05 Jul 2011
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O lado prático de planejar uma viagem para Islândia

Dicas de Viagens, Islandia

Sabe qual a principal característica da Islândia como um todo? O pais nada mais é doque um grande parque nacional, areas remótas e protegidas que tem muita coisa pra ver e fazer bem no meio do…. NADA!

O pais é extremamente desértico em todos os sentidos da palavra: as cidades e vilarejos ficam a horas e horas de distância umas das outras, você passa horas digirindo sem ver uma única alma viva (a gente brincava de contar carros e comemorava cada vez que via outras pessoas na estrada!), e nunca dá pra prever como vai estar o tempo e as condições das estradas.

Nosso vôo pousando em Reykjavik a meia noite…

Falar que o país não tem estrutura turistica talvez seja um pouco injusto, porque onde existe “civilização” eles são super organizados. O grande problema é saber onde a civilização esta… e olha que nós nem sequer viajamos pelas partes mais remotas do pais não!

Então nosso processo de planejar essa viagem foi por fases: Oque fazer/ver? Quanto tempo ficar por lá? Época do ano? Meio de transporte? Hospedagem? Orçamento?

– Época do ano:

Essa foi a resposta mais simples de responder: Alta temporada!

Eu geralmente prefiro fugir de qualquer lugar na alta temporada, pois os passeios/atrações ficam lotadas, os preços inflacionam e tudo fica mais dificil de ver/fazer. Isso significa que muitas vezes perdemos a epoca de praia no Chipre, ou a epoca de esqui no Chile, mas essa é a metodologia que me permite viajar mais e melhor ao longo do ano.

Porém a Islândia é um caso a parte. A Islândia provavelmente  é um dos lugares mais “extremos” do planeta – uma natureza impiedosa, um clima que castiga e onde luz do sol é mais valioso que diamantes!

Bastou pesquisar um pouquinho sobre o país pra descobrir que a maioria das atrações que queríamos ver só ficam abertos durante um perios curtíssimo ao longo do ano (Junho a Agosto) e os passeios que queriamos fazer só estão disponíveis/acessíveis por algumas semanas do verão (Maio a Agosto).

Além disso as temperaturas só sobem acima de zero por poucos meses, e temperaturas na casa de 2 digitos então, só pouquissimas semanas (só pegamos 1 dia com temperaturas acima dos 10 graus!).

Então batemos logo o martelo! A intenção era comemorar o aniveráario do Aaron (começo de Junho), mas mesmo assim na hora de marcar a passagem, “atrasamos” a viagem umas 2 semanas em relação ao plano inicial só pra poder coincidir com as datas da alta temporada.

Isso significou que por questão de dias tudo ficou mais caro (num pais já carissimo!), mas garantiu que nossas chances de um clima agradável seria mais alta, e principalmente, garantiu que poderiamos fazer tudo que pretendíamos fazer!

Além disso, escolhemos de propósito a semana com os dias mais longos do ano (não tivemos “noite” nenhum dia!), bem no Solstício de verão, que sem dúvidas foi o unico motivo que nos permitiu viajar tão bem e conseguir cobrir tanta coisa no país em poucos dias! Se tivessemos ido numa época que escurece e que tem “noite”, precisaríamos do dobro do tempo pra fazer as mesmas coisas que fizemos!

– Oque fazer/ver? Quanto tempo ficar por lá?

A maior dificuldade de uma viagem a Islândia é a distancia do resto do mundo. Não só a ilha fica bem na contra-mão dos roteiros de viagem pela Europa, os voos são longos (3 horas e meia saindo da Inglaterra, que já está aqui no Norte. Quem vem do Sul da Europa pode ter que encarar umas 5 ou 6 horas…), os voos são caros (ainda não esta no roteiro das low costs) e a oferta limitadíssima.

Saindo da Inglaterra por exemplo, só a Iceland Air e sua versão “baratinha” Iceland Express é que tem voos diretos pra Reykjavik, oque limita bastante a variedade de horários e preços.

Isso faz com que a Islândia não seja um destino ideal para uma viagem rapidinha de fim de semana… Mas  então quanto tempo ficar?

Nós ãao tinhamos muito tempo disponível, então achamos que 4 dias e 4 noites seriam suficiente. Infelizmente, exatamente 1 semana antes da nossa viagem, a cia aerea (Iceland Express) trocou nosso horário de volta e perdemos 12 horas do nosso ultimo dia no país! Oque atrapalhou DEMAIS nosso roteiro, mas conseguimos recuperar o tempo perdido.

Em 4 dias, se você tiver energia e disposição, da pra fazer MUITA coisa (na época do ano que fomos), mas pra quem gosta de viajar com mais calma, 4 dias são o suficientes pra ter um gostinho doque o país tem a oferecer.

Hoje em dia, depois de ter voltado da nossa viagem, mesmo sendo frenéticos e não adeptos do slow-travel, eu diria que o ideal pra mim teria sido no minimo 1 semana – teríamos não só visto mais coisas, como feito mais atividades também, além de ter sobrado mais tempo pra relaxar durante a viagem.

Mas aí cabe a você decidir o tipo de viagem que prefere.

Eu pessoalmente não achei que Reykjavik tem muito a oferecer e não passaria mais doque umas horas por lá, mas tem gente que fica dias e semanas na capital…

Ultimos detalhes no guardanapo!

Oque não faltam nos arredores de Reykjavic são passeios de barco, Spas Geotérmicos, museus, galerias, bons restaurantes, e muitos bares e cafés (Reykjavik é considerada uma cidade super up-and-coming da musica cool Europeia), hotel fazenda, que podem consumir dias e noites sem fim.

No nosso caso a escolha foi pelo lado “natural” e “salvagem” da ilha. A gente queria mesmo se meter no meio do nada, ver vulcões, geleiras, campos de lava, geisers e etc, etc. Poderiamos ter passado 3 meses por lá. Mas como tudo tem um limite, achamos que 4 dias já conseguiríamos fazer bastante coisa.

– Hospedagem:

Então como tinhamos pouco tempo pra ficar por lá, e queriamos fazer muita coisa, a grande dificuldade do planejamento coi conseguir prever/planejar onde passaríamos cada uma de nossas noites.

Como comentei, o pais é um grande parque nacional, sem muita civilização nem estrutura, oque significa que nem todas as estradas cruzam vilarejos, e que por sua vez nem todos os vilarejos tem hoteis…

Então simplesmente não conseguíamos traçar um roteiro pura e simplesmente porque o caminho que queríamos seguir não tinha um hotel pra nos hospedar aquela noite…. não sabiamos que horas íamos chegar… nem se resolveíamos parar em outro lugar…

Porém, por outro lado a Islandia é a terra do acampamento, e tudo quanto é cidadezinha (que muitas vezes não passa de uma aglomeração de duas ou 3 casas….) tem um espaço pra camping. Algumas tinham uma super estrutura (banheiro, chuveiro, cozinha, restaurante, loja de souvenir, mercadinho, agencia de viagens, etc), enquanto outras não passavam de um cantinho na fazendo onde voce pode montar sua barraca.

E foi dificil saber antecipadamente como seria a estrutura de cada uma desses campings. Muitos não tem site, e outros tantos tem sites apenas em Islandês.

Mas aí eu lí em algum lugar que a Islândia tem uma política de “camping livre”, ou seja, desde que não seja propriedade privada, area protegida ou no meio da estrada, você pode parar e acampar onde quiser e bem entender!

Oque nos levou ao nosso proximo ponto…..

– Meio de Transporte:

A unica certeza que eu tinha desde o inicio é que teriamos que alugar um carro na Islândia. A não ser que você não pretenda sair do centro de Reykjavik, então um carro próprio vira um bem essencial.

É verdade que oque não faltam são opções de passeios bate-volta de onibus de turismo, mas os preços são tão exorbitantes, que somando duas ou mais pessoas no mesmo carro, o preço ja compensa em relação a fazer passeios organizados.

Além disso, a Islandia é uma terra de surpresa e de paisagens inacreditáveis! Voce nunca sabe quando vai dar uma vontade louca de sair do carro no meio da estrada e tirar umas fotos ou fazer um pic nic! E essa liberdade voce só tem se estiver de carro.

Mas como tudo na Islandia é caríssimo, alugar carro tambem teria um custo alto demais… Entãoo eu tive a brilhante ideia de alugar uma caravana!

Era um sonho antigo viajar com uma caravana, e a Islandia me pareceu ser o lugar perfeito pra isso!

Numa tacada só resolveria nosso problemas de transportes e limitações de hospedagem, e proporcionalmente, reduziria nosso custo total da viagem tambem!

Então a caravana nos proporcionou total liberdade de ir e vir onde bem queríamos, seguir viagem ou parar quando bem entendesse. Alem de não limitar nosso roteiro por causa de hoteis e albegrues (poderíamos parar em qualquer camping no meio da estrada, ou simplesmente parar no meio da estrada se o cansaço batesse mais forte!) e ainda economizar uma grana federal em gastos de comida – nossa caravana tinha uma mini cozinha (geladeira elétrica, agua corrente e um fogareiro a gaz), então levamos na mala uns pacotes de miojo e macarrão, cafe instantãneo e latas de atum, e quando chegamos em Reykjavik compramos pão, queijo, agua, suco, etc, que saiu muito econômico!

Então quando a fome batía, era só parar no acostamento da estrada e pular pra nossa sala de estar/quarto/cozinha e preparar um miojão ou sanduba de queijo e presunto e voila! Seguir viagem de novo!

A única limitação da caravana é que o Aaron estava com receio de dirigir um carro grande mais, então em vez de alugar uma RV super equipada (alem de serem caríssimas!), alugamos uma bem basicona, que nada mais era uma Van/SUV sem os bancos de trás, e com uma sofá cama e a cozinha.

Então era uma carro econômico, fácil de dirigir e “portatil” que facilitou demais nossa viagem e o roteiro que planejamos.

Mas por outro lado, por ser uma van e não ter direção nas 4 rodas, algumas das estradas que queríamos pegar não eram acessíveis para esse tipo de veículo e acabamos ficando na vontade…

– Orçamento:

Repararam que eu falei em custos e como a Islândia é cara varias vez e relacionada a varios aspectos da viagem?

Pois é, a Islandia é cara e ponto final.

Alem de ser uma ilha no meio do nada, a Islandia não tem recursos naturais, não tem industria, não tem agricultura e nada cresce/sobrevive por lá, entao TUDO, absolutamente tudo na ilha é importado e caro. Isso sem falar nos impostos agregados que ficam na casa dos 50%!

Um hotelzinho minusculo e sem banheiro no quarto nao fica por menos de 70 Euros. Aluguel de carro custa cerca de 100 Euros por dia (a Caravana custou 130 Euros por dia, que é mais caro que um carro, mas mais barato que carro + hotel). Tanque de diesel custa cerca de 70 Euros. Uma refeição de 2 sanduiches com 2 bebidas custa 20 Euros. Passeios, excursões e afins não saem por menos de 50 Euros por pessoa.

Então rola aquela velha aritmética de viagens – quanto mais tempo voce fica por lá, mais tempo tem de ver coisas legais, mas mais gasta.

Então reservar nossa passagem em Fevereiro, ficar apenas 4 dias/4 noites, alugar uma caravana em vez de pagar hoteis todas as noites, e levar miojo na mala, fez com que conseguissemos organizar uma viagem onde gastamos cerca de metade do custo que pensamos que essa viagem teria, oque foi um lucro enorme!

Continuou sendo cara, se comparada com outros destinos na Europa (em Chipre alugamos carro por 10 Euros por dia e ficamos num resort de frente pro mar por 45 Euros…), mas um bom orçamento – e se manter nele! – é tão importante numa viagem pra Islândia quanto todos os outros pontos que mencionei!

As dicas praticas:

– Voamos Iceland Express, reservado via Lastminute.com

– Dormimos e aprimeira e a ultima noite em Reykjavik no hotel Floki, reservado pelo Booking.com

– Alugamos caravana da Happy Campers

– Fizemos um passeio nas geleiras com a Glacier Guides

Planejando uma viagem para a Islandia?

Aqui você encontra todas as dicas e recursos para planejar sua viagem, e podemos cuidar dos detalhes práticos para você:

Adriana Miller
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05 Jul 2011
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O Circuito dourado da Islândia

Circuito Dourado, Dicas de Viagens, Islandia

A maioria das pessoas não sabe o tanto que a Islândia tem a oferecer como destino turístico até chegarem lá – nós inclusive! – e acaba passando tempo de menos por la.

Além disso a Islandia é assim um pouco terra de ninguém, que ao mesmo tempo que torna qualquer viagenzinha de fim de semana na viagem da sua vida, também assusta o mais experientes dos viajantes – e infelizmente muita gente acaba ficando “preso” no lado oeste do pais, usando Reykjavik como base para seus passeios bate-e-volta, que dá pra fazer bastante coisa legal, mas ao mesmo tempo, limita bastante seu acesso a lado selvagem do pais.

E por isso mesmo o Ciruito Dourado da Islandia faz tanto sucesso: a poucas horas da capital, seja de carro alugado ou de onibus turistico, em apenas um diazinho você podera ver algumas das atraççes naturais mais fenomenais do planeta!

Começamos nosso dia relativamente cedo e seguimos nosso rumo pelas estradas semi deserticas do pais. Mas dispensamos a auto estrada recem construída e seguimos a dica do carinha da loja de aluguel da caravana, que quando viu nossas cameras, lentes, tripes e afins, abriu o mapa rodoviario da ilha e foi categórico: se vocês gostam de boas paisagens, nem pensem em seguir a estrada “1” – peguem o desvio e sigam pela “431”!

Não pensamos duas vezes e seguimos o conselho dele! No comando da nossa van/caravana, seguimos pela estradinha de terra e nos perdemos apenas 2 vezes… mas valeu a pena!

A caminho da primeira parada do Circuito Dourado, o parque Þingvellir, acabamos pegamos a estrada que cruza uma vale geo-termico e demos de cara com o lago de mesmo nome, que marca a entrada do parque nacional Þingvellir.

Foi nossa primeira sensação de que “Eba! Estamos na Islandia!”, porque aquilo lá, realmente não parece ser o mesmo planeta que eu e voce crescemos vendo com nossos olhos…

Uma das coisas que ficamos pensando muito durante a viagem foi sobre qual seria a impressão que extra-terrestres teriam de nosso planeta se em vez de pousarem em Nova Iorque (como acontece em 95% dos filmes que involvem alienigenas que querem aniquilar nossa espécie!) eles pousassem numa estradinha secundaria da Islandia?!

O cheio podre de enxofre, a terra fumegante, o lago sinistro e paisagem árida…

Então nossa primeira parada foi o Parque Nacional Þingvellir que é um dos principais na Islandia e tem uma caracteristica muito especial: é aqui nesse parque que é possivel visitar o Mid-Atlantic Ridge, que nada mais é doque a “fenda” na crosta terrestre onde as placas tectonicas da Europa e da America estao se separando!

Entao é possivel andar bem no meio dessa rachadura da crosta terrestre e tocar com suas proprias mãos os dois continentes ao mesmo tempo!

Geologicamente falando a Islandia é um pais novinho, um dos ultimos a serem criados no planeta (uma das ilhas que formam a Islandia só “nasceu” em 2005 numa das ultimas erupções de um vulcão sub-aquatico!), e ainda esta em fase de crescimento: a Islãndia cresce cerca de 1 centimetro por ano como consequencia do afastamento das placas – que so as mesmas placas que veem se separando ha milhoes de anos e que foram responsaveis pela separacao entre a Africa/Europa e as Americas.

Para uma nerd assumida como eu, não tem como não adorar estar ao vivo num lugar desses! E eu particularmente adoro ir a lugares que me colocam “no mapa” – naquele momento eu conseguia visualizar exatamente onde estava no planeta!

Depois seguimos a estrada que nos levou a Geysir, uma cidadezinha perdida no meio da Islandia e é conhecida por seus…. gêisers! E foi justamente o gêiser de Geysir que batisou todos os outros gêisers do mundo!

E o engraçado da Islândia é que essas coisas são tão naturais pra eles, que quando começamos a chegar perto da entrada de Geysir (ou onde achamos que teria uma entrada), voce olha pro lado e BOOOOOM! Agua fervente explodindo do chão!

Assim, na beira da estrada… É só estacionar seu carro, se agasalhar bastante e sair andando pelos geisers.

O grandão principal, o Geysir original, so explode (ou “entra em erupção”? Qual seria o termo técnico correto para o fenomeno de um geiser?) em momentos pré e pós terremotos, então ele é cuidadosamente estudado por geologistas do mundo todo, que conseguem chegar a varias conclusões sobre o humor do planeta, de acordo como ele estiver se comportanto.

Mas tem um outro bem do ladinho, que entra em erupção mais ou menos a cada 10 minutos, e as vezes a erupção pode acontecer varias vezes seguidas.

E realmente é um fenomeno da natureza!

Aquela agua azul cristalina levemente borbulhando… de repente o nivel da agua cai drasticamente, e voce se da conta que por baixo daquela agua calminha tem um buraco de profundeza inimaginável, conectando nosso mundo diretamente com as profundezas da crosta terreste… e BOOOM!!!! A agua explode com uma força e altura incriveis!!!

É hipnotizante… e o pequeno grupo de turistas que conseguia lutar contra o vento cortante, ficaram ali em volta, vidrados, esperando pela proxima explosão.

E nós ficamos, e ficamos, e ficamos… e conseguimos assistir umas 4 ou 5 explosões. São todas iguais, mas incrivelmente únicas, e igualmente fascinantes…!

A proxima parada foi a cachoeira Gullfoss, outra grande atracao do Circuito Dourado, e que eh a maior cachoeira da Islandia, em volume de agua.

Realmente a força da agua é incrivel, mas de maneira geral eu achei a experiencia “molhada” demais, ventania demais, e muito, muito frio! Mesmo no auge da alta temporada do verão, nesse dia pegamos temperaturas de 5 graus, e eu passei muito frio em Gullfoss!

Depois de Gulfoss, e já no meio da nossa tarde, nós resolvemos modificar um pouco nosso roteiro – a maioria das pessoas que faz o circuito dourado volta pra Reykjavik no fim do dia, mas nós iamos dirigir noite a dentro até o lado leste da ilha – então fizemos uma ultima parada do circuito: a cachoeira Seljalandsfoss.

Apesar de não ser tão grande nem tão impressionante quanto Gulfoss, a cachoeira Seljalandsfoss é uma única queda d’agua a cerca de 40 metros de altura, e que esconde um segredo: ela tem uma passagem por trás da cachoeira!

Essa queda d’agua – e sua passagem secreta – é cercada de historias e lendas de fadas, duendes e trolls. E com frio ou sem frio eu não resisti! Me aagasalhei inteira com minhas roupas a prova d’agua e ficar um tempão lá tras, hipnotizada com o arco iris, as gotinhas voando e o barulho da agua caindo numa força incrivel!

Não sei explicar porque gostei tanto daquela cachoeira, mas fica um tempão lá tras…. deixando a agua respingar, praticamente esperando as fadas aparecerem!

E de lá, aproveitamos os dias interminaveis da primavera da Islândia e seguimos viagem até o lado leste da Ilha…

Planejando uma viagem para a Islandia?

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Adriana Miller
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04 Jul 2011
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Reykjavik – A baía fumegante

Dicas de Viagens, Islandia, Reykjavik

Reykjavik foi a menor capital que conheci. Porque mesmo os outros paises Europeus pequenininhos, tipo Mônaco, Eslovaquia e Eslovenia, ainda assim teem uma cara mais “sólida” de cidade-capital, que por menor que seja ja está ali ha muito tempo e veio pra ficar.

Reykjavik, se não bastasse ter apenas 200 mil habitatentes (que representa 2/3 da populacao do pais. Já pensou se 120 milhões de pessoas morassem em Brasilia?!), ainda tem aquele ar de cidade satelite provinciana.

Nenhum arranha ceu. Nenhum prédio alto. Nenhum castelo, muralha, monumento que te conte um pouco mais de sua historia…

Muito pelo contrario. O centro da cidade conta com um pouco mais de 1 duzia de ruas se entrelacando na beirada da baia da cidade, e a grande maioria das construções são compostas por casinhas de madeira com pinta de pre fabricadas, nas mais variadas cores.

Em Laugavegur, a principal rua comercial da cidade (que pra completar nós vimos num dia de feriado nacional, onde quase todas as portas estavam fechadas – e pra piorar, estava chovendo e fazendo cerca de 8 graus!) as casinhas coloridas em estilo escandinavo vão se intercalando com cafés, lojas com artigos de lã e roupas de inverno (ou seriam roupas pro ano todo?!) e varias lojas com souvenirs fazendo piadinhas infames sobre vulcões e cinza vulcânica!

Mas pra não ser injusta com a cidade, eu de fato ja cheguei la com duas imagens na cabeca e sabendo que no minimo Reyjavik tem dois “icones” turisticalmente reconhecidos: O primeiro eh a igreja Hallgrímskirkja, que se vê la de longe no caminho do aeroporto (afinal, eh um dos poucos edificos do pais inteiro que eh mais alto que uma casa de 2 andares, e dizem que se pode avistá-la a 20km de distancia da capital!) e que hoje em dia eh um dos simbolos da modernidade Islândica.

A igreja Luterana, construida em 1937, em estilo impressionista, mas que só foi concluida em 1986 usando materiais moderno e duraveis (ela é toda de concreto), e sua arquitetura imita os picos de lava de basalto que pontuam a paisagem Islandica. A Igreja fica bem de frente a estatua de Leif Erikson, heroico desbravador Islandes que os Islandeses consideram ter sido o primeiro Europeu a chegar até, e “descobrir”, a America – além de ter desbravado a Islândia e ajudou a formar a comunidade que sobrevive até hoje – e que deu inicio a toda historia da “saga” Islandica que eles tem tanto orgulho!

Aliais, pra quem tiver um tempinho a mais pra conhecer a capital, eles tem varios museus e “atrações” que mostram a historia da “saga do assentamento” (é assim mesmo que eles chamam a historia de seu “descobrimento”), replicas das antigas casas viking na Islandia, e como funcionavam as primeiras comunidades a se assentar no pais – que realmente é dificil pensar em outra palavra que não seja “heróis” para descrever a historia dessas primeiras familias!

Outro simbolo de Reykjavik é a escultura Sólfar (“Sun Voyager”, viajante do sol), que tambem nao deixa de ser outra homenagem a Saga, e que simboliza os barcos vikings que chegaram na baia de Reykjavik (que significa “baia fumegante”, como foi apelidada pelos descobridores que encontraram muitos poços de enxofre fumegante nos perimetros da cidade). A escultura feita inteiramente de metal, é perfeitamente direcionada a posição do por do sol no dia do Solsticio de verão – o dia mais longo do ano, que é tão venerado na Islandia quanto trolls, doendes e deuses Vikings – e é considerada a area mais fotografada de Reykjavic.

Mas por menor que seja, Reykjavic tem muito a ensinar pro mundo.

A cidade se orgulha de ser praticamente livre de fumaca e poluição, já que eles usam unica e exclusivamente a energia geológica do pais para fornecer sua energia elétrica limpa e sustentável, e muitos dos carros que circulam na capital usam gaz natural ou são eletricos.

Mas a verdade crua é que a cidade não merece tempo demais da sua viagem não.

A Islândia não é um pais que atrai por suas cidades e muito menos por sua vida cosmopolita, então aproveite seu tempo pra explorar o interior do pais – pois é justamente isso que a Islândia tem de bom!

Mas Reykjavik é a unica porta de entrada e serve como uma ótima base pra quem quiser usá-la como ponto de bate-e-volta pelo pais.

No lado pratico da coisa, nos viajamos de Iceland Express (que he a versao low cost da Iceland Air) e ficamos hospedados no Hotel Floki na primeira e na ultima noite – uma pensao bem pertinho do centro da cidade (tudo em Reykjavik é bem pertinho) e que oferece hospedagem bem básica – sem banheiro no quarto, mas com wifi de graça, cafe da manhã e uma cortina blackout super-poderosa!

 

Adriana Miller
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