07 Oct 2010
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Bruges

Belgica, Brugge, Bruxelas, Dicas de Viagens

Essa semana meus pais estao aqui em Londres nos visitando, mas jah estavam viajando pela Europa desde o inicio de Setembro; entao entre um destino e outro resolvemos nos econtrar pelo caminho, e entao como eles estavam no norte da Alemanha e eu em Londres, o lugar mais facil era a Belgica.

Conseguimos uma otima passagem promocional de Eurostar ha uns meses atras e saimos de Londres as 7 da manha de sabado – duas horas depois estavamos desembarcando na estacao de Bruxelas Midi!!

A intencao era passar o dia em Bruxelas, e no fim da tarde pegar um trem ate Bruges, no litoral norte do pais, onde passariamos a noite e o dia no domingo.

Mas o tempo esta tao, mais tao pessimo em Bruxelas, com uns temporais torrenciais que acabamos desistindo do planejamento e pegamos um trem mais cedo para Brugge.

Alem disso, eu jah conhecia Bruxelas e nao sou muita fan da cidade… Assim que saimos da estacao de metro Le Burse e fui inundada por aquele cheio de xixi me lembrei pq tinha ficado com tao mah impressao da cidade… impressao essa que soh piorou na segunda visita!

Mas por um lado bom foi que chegamos em Brugge menos de 1 hora depois, e ainda cedo suficiente para passear um pouco pela cidade e sair para um jantar bem legal e tipico na beira do canal em familia!

Em Brugge nos ficamos hospedados no hotel L’Academie que fica bem no centrao historico da cidade e muito pertinho da estacao de trem; e de lah mesmo a recepcionista no indicou um restaurante ali pertinho como uma das melhors opcoes para um jantar tipico na cidade.

O menu foi o mais estereotipado que conseguimos: Mexilhoes com molho de vinho e alho, batata frita com maionese e cerveja com sabor de Framboesa! Agora sim me senti na Belgica!!

De sobremesa fomos dar uma voltinha pela cidade e acabamos ficando pelo meio do caminho mesmo, nas lojinhas de chocolate…

 

Domingo comecamos o dia cedo, e fomos direto explorar o centro da cidade. A principal atracao de Bruges sao seus canais, e a cidade disputa o titulo de “Veneza do Norte” com Amsterdam; mas a pracinha principal da cidade, sem duvidas eh a parte mais bonitinha e fotogenica!

Com suas casinhas tipicas da Belgica, cada uma de uma cor diferente e o jardim super florido, cercado por bicicletas e carruagens!

Bruges eh uma daquelas cidades que nao tem nada “especial” e marcante para ver, mas ao mesmo tempo, eh um lugar tao charmoso que acaba tendo coisa demais para ver e fazer!

Entao resolvemos seguir sem rumo, entrando e revirando as varias ruelas com casinhas fofas, beirando os canais e parando para tirar fotos a cada quarteirao! (viajando com meus pais, nos eramos 4 e tinhamos um total de 7 cameras a nossa disposicao!)

Entao lah fomos nos seguindo meio sem rumo em direcao ao norte do centro historico ateh que demos de cara com os moinhos de vento antigos que beiram a fronteira norte da cidade. Um deles (o maior) eh aberto a visitacao e tem uma vista linda da cidade, alem de mostrar as “tecnicas” usadas a centenas de anos para girar o moinho de acordo com a posicao do vento e do sol ao longo do ano. Bem interessante!

Nos demos muita sorte, e a pesar de ter feito bastante frio, o tempo ficou otimo o dia todo e pegamos muito sol!

Na volta para o centro da cidade, fizemos o mesmo passeio, nos embrenhando pelas ruas e canais que nos pareciam mais bonitinhos ate chegarmos de volta ao nosso hotel.

Infelizmente acabamos terminando o passeio mais cedo doque o previsto pois a malha ferroviaria estava em obras e o servico de trens conectando Brugge a Bruxelas estavam com alguns problemas (menos trens por hora e demorando mais tempo para chegar lah).

Mas realmente um fim de semana (2 dias) eh mais que suficiente para visitar Bruxelas e Brugge. Claro que como sempre, se tivessemos mais tempo, tambem teriamos mais coisas para fazer, como comer em mais restaurantes legais (a comida e a cerveja na Belgica eh muito boa!), entrar em todos os museus (a arte Flamenga foi importantísima no Renascimento), fazer um passeio de barco pelos canais, andar de charrete… etc.

A cidade realmente eh lindísima e vale a pena o passeio, mesmo que rapidinho e eh uma otima opcao para quem esta passeando pelas “redondezas” (Londres, Paris, Amsterdam, Berlin, etc) e que separar um tempinho para ver um lugar diferente.

Adriana Miller
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06 Oct 2010
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Dia 6: O ultimo dia no Kilimanjaro!

Dicas de Viagens, Kilimanjaro, Tanzania

O ultimo dia foi magico… Apesar daquela dia/noite miseravel que tivemos, acordamos com um sol maravilloso! Tudo que estava molhado na noite anterior secou em questao de minutos quando estendemos nossas roupas e sapatos no sol pelo chao do acampamento.

E estava aquele clima de despedida no ar… Os carregadores, os ajudantes…

Durante o café da manha organizamos nossas financas em grupo e decidimos oque iamos dar de gorjeta para cada um deles, quem faria os discursos (o Aaron foi o eleito) e finalmente tivemos animo para conversar sobre o dia anterior e nossos feitos! Quem tinha chegado ate que ponto, as historias de horror dos que passaram mal, a ajuda que receberam dos guias e da equipe de apoio, e todas as nossas impressoes finais da viagem.

Fizemos nossa “ceremonia” de gorjeta, que foi nossa oportunidade final de agradecer e nos despedir de todos os ajudantes e carregadores, tirar muitas fotos e seguir viagem!

Ainda tinhamos mais 6 ou 7 horas de caminhada pela frente, para finalmente sair do Kilimanjaro!

E a caminhada foi uma delicia! Como eu queria que todos os outros 5 dias tivessem sido!

O sol maravilhoso, a paisagem de tirar o folego, as vistas de Mawenzi e Kibo (Uhuru), as plantas diferentes… O humor de todo mundo estava completamente diferente, e a cada passo iamos nos sentindo melhor e melhor!

Mas foi uma caminhada muuuuito longa, e a partir da metade (depois de umas 3 ou 4 horas descendo) a trilha comecou a ficar muito ingreme, e foi ai que senti que tinha alguna coisa muito errada com meu joelho! Uma dor e um incomodo estranho, como eu nao tinha sentido ate entao… alguna coisa “empurrando” minha patela para fora da minha perna!

Passei a caminhar mais devagar, tentando compensar mais na perna direita. Ate entao meu joelho direito estava intacto, mas depois de umas 2 horas mancando, o joelho direito comecou a doer tambem, e pra completar, umas fisgadas na coxa direita (acho que estava andando muito torta e tudo ficou meio desconjuntado…).

Quando paramos para almocar no acampamento Mandara, eu nem consegui sentar (no chao), pois sabia que probablemente nao iria conseguir me levantar!

As ultimas 2 horas da descida foram simplesmente torturantes, mas nao tinha nada que eu pudesse fazer aquela altura. Tinha que sair do parque eventualmente, e a ideia de poder tomar um banho quente era tentadora demais!

E finalmente conseguimos! Depois de 7 horas montanha abaixo chegamos no portao final – e ainda tivemos que lidar com a burocracia final de registro do governo da Tanzania, devolver os equipamentos alugados e seguir pro hotel amontoados num jeep capenga!

Mas a recompensa… Ah! A recompensa…!!

Acho que passei umas 3 horas debaixo da agua fervendo do chuveiro…

Eu queria ir direto para cama, mas ainda tinhamos que ir jantar com o grupo e participar do briefing final, onde iam nos explicar sobre o safari e os proximos dias que estavam por vir! E aproveitei tambem para me re-conectar com o mundo e usar a Internet do hotel um pouquinho.

A esse ponto meu joelho esquerdo estava do tamanho de uma bola de futebol, entao fui medicada, enfaixada e coberta de gelo!

O Makeke veio nos ver uma ultima vez e trouxe nossos certificados de conclusao!

A noite for extremamente mal dormida pois tudo doida e parecia fora do lugar… apesar de estar meio grogue por causa do cocktail de comprimidos que me deram, eu nao conseguia me mexer direito na cama (Macia demais? Limpa demais? Quentinha demais? Seca demais? Cheirosa demais?!) e por incrivel que pareca foi a pior noite que tive desde o comeco da viagem!

Mas engracado memso foi no café da manha no dia seguinte, onde todos reclamaram da mesma coisa!

E entao comecamos o Safari!!

P.S. Meu joelho ja esta quase 100% recuperado. AInda vai demorar um tempinho pra poder voltar a correr, mas pelo menos nao doi mais, e nao aconteceu nada serio.

Adriana Miller
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05 Oct 2010
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Dia 5 (continuacao): de Kibo Hut a Horombo Camp

Kilimanjaro, Tanzania

O dia 5 foi uma especia de dia da Marmota… aqueles dias que nunca acabam e as coisas se repetem mil vezes na sua cabeca…

Esse dia, que na verdade comecou ainda na noite do “dia 4”, teve toda escalada final ate Uhuru Peak, e como se nao bastasse, depois de uma misera hora de descanso, seguimos viagem ao acampemento Horombo, que fica a cerca de 3700 metros de altitude.

Eu sabia que o dia do summit seria o mais difícil de todos (e foi!) e posivelmente o mais difícil de nossas vidas (e foi!), mas nao imaginava que seria tao puxado assim.

O cochilo de 1 hora na volta de Uhuru foi rejuvenescedor, e a ideia de poder dormir a noite inteira num lugar que nao fosse tao congeladamente frio e com oxigenio mais abundante era tantador…

Alem disso eu sabia (achava) que a descida daquele dia seria relativamente facil, pois iriamos cruzar a parte do deserto que eh relativamente plana e aberta.

O problema? Mais um temporal de granizo nos alcancou em pleno deserto, com ventos violentos que arremessavam as bolinhas de granizo como se fossem um estilingue!

E fomos descendo, descendo, descendo… ate chegamos no ponto onde o granizo acabou, e ficamos apenas com um temporal de agua mesmo…

Foi a pior chuva que pegamos na montanha, e por mais de 2 horas caminhamos sem parar debaixo de um temporal, daqueles temporais de fazer o Rio de Janeiro, em plenas aguas de marco se orgulhar…

Nessas horas colocamos todo nosso equipamento a teste, e todos falharam…

A capa de chuva da minha mochila nao deu conta do recado, minhas botas firacam empapadas, luvas, o gorro de la por Baixo do gorro da capa de chuva, as pernas da minha calca… Tudo molhado e gelado! SAbe aquela chuva de pingo grosso?!

Mas a caminhada em si foi divertida, e vimos um lado diferente do deserto e passamos por um “jardin” de arvores Sinecio pelo caminho! Pena que nao deu para tirar muitas fotos, pois nao queria estragar minha camera na chuva…

Quando finalmente chegamos no acampamento final foi aquele alivio… mal sabiamos nos que as barracas tambem molharam, nossas malas com roupas, colchao termico, saco de dormir… tudo pingando!

Ainda bem que tinhamos o alivio psicologico de saber que aquele seria nossa ultima noite na montanha, porque sem duvidas foi a pior de todas… estavamos muito alem de exhaustos depois de caminhar, subir e descer, praticamente sem parar por mais de 17 horas, o frio, as roupas molhadas, o saco de dormir molhado e frio…

Alem disso meu joelho e meus ombros jah estava doendo bastante oque dificultou meu “aconchego” na barraca… cada lado que eu virava era uma dor e um incomodo diferente… mas ai eu pensei: amanha eu vou tomar banho e dormir numa cama de verdade!

Adriana Miller
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