem nada que faca barulho e incomode os outros passageiros!).
*Bolsa de mão:
A Bella não usa mais fralda ha tempos, mas nunca deixamos de carregar sua “bolsa de fralda” pra cima e pra baixo – principalmente em viagens!
Sério, pra mim estar preparado para qualquer – QUALQUER – imprevisto não compensa nenhum minimalismo! Quando as pessoas comentam como ela se comporta bem em viagens (avião, carro, trem, etc) restaurantes, museus, etc, etc como se fosse uma coisa extraordinária, a minha resposta é sempre a mesma: esteja preparada!
Crianças são imprevisíveis: pode ser o mau humor do dia (desenhos, revistinhas, livros e brinquedinhos novos geralmente resolvem o problema), pode ficar doente (mimi farmacinha sempre!), pode não querer nem olhar pra comida do avião (lanches e coisas rápidas para alimentar + distrair!), podem entornar um copo de suco inteiro no colo, pode passar mal, pode ficar entediada…. a lista de coisas que podem dar errado é infinita!
Mas claro, sejamos práticos! Não precisa exagerar e querer levar a casa nas costas, e principalmente, seja flexível e abra exceções: deixa a criança comer besteira se for preciso, deixe passar horas com o nariz enfiado no tablet se isso vai impedir um chilique, deixa rolar no chão se isso evitar que eles fiquem atazanando o vizinho de poltrona, e seja lá o que for que você considere impensável no dia a dia.
E por fim: deixe a criança cansada! Deixe eles correrem, esticarem as pernas, brincarem e pode deixar tocar o terror no aeroporto! Uma salve de palmas para aeroportos que tem playgrounds e áreas para crianças! (na Europa e Asia, 99% dos aeroportos tem alguma área kids! Amem!). Mas se no seu aeroporto não tem uma área dedicada a crianças, não eh nada que uma sessão de “pique esconde” ou “mini gincana” não resolva!
Play área do Heathrow (todos s terminais tem um!)
– DURANTE O VOO:
Bem, além de tudo que já falei acima eu aproveitei o último vôo e fiz um vídeo mostrando o que levo na bolsa da Isabella, e mais algumas dicas gerais dessa preparação pré e durante o voo.
Então digamos que sua bolsa de bordo/mão é sua vida!
Sempre evite exageros (afinal, você terá que carregar isso tudo!), mas a preparação, paciência e energia serão seus maiores aliados.
Sim, energia! Afinal não existe tablet, livrinho ou brinquedo que dure pra sempre, e sua criança vai querer mesmo é a sua atenção! Então o nosso dia de viagem (afinal foram 12 horas!) foi um intercalado de “novidades” e “surpresas” que a distraiam e me davam uma folguinha, com interações intensas de brincadeiras, jogos, passeios pela aeronave, competição de careta no espelho do banheiro e sei lá mais o que eu consegui inventar!
Se cansa?! Ô!!! Cheguei um bagaço!
Mas o que importa ‘e que pra ela, o vôo foi pura diversão e horas de qualidade comigo. Sem trauma, sem medo de avião, sem medo do desconhecido da viagem. Não tenho a menor dúvida que ela vai crescer amando viajar tanto quanto eu! (que também aprendi desde bem pequena!).
Uma outra coisa que mudou na nossa rotina desde a última vez que escrevi sobre dicas de viagem com criança foi que agora a Isabella esta desfraldada (ha quase 1 ano) e também não usa mais chupeta.
Em relação ao desfralde, não corremos mais riscos de acidentes, pois agora ela já esta bem treinada e acostumada (se vocês quiserem eu posso falar com mais detalhes sobre isso, já que o desfralde aconteceu mais ou menos na época que o blog deu uma pausa em postagens de viagens…), mas é uma dinâmica bem diferente!
Por um lado, já não preciso mais ficar preocupada em levar fraldas, e quantas fraldas, e se lá vai ter fralda, e se a fralda vai vazar, etc, etc.
Mas por outro lado, tem sempre a preocupação de achar um banheiro que seja limpo, se se quer vai ter banheiro por perto etc. Em aviões, claro que sempre terá banheiros, mas é todo um ritual de perguntar mil vezes se ela quer ir ao banheiro antes de embarcar, e depois perguntar de novo se ela quer ir ao banheiro antes do voo decolar – não esqueçam que existe o período de taxiamento e decolagem/pouso onde ninguém pode ficar em pé nem usar o lavatórios do avião. As vezes esse período por demorar 1 hora ou mais… e aí se seu filho quiser fazer xixi bem na hora que o sinal de afivelar os cintos ascende?! E ainda tem que segurar o xixi por mais 1 hora?!?! Complexo!
A Isabella é dessas crianças que só quer parar de fazer o que estiver fazendo e pede pra fazer xixi quando a bexiga já esta explodindo, então tenho que usar várias técnicas de convencimento e negociação para convence-la de ir ao banheiro antes de embarcar: seja ler uma história, assistir o ipad, ou ganhar uma bala ou surpresa de prêmio! Use todas as armas!
Outra coisa que mudou na nossa rotina foi a retirada da chupeta. Na verdade, esse vôo pro Brasil foi a primeira vez que ela voou sem chupeta (esperamos até a volta da viagem pra Ásia para fazer essa transição!), então eu não sabia como ela ia reagir no vôo, se ia sentir dor de ouvido, se ia enjoar… E não deu outra! Assim que entramos no avião ela lembrou da chupeta! Mas eu falei que não tinha mais, e ela aceitou numa boa, mas só por precaução, levei uma sacola enorme com balas e pirulitos que poderiam a distrair, além de aliviar os ouvidos.
O resultado final foi que ela ficou super bem no voo, não reclamou dos ouvidos nem nada e no vôo da volta já nem perguntou da chupeta!
P.S. A lista de produtos que mostrei no vídeo esta no final do post. E tenho também esse post AQUI com dicas e sugestões de apetrechos para crianças!
Uma das maiores dificuldades de viajar com crianças maiores é que eles não são mais tão “portáteis”.
Por um lado eles já andam e até ajudam a carregar as coisas etc, mas com uns 2,3, 4 ou até uns 5 anos, ainda são bem pequenininhos e frágeis, cansam a toa (física e mentalmente) e não dá pra garantir que só porque seu filho já anda, que ele de fato vai quererandar bem naquela momento crucial que você esta atrasado pro próximo voo!
Esse era meu maior medo! Apesar da escolha do voo direto, para justamente evitar conexões (por esse mesmo motivo!), eu sabia que depois de um longo dia no avião, nós chegaríamos no Rio super tarde da noite, ambas estaríamos exaustas, eu ia ter um monte de coisa pra carregar e potencialmente ainda ter que carregar ela no colo! (sem falar que eu estava grávida de 5 pra 6 meses!).
Normalmente eu sempre peço pra despachar o carrinho na porta do avião, e retirar de novo na porta da aeronave; fácil e prático. Então, em situações assim, basta desembarcar e esperar seu carrinho bem ali na porta.
Mas sempre, sempre pergunte se essa opção estará disponível no aeroporto de chegada! E principalmente muito cuidado em voos com conexões! Verifique se seu carrinho vai ser levado até a porta no seu vôo de conexão, e cuidado com o tempo disponível! Se a conexão for apertada, ou seu voo atrasar etc, você pode acabar perdendo o voo! (eu sempre acho que demora horrores para trazerem o carrinho de volta ao desembarque!).
Nesse caso, peça para despachar o carrinho até o destino final e não corra riscos.
Mas e se o aeroporto não puder levar o carrinho até a porta no desembarque ou em conexões (por exemplo, no Rio de janeiro não pode, e se entendi bem, isso é regra da alfândega Brasileira e da Infraero a todos os voos internacionais chegando no Brasil), oque fazer??
Bem, se você estiver viajando com mais alguém e a proporção de adultos por crianças estiver equilibrada, tudo bem. Mas caso contrario, peça “assistência”!
No que consistirá essa assistência, vai depender demais do aeroporto de chegada, mas pode ser que eles disponibilizem um carrinho de criança para você usar enquanto estiver no aeroporto, ou então alguém esteja te esperando com aqueles carrinho motorizados tipo golf, ou alguém pra te ajudar com as malas. Na chegada ao Rio de janeiro, depois de um voo de 12 horas, quase 1 da manha com uma criança de 3 anos exausta e uma barriga de 6 meses de gravidez, a opção de assistência foi uma cadeira de rodas!
PS a assistência tem que ser requisitada antes do voo! On line no site da cia area (se disponível) ou no momento do check in.
Só quando chegamos no Rio é que me falaram que eu não poderia sentar na cadeira de rodas com a Bella no colo, por questões de seguro, mas ela pôde sentar na cadeira sozinha (a foto é de partir o coração, mas ela adorou o “carrinho grande”), e de quebra ainda pendurei minha mochila, além de ter tido ajuda na fila preferencial da imigração até finalmente recolher minha bagagem e o carrinho dela! (um rapaz ficou com a gente me ajudando com a bagagem e a Isabella pode ficar sentadinha na cadeira de rodas ate o final, ate eu já estar com tudo pronto pra passar pela alfandega e ir pra casa!)
Foi ótimo e nos salvou!!
Hoje em dia também existem essa nova geração de carrinhos de viagem portáteis, que dobram e fecham tao pequenininhos que você pode levar dentro do avião com você, como bagagem de mao!
Eu acho uma ideia maravilhosa, mas nao tenho um desses por alguns motivos:
O modelo pioneiro e mais conhecido eh o Babyzen Yoyo, porem alem de caro para um carrinho “para de vez em quando” (se você comprar com todos os extras necessários, ele custa o preço de uma Bugaboo Bee!) ele tem uma vida util super curta, e só serve para crianças entre 6 meses (ou depois que já sentam firmes sozinhas) ate mais ou menos 2 anos (ou cerca de 12 quilos), sendo que eu já vi bebes de 1 ano ou pouco mais pesado que isso! Ou seja, apesar de sua “fama”, para o proposito das dicas desse post ele já não serviria, pois a Isabella com menos de 3 anos já não cabia nele (e isso porque ela é peso pluma e bem magrinha! Uma criança de peso mais normal, já não poderia usar o Yoyo ha muito tempo).
Porem outras marcas estão entrando nesse mercado e com opções bem melhores que o Yoyo, com carrinhos mais duradouros e resistentes (e mais baratos!), como por exemplo o Mountain Buggy Nano (que serve ate os 4 anos, ou 20 quilos) ou o Qbit (que serve ate 4 ou 5 anos, ou 23 quilos). Eu estou pensando seriamente em comprar um desses dois antes da nossa próxima viagem!
Porem, outra coisa a atentar sobre esse tipo de carrinho é que como sua principal vantagem é justamente poder leva-lo dentro do avião, não esqueça que o carrinho será considerado sua bagagem de mão! Ou seja, você terá que abrir mão de alguma coisa (bolsa, mochila de câmera/laptop/bolsa de fralda, etc) para poder levar o carrinho com você (que apesar de fechar bem “pequeno”, eles fecham na mesma dimensão de uma mala de cabine, e portanto bem “grandes” como uma mala mesmo).
Ou seja, se você estiver viajando sozinho, ou em voos low cost etc e tiver um numero limitado de volumes que poderá levar com você no avião, esses carrinhos podem já não ser tao vantajosos, pois significa que você terá que sacrificar o precioso espaço no compartimento de mala de mão do avião, ou ate mesmo pagar para despachar uma mala a mais, só pra levar o carrinho no avião com você…
E por fim, uma dica que dei pra uma amiga no outro dia, e que pra mim já era tão automático que nem pensei que talvez pudesse ajudar alguém: malas!
Essa é uma dica que poderia estar tanto na parte de “pré voo” quanto “pós voo”: as malas!
Não é porque a criança tem direito a franquia de bagagem, que você deve viajar cheia de malas gigantes e pesadas! Eu sempre falo que não sou nada minimalista no que diz respeito a viajar com a Isabella, mas por outro lado minha regra sempre é: nunca levar mais do que eu possa carregar sozinha! Duas mão, mais criança, mais carrinho e afins… geralmente é uma conta que não fecha!
Ou seja, você tem que conseguir carregar suas malas, e mais todo o resto, sem precisar de carrinho de bagagem. Afinal, como você pretende empurrar uma carrinho de bagagem cheio de malas pesadérrimas e ainda empurrar um carrinho de criança? Sim, você sempre pode pedir ajuda pra alguém, mas não conte com isso!
Então eu sempre levo no máximo duas malas, dessas com 4 rodinhas 360 graus, que eu possa e consiga carregar com 1 mão só (com as malas de “costas” uma pra outra, portanto não podem estar muito pesadas), ou que eu possa levar uma em cada mão, ao mesmo tempo que seguro o carrinho (que também não podem estar pesadas, pelo mesmo motivo).
Mais que isso, impossível. (claro, isso é uma “dica” pra quem viaja sozinha(o) né? Se você estiver com mais alguém viajando junto, tudo bem).
Se seu filho ainda for bebê, rola usar um canguru, enquanto que o carrinho da criança vai junto com as malas no carrinho de bagagem), ou se seu filho já é bem mais velho e aguenta o tranco e pode ir andando e não precisa de carrinho, mesmo em voos cansativos ou que cheguem tarde ao destino.
E por fim, a dica que dou sempre: relaxe e curta! E lembre-se que por pior que um voo possa ser, sao apenas algumas horas, e isso nao compensa desistir de viajar e privar seus filhos (e voce e sua familia!) dessa experiencia de vida maravilhosa que eh conhecer o mundo!
Adriana Miller, Carioca. Profissional de Recursos Humanos Internacional, casada e mãe da Isabella e do Oliver. Atualmente morando em Denver, Colorado, nos EUA, mas sempre dando umas voltinhas por ai. Viajante incansável e apaixonada por fotografia e historia.
Para finalizar a serie de posts sobre o Vale do Loire, nada melhor do que uma listagem redondinha sobre como ficou nosso roteiro de viagem pelo Vale do Loire e Mont St Michel, passo a passo, dia a dia.
Afinal, como comentei antes, planejar a viagem nao eh difícil, o complicado mesmo eh nao tentar fazer tudo-ao-mesmo-tempo-agora e conseguir resistir as tentacoes e “dicas imperdiveis” que voce vai receber pelo caminho!
E nao passamos imunes, e claro que uma vez estando la voce ve um folheto irrestivel, ou entao falta tempo num dia, mas sobra no outro, ou o clima da uma reviravolta e estraga o plano A.
Entao no fim das contas conseguimos fazer tudo que tinhamos planejado inicialmente, e de quebra ainda conseguimos encaixar mais alguns outros castelos ou atividades bem legais por la – e lembrando que tudo foi feito com bastante calma, com tempo para curtir cada Castelo e atracao e respeitando o ritmo e rotinas da Isabella sem dramas.
Mas nao, nao vimos tudo. E sim, deixamos de lado o Castelo X que a amiga da vizinha disse ser imperdivel…
– 5’dia: Aprimeira parada do dia foi o Castelo de Chambord, o mais impresionante de todos os castelos! Demos sorte com o clima e entao aproveitamos para curit bastante o Castelo e seus jardins.
A tarde fomos ate o Castelo de Blois, que fica relativamente perto de Chambord (mas nao tivemos muito tempo por la). Exploramos o Castelo e acabamos voltando para casa, sem pasar muito tempo na cidade.
A noite jantamos em Saumur, no L’Escargot.
– 6’ dia: Nosso ultimo dia em Loire e tambem o dia que tinhamos que dirigir ate Mont Saint Michel. Mas nao resistimos e no caminho fizemos um detour ate o Castelo Usse!
– 8’ dia: Acordamos e dirigimos ate Tours, onde passamos o resto do dia e devolvemos o carro alugado, mas nao deu tempo para muitos passeios pela cidade.
Ficamos hospedados no Hotel Oceania L’Univers, bem pertinho do centro da cidade e da estacao de trem TGV (de onde sairiamos de volta pra Paris na manha seguinte).
– 9’ dia: Dia de voltar para casa! Fomos de TGV ate Lille e de la pegamos o Eurostar ate Londres.
P.S. Todos os links correspondem os posts específicos de cada atracao!
Dicas finais:
A regiao do Vale o Loire eh bem grande e apesar de que muitos castelos e vilarejos ficam bem pertinho uns dos outros (e tentei agrupar essas atracoes no mesmo dia, para otimizar nosso tempo), a maioria das coisas legais para ver e fazer por la ficam bem longes uma das outras (entre 1 ou 2 horas de estrada), mas achamos que foi bem tranquilo de fazer tudo com carro alugado (foi bem mais fácil dirigir por la do que pela Provenca, por exemplo, que eh cheia de estradinha secundaria e vilarejos perdidos). As estradas sao otimas e super bem sinalizadas! Foi o tipo do lugar onde a “road trip” (dirigir por la) fez parte da atracao!
A nossa intencao nunca foi fazer uma viagem corrida, e conseguimos fazer bastante coisa – mas tambem gastamos um bom tempo por la (que valeu a pena!), totalizando 5 dias inteiros (e depois mais 2 dias em Mont St Michel, que tambem foi o tempo ideal).
Mas obviamente esse roteiro pode ser adaptado de acordo com quantos dias voce tenha disponivel.
Vale do Loire e Mont St Michel com Criancas:
A Isabella levou a viagem numa boa, ate porque planejamos nossos días de acordo com os horarios da rotina dela (como sempre tento fazer), dando bastante tempo para ela brincar e correr pelos palacios, castelos e jardins, mantendo seus horarios de refeicoes, e sempre coincidindo os horarios de estrada, com suas sonecas.
A noite, ela sempre ia dormir em seu horario normal regradinho, e nos passavamos para area “social” do nosso quarto com meu sogro, abríamos uma garrafa de vinho Saumur Blance ficavamos papeando e planejando os passeios do dia seguinte (como expliquei no post sobre o hotel que escolhems ficar).
Nao tivemos a menor dificuldade em pedir cadeirao de bebe em restaurantes e cafes e achei a viagem super familia e fácil de se fazer com crianca pequena (ela tinha 1 ano e 9 meses na epoca).
A única dificuldade foi mesmo com o carrinho, pois a maioria dos castelos sao cheios de escadas e corredores estreitos, muitos degraus ou simplesmente nao permitem a entrada de carrinhos de bebe.
Nem saia da mala do carro, mesmo nos días que levamos o carrinho tambem, porque sabiamos que em algum ponto do dia, iriamos acabar precisando da mochila!
Entao achei imprescindivel ter esse acessorio, seja um canguru (tipo Ergo Baby ou Baby Bjorn) para bebes menores ou uma mochila para criancas maiores (a nao ser que seus filhos ja sejam grandinhos o suficiente para aguentar as caminhadas e escadas).
E por fim uma dica que eu postei no Instagram na época da viagem e que na verdade aprendi durante nossa viagem para Provenca, tambem na Franca, quando a Isabella tinha 5 meses:
A agua na Franca eh muito “mineralizada” (mesmo a de garrafa) e portanto nao eh recomendavel para a alimentacao de bebes e criancas pequenas.
Na Provenca a Isabella ficou com uma assadura horrivel e muita colica (coisa que ela nunca teve ate entao!), e so uns días depois descobrimos que foi por causa da agua, entao dessa vez nossa primeira providencia ao chegar na Franca foi comprar garrafas de agua especifica para alimentacao de bebes e criancas (a que nos foi recomendada foi a Evian Bebe, de tampinha rosa), e dessa vez ela nao teve problema nenhuma e ficou numa boa a viagem toda!
Planejando uma viagem para o Vale do Loire?
Aqui você encontra todas as dicas e recursos para planejar sua viagem, e podemos cuidar dos detalhes práticos para você:
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Adriana Miller, Carioca. Profissional de Recursos Humanos Internacional, casada e mãe da Isabella e do Oliver. Atualmente morando em Denver, Colorado, nos EUA, mas sempre dando umas voltinhas por ai. Viajante incansável e apaixonada por fotografia e historia.
Adriana Miller, 35 anos, economista, casada e mãe da Isabella. Atualmente morando na Inglaterra, mas sempre dando umas voltinhas por aí. Viajante incansável e apaixonada por fotografia e história.