15 Mar 2010
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Levantando voo com…

Blog, Dicas (Praticas!) de Viagem, Midia

A Andrezza Mattos escreve o “Diario“, que eh um blog super fofo. Blog de papo de amiga mesmo! Onde ela fala sobre seu dia a dia, amigas, comprinhas, viagens, dieta e oque mais der na telha.

Ela me “descobriu” quando planejava sua lua de mel, e jah trocamos varios e-mails e comentarios, e ateh tentamos marcar um encontro durante minha ultima viagem ao Rio (mas a Air France e Sao Pedro estragaram nosso planos!), e ao ler o blog dela, dah pra ver que a Adrezza faz amizades em velocidade de progressao geometrica!

Entao ela me convidou pra uma entrevistinha dando algumas dicas de viagem na secao “Levantando voo” que ela publica no blog, dando e pedindo dicas sobre viagens a amigas e blogueiras.

Como falar sobre viagens eh meu assunto preferido, aceitei na hora!

Entao dah uma passadinha lah, onde conto minhas viagens preferidas, dicas de viagem, indispensaveis de viagem e como se preparar para a viagem dos sonhos!

Obrigada pelo convite Andrezza!

Adriana Miller
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15 Mar 2010
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Sob o sol da Toscana

Dicas de Viagens, Florenca, Italia, Pessoal, Pisa, Viagens pela Italia

Voltar a Pisa e Florenca 6 anos depois que cheguei lah, foi uma experiencia bem interessante.
Foi meio engracado estar andando novamente por Florenca, dessa vez como puramente turista e “abrir” minha mente para a cidade.

Quando sai do Brasil, ha (quase exatamente) 6 anos atras, minha primeira parada foi a Italia, onde tinha ganhado uma bolsa de estudos atravez do consulado Italiano no Rio (onde estudava na epoca). Fui cheia de expectativas, sonhos e afins, e meu primeiro mes foi um sonho realizado. Morei em Castelraimondo, fazendo um curso intensivao 100% inclusivo. Passiei e viajei bastante, conheci muita gente legal e aprendi demais. Logo depois fui direito pra Florenca, onde tinha ganhado uma segunda bolsa de estudos, que nao quis desperdicar de jeito nenhum.

Eu achava que poder morar um tempinho em Florenca seria o auge supra-sumo da minha vida, e o tombo nao poderia ter sido maior. Um ambiente completamente diferente, sem conhecer ninguem, morando com duas irmas Italianas ultra antipaticas, e enfim…. odiando!

Soh quando fui embora de lah eh que me dei conta do quanto tinha detestado morar em Florenca, de como as pessoas lah sao esnobes e antipaticas e como tinha sido dificil pra mim me sentir “obrigada” a amar toda a experiencia o tempo todo.

Entao nos 6 anos seguintes nunca cheguei a ter intencoes de um dia voltar lah. Ficou marcado: Fiorentinos sao antipaticos, xenofobistas e esnobes. Tudo bem que hoje em dia estou longe de ser a pessoa que era naquela epoca, mas as primeiras intencoes, nesse caso, ficaram.

Ateh que ha uns 6 meses tras o Aaron viu uma promocao da Ryanair pra Pisa. Vamos?

Entao o tempo passou, e nesse fim de semana voltamos pra Toscana para passar o fim de semana.

Voamos Londres – Pisa, onde passamos a primeira noite e algumas horinhas do sabado de manha pra ver a torre. Logo depois encaramos um trem regional e 50 minutos depois, lah estava eu, novamente na Stazzione Santa Maria Novella.

Foi incrivel como em questao de segundos eu jah lembrava o caminho a seguir, que ruela pegar pra cortar o caminho, e entao me dei conta de como fui sortuda de ter tido a oportunidade que tive.

A ficha soh caiu quando ao voltar da Piazzale Michelangiolo depois do por do sol, e lembrando de todos os atalhos, fomos andando ateh minha antiga casa – um predio tipicamente Fiorentino, antigao, com uma porta gigante de madeira e janelonas com flores na sacada, e o Aaron, no auge de seu Americanismo-novo-mundo soltou uma “UAU”! Voce jah morou aqui?!”.

E entao me dei conta de que sim, jah morei ali. Sei como eh subir as escadas antigas de madeira, gastas pelos anos num predio tipicamente Toscano, como eh sentar nos degraus da Piazzale Michelangiolo no por do sol com os amigos, assistir os artistas de ruas na Ponte Vecchio, aprender sobre arte Renascentista direto na fonte e saber andar pelas ruas sem precisar de mapas.

E eu tambem sei que esse post esta piegas pacas, mas voltei pra casa no domingo com uma nova paixao por Florenca. E sendo muito, muito grata pelos apertos que jah passei na vida, que me ajudam a dar valor pela pessoa que sou hoje em dia.

Entao nos proximos dias vou baixar as fotos e preparar os posts com dicas insider de Florenca – que nunca tinha feito!

Alem de me preparar para uma semana intensa de dieta! Serio! Como se come bem naquele lugar! Ainda bem que morei por lah pouco tempo, e agora passamos apenas um fim de semana! Afinal nao eh normal comer sorverte de Nocciola 3 vezes por dia (alguem me explica porque nao vende nocciola em outros paises?!?!), gofre com nutella mais 1 ou 2 vezes, almocar pizza e jantar pasta, regado a vinho Chianti e Lemoncello!

Adriana Miller
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11 Mar 2010
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S.A.L. – Estudar Full time ou part time em Londres?

Estudos, S.A.L., Vida na Inglaterra, Vida no Exterior

 A Carla me mandou um e-mail com algumas duvidas sobre os cursos de mestrado e Pos graduacao em Londres. Na verdade ela nao foi a primeira, e como jah dei algumas dicas e respostas em e-mails e comentarios que se perdem ao longo do tempo, resolvi escrever outro post de Servico de Atendimento ao Leitor, o SAL.

(…) Ainda não consegui decidir se eu deveria fazer o curso full ou part time, e por isso resolvi te escrever, pra te pedir umas dicas.
Tenho dúvidas do tipo: qual a média de livros que se lê numa semana? qual o suporte que os professores dão para os assignments/essays? as informações são claras, a gente consegue saber exatamente o que é pedido nesses trabalhos?

Vamos por partes.

Pra comecar, vou explicar um pouco a diferenca entre os cursos full time e part time nas universidades Inglesas (que eh bem parecido com as Universidades Europeias em geral).

Um curso full time (periodo integral) eh quele em que, teroricamente, o aluno eh estudante em tempo integral. Nao sobra, nem deveria sobrar tempo pra mais nada. Nao sobra tempo de fazer uns bicos durante a semana, nao sobra tempo de viajar nem de festejar muito.

Por isso tambem que o governo dah uma serie de benficios fiscais para alunos de cursos Full Time, como isencao de alguns impostos, acesso a emprestimo estudantil (Student Loan) e visto de estudante. Sao pequenas cosias que facilitam a vida de quem nao tem tempo de fazer mais nada na vida, a nao ser estudar.

A grande maioria dos cursos na Europa seguem essa linha, pois aqui nao rola muito a cultura de fazer estagios, trainee etc durante seu curso. Estudante foi feito pra estudar e nada mais. Programas de estagio soh aceitam candidatos durante os meses de verao, e programa de trainees soh aceitam candidatos jah formados.

Para ganhar uma graninha extra, os estudantes Europeus trabalham durante os meses de verao ou nos periodos de ferias escolares (natal, pascoa, spring break etc). Mas a grande maioria eh sustentada pelos pais ou pegam emprestimos estudantil do governo (e passam o resto da vida – literalmente – pagando o emprestimo. O Aaron ainda esta pagando o dele, e ainda faltam tipo mais uns 15 anos!).

Porem ser aluno de um curso full time nao significa que vc vai passar 40 horas semanas na sala de aula.

Na verdade a carga horaria pode variar bastante entre um curso e outro, uma materia e outra. Mas por via de regra, os horarios sao bem “espalhados” ao longo da semana e podem mudar constantemente (um mes vc tem aula as 2- de manha, 2- de tarde, 4- o dia todo, 5- livre e 6- na hora do almoco. No trimestre seguinte, tudo muda), ou seja, nao dah pra se preogramar a a fazer outras coisas (trabalhar, por exemplo) que exigam um comprometimente de medio e longo prazo.

Mas principalmente a regra numero UM de estudos Universitarios na Inglaterra eh: o numero de horas de dedicacao “independente” eh diretamente proporcional ao numero de horas na sala de aula.

No meu caso por exmplo, temos 6 horas de aula por semana (pois fiz um curso part time). Oque significa que cada aluno deverah dedicar pelo menos 6 horas extras para estudar por conta propria.

O mesmo curso em programa full time tem cerca de 12 horas semanas de aulas (espalhados em diferentes horarios e dias) e se espera que os alunos dediquem pelo menos mais 12 horas de estudos por conta propria.

A mesma regra vale para cursos part time (meio periodo). Nao eh porque o curso nao eh em programa integral, que voce terah muita flexibilidade.

Na minha universidade por exemplo, para o mesmo mestrado existe o programa full time, o part time e o part time business school (que eh o que eu fiz). A principal diferenca eh que o part time business school tem aulas a noite, e tem uma serie de pre requisitos para que os alunos possam ser aceitos no programa – o princpal eh jah estar inserido no mercado de trabalho, pois a grande maioria dos projetos/trabalhos que temos que fazer sao baseados em nossas proprias experiencias e empresas. Ou seja, o nivel de exigencia para os alunos eh mais alta, para que o nivel de exigencia dos professores seja mais baixa (jah que eles sabem que os alunos terao menos tempo para “estudar por conta propria” jah que todos trabalhamos full time e nossos cursos sao pagos pelas empresas que trabalhamos).

Jah o curso part time “normal” tem aulas durante o dia, em horarios aleatorios, e exige uma dedicacao “independente” ainda maior, para compensar a falta de experiencia profissional.

Em realcao aos livros lidos por semana, isso tambem depende muito de cada professor, cada materia e cada curso.

No caso da Carla ela quer fazer um curso de Direito, que eu imagino iria exigir muitos livros a serem lidos por semana.

Uma amiga fez um curso de moda, e nao tinha que ler muitos livros, mas em compensacao tinha que fazer projetos “reais” praticamente todas as semanas, oque consumia 100% do seu tempo livre (fazendo pesquisa, visitanto ateliers, costurando, colando solados, produzindo desfiles, e afins).

No meu caso algumas materias tive que ler muitos livros (Employment law principalmente!), mas outras materias liamos alguns artigos por semana, outras materias foram baseadas em pesquisas de campo (entreviats e questionarios e pesquisas a serem apresentados e discutidos todas as semanas).

Quanto aos trabalhos e projetos propriamente dito, a teoria eh sempre a mesma: alunos de nivel de mestrado devem ser independentes o suficiente para se desenvolver sozinhos.

No meu curso, cada materia tinha uma media de 2 projetos por trimestre: geralmente 1 Essay e um Business Case. Ambos os casos as instrucoes sao simples, coisa de 1 frase com um tema, ou deixando o tema livre para escolha. (no caso da dissertacao, voce ainda tem que inventar seu proprio tema “inedito” a ser pesquisado).

Os professores sao bem prestativos (bem… quase todos) e dao algumas dicas, mas a mensagem geral eh “alunos de mestrado tem que saber fazer suas proprias pesquisas, proprias referencias e formular suas proprias ideias”. Entao o resumo da opera eh que eh cada um por si.

Eu nunca tive ajuda negada (apenas da supervisora da minha tese!!), mas em compensacao, os professores sao os mais vagos possiveis nas ajudas, pois eles querem mesmo eh testar sua capacidade de pesquisar e de formular ideias e temas.

Alem, disso, o padrao e expectativa em relacao a qualidade dos trabalhos eh altissima, como jah contei em outros posts (sobre notas, plagiarismo e prazos), e nao existe segunda chance, ninguem quer saber dos seus problemas pessoais e outras dificuldades que voce possa ter (nao entender direito a lingua, ser novo no pais, morte de parente, divorcio, doenca, falta de dinheiro, etc). Regras foram criadas para serem cumpridas, e ponto final.

O meu mestrado foi, e esta sendo um otimo aprendizado de vida pra mim. Alem das aulas, dos professores super fera, a troca de experiencias com outros alunos do mundo todo, com as mais variadas experiencias de vida, esse mestrado ainda me ensimou demais a ultrapassar meus limites, seguir e respeitar as regras e mais que nada dar muito valor a fazer as cosias bem feitas.

Uma experiencia absurdamente diferente de qualquer outro curso (universitario ou nao) que jah tenha feito na vida, e as licoes que aprendi vao muito alem dos livros e projetos.

Mas quando digo que nao eh pra qualquer um, nao eh exagero. Aprendi muitas coisas legais, e hoje em dia estou aprendendo a dar valor pra isso, mas em compensacao sobreviver a esses dois anos deixou alguns traumas (hello tese!), e sinceramente eu nao teria aguentado o tranco num programa full time, mesmo se nao estivesse trabalhando – eh informacao demais o tempo todo e minha capacidade de absorcao tem um limite.

Antes de comecar meu mestrado achei que ia ser a maior moleza! Aulas 2 vezes por semanas, 6 horinhas semanais. Afinal isso nao eh nada pra quem estudou na UERJ tendo aula de manha (e mais algumas aulas a noite) e fazendo estagio a tarde toda; ou depois de ter estudado na Complutense de Madrid tendo aulas 4 noites por semana e trabalhando todos os dias entre as 8 e 4 da tarde!

Como estava enganada! O esquema aqui eh bem diferente, o nivel eh bem mais alto (e bota BEM mais alto nisso!) e a exigencia nem se compara. Mesmo.

Sei que muitos alunos internacionais nao tem opcao de escolher entre part time e full time (pois vistos e bolsas de estudo soh sao concedidas para alunos full time), mas pra quem tiver escolha, meu voto e conselho eh sempre optar pelo part time. Vai demorar o dobro do tempo pra voce conseguir terminar, mas em compensacao vc tambem tera a oportunidade de ter uma vida propria em paralelo e tera o dobro do tempo pra aprender tudo!

Adriana Miller
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