11 Mar 2010
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S.A.L. – Estudar Full time ou part time em Londres?

Estudos, S.A.L., Vida na Inglaterra, Vida no Exterior

 A Carla me mandou um e-mail com algumas duvidas sobre os cursos de mestrado e Pos graduacao em Londres. Na verdade ela nao foi a primeira, e como jah dei algumas dicas e respostas em e-mails e comentarios que se perdem ao longo do tempo, resolvi escrever outro post de Servico de Atendimento ao Leitor, o SAL.

(…) Ainda não consegui decidir se eu deveria fazer o curso full ou part time, e por isso resolvi te escrever, pra te pedir umas dicas.
Tenho dúvidas do tipo: qual a média de livros que se lê numa semana? qual o suporte que os professores dão para os assignments/essays? as informações são claras, a gente consegue saber exatamente o que é pedido nesses trabalhos?

Vamos por partes.

Pra comecar, vou explicar um pouco a diferenca entre os cursos full time e part time nas universidades Inglesas (que eh bem parecido com as Universidades Europeias em geral).

Um curso full time (periodo integral) eh quele em que, teroricamente, o aluno eh estudante em tempo integral. Nao sobra, nem deveria sobrar tempo pra mais nada. Nao sobra tempo de fazer uns bicos durante a semana, nao sobra tempo de viajar nem de festejar muito.

Por isso tambem que o governo dah uma serie de benficios fiscais para alunos de cursos Full Time, como isencao de alguns impostos, acesso a emprestimo estudantil (Student Loan) e visto de estudante. Sao pequenas cosias que facilitam a vida de quem nao tem tempo de fazer mais nada na vida, a nao ser estudar.

A grande maioria dos cursos na Europa seguem essa linha, pois aqui nao rola muito a cultura de fazer estagios, trainee etc durante seu curso. Estudante foi feito pra estudar e nada mais. Programas de estagio soh aceitam candidatos durante os meses de verao, e programa de trainees soh aceitam candidatos jah formados.

Para ganhar uma graninha extra, os estudantes Europeus trabalham durante os meses de verao ou nos periodos de ferias escolares (natal, pascoa, spring break etc). Mas a grande maioria eh sustentada pelos pais ou pegam emprestimos estudantil do governo (e passam o resto da vida – literalmente – pagando o emprestimo. O Aaron ainda esta pagando o dele, e ainda faltam tipo mais uns 15 anos!).

Porem ser aluno de um curso full time nao significa que vc vai passar 40 horas semanas na sala de aula.

Na verdade a carga horaria pode variar bastante entre um curso e outro, uma materia e outra. Mas por via de regra, os horarios sao bem “espalhados” ao longo da semana e podem mudar constantemente (um mes vc tem aula as 2- de manha, 2- de tarde, 4- o dia todo, 5- livre e 6- na hora do almoco. No trimestre seguinte, tudo muda), ou seja, nao dah pra se preogramar a a fazer outras coisas (trabalhar, por exemplo) que exigam um comprometimente de medio e longo prazo.

Mas principalmente a regra numero UM de estudos Universitarios na Inglaterra eh: o numero de horas de dedicacao “independente” eh diretamente proporcional ao numero de horas na sala de aula.

No meu caso por exmplo, temos 6 horas de aula por semana (pois fiz um curso part time). Oque significa que cada aluno deverah dedicar pelo menos 6 horas extras para estudar por conta propria.

O mesmo curso em programa full time tem cerca de 12 horas semanas de aulas (espalhados em diferentes horarios e dias) e se espera que os alunos dediquem pelo menos mais 12 horas de estudos por conta propria.

A mesma regra vale para cursos part time (meio periodo). Nao eh porque o curso nao eh em programa integral, que voce terah muita flexibilidade.

Na minha universidade por exemplo, para o mesmo mestrado existe o programa full time, o part time e o part time business school (que eh o que eu fiz). A principal diferenca eh que o part time business school tem aulas a noite, e tem uma serie de pre requisitos para que os alunos possam ser aceitos no programa – o princpal eh jah estar inserido no mercado de trabalho, pois a grande maioria dos projetos/trabalhos que temos que fazer sao baseados em nossas proprias experiencias e empresas. Ou seja, o nivel de exigencia para os alunos eh mais alta, para que o nivel de exigencia dos professores seja mais baixa (jah que eles sabem que os alunos terao menos tempo para “estudar por conta propria” jah que todos trabalhamos full time e nossos cursos sao pagos pelas empresas que trabalhamos).

Jah o curso part time “normal” tem aulas durante o dia, em horarios aleatorios, e exige uma dedicacao “independente” ainda maior, para compensar a falta de experiencia profissional.

Em realcao aos livros lidos por semana, isso tambem depende muito de cada professor, cada materia e cada curso.

No caso da Carla ela quer fazer um curso de Direito, que eu imagino iria exigir muitos livros a serem lidos por semana.

Uma amiga fez um curso de moda, e nao tinha que ler muitos livros, mas em compensacao tinha que fazer projetos “reais” praticamente todas as semanas, oque consumia 100% do seu tempo livre (fazendo pesquisa, visitanto ateliers, costurando, colando solados, produzindo desfiles, e afins).

No meu caso algumas materias tive que ler muitos livros (Employment law principalmente!), mas outras materias liamos alguns artigos por semana, outras materias foram baseadas em pesquisas de campo (entreviats e questionarios e pesquisas a serem apresentados e discutidos todas as semanas).

Quanto aos trabalhos e projetos propriamente dito, a teoria eh sempre a mesma: alunos de nivel de mestrado devem ser independentes o suficiente para se desenvolver sozinhos.

No meu curso, cada materia tinha uma media de 2 projetos por trimestre: geralmente 1 Essay e um Business Case. Ambos os casos as instrucoes sao simples, coisa de 1 frase com um tema, ou deixando o tema livre para escolha. (no caso da dissertacao, voce ainda tem que inventar seu proprio tema “inedito” a ser pesquisado).

Os professores sao bem prestativos (bem… quase todos) e dao algumas dicas, mas a mensagem geral eh “alunos de mestrado tem que saber fazer suas proprias pesquisas, proprias referencias e formular suas proprias ideias”. Entao o resumo da opera eh que eh cada um por si.

Eu nunca tive ajuda negada (apenas da supervisora da minha tese!!), mas em compensacao, os professores sao os mais vagos possiveis nas ajudas, pois eles querem mesmo eh testar sua capacidade de pesquisar e de formular ideias e temas.

Alem, disso, o padrao e expectativa em relacao a qualidade dos trabalhos eh altissima, como jah contei em outros posts (sobre notas, plagiarismo e prazos), e nao existe segunda chance, ninguem quer saber dos seus problemas pessoais e outras dificuldades que voce possa ter (nao entender direito a lingua, ser novo no pais, morte de parente, divorcio, doenca, falta de dinheiro, etc). Regras foram criadas para serem cumpridas, e ponto final.

O meu mestrado foi, e esta sendo um otimo aprendizado de vida pra mim. Alem das aulas, dos professores super fera, a troca de experiencias com outros alunos do mundo todo, com as mais variadas experiencias de vida, esse mestrado ainda me ensimou demais a ultrapassar meus limites, seguir e respeitar as regras e mais que nada dar muito valor a fazer as cosias bem feitas.

Uma experiencia absurdamente diferente de qualquer outro curso (universitario ou nao) que jah tenha feito na vida, e as licoes que aprendi vao muito alem dos livros e projetos.

Mas quando digo que nao eh pra qualquer um, nao eh exagero. Aprendi muitas coisas legais, e hoje em dia estou aprendendo a dar valor pra isso, mas em compensacao sobreviver a esses dois anos deixou alguns traumas (hello tese!), e sinceramente eu nao teria aguentado o tranco num programa full time, mesmo se nao estivesse trabalhando – eh informacao demais o tempo todo e minha capacidade de absorcao tem um limite.

Antes de comecar meu mestrado achei que ia ser a maior moleza! Aulas 2 vezes por semanas, 6 horinhas semanais. Afinal isso nao eh nada pra quem estudou na UERJ tendo aula de manha (e mais algumas aulas a noite) e fazendo estagio a tarde toda; ou depois de ter estudado na Complutense de Madrid tendo aulas 4 noites por semana e trabalhando todos os dias entre as 8 e 4 da tarde!

Como estava enganada! O esquema aqui eh bem diferente, o nivel eh bem mais alto (e bota BEM mais alto nisso!) e a exigencia nem se compara. Mesmo.

Sei que muitos alunos internacionais nao tem opcao de escolher entre part time e full time (pois vistos e bolsas de estudo soh sao concedidas para alunos full time), mas pra quem tiver escolha, meu voto e conselho eh sempre optar pelo part time. Vai demorar o dobro do tempo pra voce conseguir terminar, mas em compensacao vc tambem tera a oportunidade de ter uma vida propria em paralelo e tera o dobro do tempo pra aprender tudo!

Adriana Miller
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14 Oct 2009
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Vida expatriada

Blog, Vida no Exterior

Ha umas semanas atas rolou uma blogagem coletiva organizada pela Cica falando sobre a vida de expatriado. Os amores e desabores de morar no outro lado do mundo.

Estou super atrasada, e na verdade nao escrevi nada ateh agora porque simplesmente achei que tudo que tinha pra falar sobre o assunto, jah tinha sido dito ao longo desses 5 anos e meio de blog e por muitos outros blogueiros.

Alem disso, esse eh um tema que acho muito dificil de falar sobre (e quanto mais escrever!). Sem motivo algum em especial, mas simplesmente nunca sofri com esses “dilemas” do eterno expatriado.

Quando eu resolvi voltar pra Europa, de vez e sozinha, comprei uma passagem com volta pra dai a 1 ano, mas bem no fundo sabia que as chances de um dia voltar ao Brasil eram semi-nulas. A vontade de morar lah nunca existiu, nem nos anos em que morei no Brasil, e achava dificil que um dia isso mudasse.

Os anos foram passando, a vida se estabilizando, e a cada dia que passa a vida vai ficando mais e mais “normal” e a nao ser que alguem me pergunte “dah onde vc eh?”, essa nao eh uma questao que me faca constantemente.

Uma das perguntas mais frequentes que ouco eh “E ai? Nao vai voltar nao?”. “E ai? Jah se adptou?”. “Ah, mas e a familia? Como vc aguenta?”. “E a comida? E a manicure? E a faxineira? E o calor? E o frio? E? E?”.

No outro dia quando estava na casa da Helo estavamos conversando sobre essa coisa de adaptacao, e um dos primeiros sinais de que vc virou “local” (seja lah onde quer que vc esteja) eh quando alguem vem te visitar e perguntam “quer que leve alguma coisa?” e sua mente vira um braaaanco…

“Doque que eu sinto falta mesmo?”. Eu nem sei. Geralmente minha mae quando vem me visitar todo ano tras as mesas coisas: feijao preto, farofa, pao de queijo, Havaianas e biquine. Nao que eu de fato sinta falta de nenhuma dessas cosias no meu dia a dia, mas acho que isso faz parte do “pacote” amigo/familiar expatriado, e coisas que todo mundo acha que TODO Brasileiro morre de saudades. Afinal quem consegue viver sem feijao e farofa?!

Doque eu sinto saudades mesmo? Meus pais, minha irma, minha avo… Minhas tias e primos e minhas amigas.

Por isso digo que morar fora nao eh coisa pra fracos… na melhor das intencoes!

Jah recebi alguns e-mails pedindo ajuda e conselhos sobre a vida fora do Brasil, e as pessoas que morrem de vontade de ter uma experiencia fora, sao geralmente as que mais “inventam” desculpas e motivos pelos quais adiam seus sonhos e suas vontades: minha mae nao vai aguentar viver longe de mim, sou filho unico, minha avo tah velha, tenho um bom emprego, etc, etc etc.

Mas quem sou eu pra julgar alguem? Como dizem por ai, cada um sabe a dor e a delica de ser quem eh.

Acho que pensando bem eu me adaptei super bem logo nos primeiros dias, a cada nova mudanca, me readaptei novamente bem. Pelo simples motivo de que eu vim pra ca porque quis!! Fiquei e ainda estou aqui porque foi isso que quis e ainda quero!

Ninguem me obriga a estar em lugar nenhum, entao oque adianta ficar reclamando dos Ingleses (ou Italianos, Espanhois, Portuguese e Brasileiros) o tempo todo?
Tambem nunca fui aquele tipo de imigrante que depois que sai do Brasil passa a achar que a vida no Brasil eh que era boa! E vive num eterno banzo, porque lah eh que era bom… Entao porque nao volta?

Ok, ok, cada um tem seus motivos, e muitos gostariam de voltar mas nao podem, oque nao eh meu caso.
Eu tento ser o mais realista possivel, vejo e reconheco todas as coisas muito boas e muito ruins da Inglaterra, assim como vejo todas as coisas muitos boas e muito ruins do Brasil. Nao sei se tenho vontade de um dia voltar, assim como nao sei se tenho vontade de passar o resto da vida por aqui.

Quanto a familia, amigos e afins, isso a gente vai levando. Nunca me faltaram amigos em lugar nenhum do mundo, se bater saudade da picanha e do feijao preto, em todo canto tem um restaurante Brasileiro pra chamar de seu, e para se manter proximo da familia, basta um pouco de criatividade!

Jah se foi o tempo quando moravamos em Portugal e recebiamos cartas das tias 1 vez por mes, telefonemas apenas em ocasioes especiais porque era tudo carissimo, etc.
Hoje em dia, acho ateh que converso mais com meus pais doque quando morava na casa deles, e passavamos dias sem nos ver e sem nos falar…. Agora eles sabem de tudo na minha vida (hello blog, fotolog, twitter, flickr e afins!), conversamos por e-mail quase que diariamente, temos nossas conversas semanais por Skype e ateh minha avo de 77 anos adora Skype!! As vezes nem temos nada pra conversar, mas fico on line, com a webcam ligada, eles me colocam no banquinho da sala e ficamos conversando, brincando com o cachorro, lendo jornal, e eu vou fazendo minhas coisas, todo juntos, “deitados” na sala num domingo a tarde.

Isso sem falar que agora, mais que nunca minha familia esta aqui! Casei, um dia terei filhos, minha casa e assim reiniciar o processo!

Realmente eh triste quando acontece alguma coisa ruim e nao posso estar lah perto, ou quando perco casamentos e festas de aniversario, almoco de domigo e festa de natal mas confesso que sou bem egoista, e vivo minha vida pra mim mesma. Cada um tem a obrigacao de se fazer feliz, e sou muito feliz com a vida que escolhi pra mim!

Fiz uma escolha entre viver minha vida e arcar com as consequencias (saudade, solidao, apertos e perrengues), ou ficar lah, vivendo a vida que todos acham ser a melhor e mais correta e passar o resto da vida imaginando oque poderia ter acontecido se tivesse arriscado mais!
 

Adriana Miller
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24 Apr 2009
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5 anos

Blog, Vida no Exterior

Hoje fazem exatamente 5 anos que sai do Brasil.

Lembro como se fosse ontem da ansiedade que estava pra chegar logo, pra “comecar” logo. Era a realizacao de um sonho que estava esperando pra realizar ha muitos, muitos anos. Meus pais e meus avos no aeroporto do Rio soh choravam, mas eu nao conseguia disfarcar a felicidade e satisfacao. Foram muitos anos de estudo, juntando dinheiro, pesquisando, mandando e-mails e lidando com pessoas que me achavam louca por largar tudo pra tras e recomecar do zero. Eu sabia que nada seria perfeito, mas sabia que entre altos e baixos, o resultado sempre seria positivo!

O primeiro passo de uma longa jornada… que ainda nao acabou!

Lembro do voo pra Milao como se fosse ontem. O passageiro fedorento sentado do meu lado, a fila gigantesca no areoporto de Milao, a conexao pra Alcona, a mala perdida, e a estrada que me levou pra CastelRaimondo.

Soh de pensar naqueles primeiros dias, meu coracao jah se enche de felicidade! Sabe como eh? Uma sensacao muito boa…

As vezes fico pensando em tudo que poderia “ter” se nao tivesse me arriscado tantas vezes na vida. Mas nada disso, nada, nada compensa a sensacao de “ser” quem me tornei ao longo desses 5 anos.

O comeco do blog era muito mais “meu querido diario” e gostaria de ter guardado mais detalhes da experiencia, ter escrito com mais frequencia e tal, mas os posts que ficaram, me trazem um mar de boas lembrancas.

Uma das coisas que escrevi na epoca, mexe comigo ateh hoje (exatamente 1 semana depois que cheguei na Italia):

Uma semana. Sete dias. 168 horas. 10.080 minutos. 604.800 segundos… É o tempo que estou aqui. Parece pouco, mas não é. E acho que há muito tempo que não me sentia tão feliz, satisfeita e realizada. Nessa semana vivi uma vida inteira. As coisas que vi, as pessoas que conheci, as coisas que aprendi. 

Criei expectativas e fantasiei sobre essa viagem durante muuuuito tempo, mas nunca pensei que pudesse ser tão bom. Até as coisas que não são tão legais assim, se tornam maravilhosas, basta pensar “pelo menos estou aqui”. Eu sei que esse sentimento de euforia um dia vai passar, vai começar a bater saudade, as dificuldades vão deixar de ser “experiência” e se tornarão puro perrengue, etc… mas até lá, estou aproveitando cada segundo! Ando na rua que nem uma autista: olhando p/ todos os lados, para todas as pessoas, querendo absorver tudo em volta. Me sinto uma esponja…”

Eu achava que um dia esse sentimento ia pasar, mas nao passou. Obviamente a “novidade” jah nao eh a mesma, e hoje em dia vou vivendo minha vida e minha rotina independente de onde estou. Descobri ser uma pessoa muito mais adaptavel doque jamais imaginei que seria. Mas meu “copo” nunca deixou de estar meio cheio, e aprendi que nada na vida pode (e deve) ser perfeito o tempo todo, mas que eh como encaramos esses percalcos que definem quem somos e como vivemos a vida, e consequentemente, oque recebemos em troca.

As reviravoltas ficaram estampadas aqui nessa tela, e isso me faz apreciar ainda mais quem sou e a vida que construi.

O tempo passou, coisas mudaram. As aspiracoes de carreira jah nao sao as mesmas, o status civil tambem mudou; o endereco entao nem se fala quantas vezes jah foi trocado.

As pessoas que cruzaram meu caminho. Algumas pro bem, outras pro mal. Muitas me fizeram feliz, outras me fizeram sofrer. Os cheiros, os sabores, as texturas e as imagens… Cada uma apreciada e registrada.

E pretendo continuar assim, por quanto tempo a vida me permitir. Nem imagino o quanto a vida ainda vai a mudar, e como eu ainda posso vir a mudar. As experiencias que ainda estao por vir, e as reacoes que terei a elas.

Tambem nao sei quanto tempo o blog vai durar, e jah acho que 5 anos eh tempo demais. Quando comecei, ainda uma das primeiras, era dificil achar blogs, e sequer conhecer quem escrevesse blogs. Quando a ideia me foi sugerida, achei a coisa mais louca do mundo “quem vai querer ler sobre a vida dos outros?”, mas criei um assim mesmo pois pensava nos beneficios de nao ter que escrever e-mails individuais pra todos os amigos e familiares que ficaram pra tras. E nunca imaginava que uns anos depois, seria dificil achar alguem que NAO tenha um blog, ou que NAO leia blogs.

Minha ambicao “bloguistica”? Um dia imprimir TODOS os posts, fotos e comentarios e ir guardando, como uma enciclopedia, e poder dividir minha vida com meus filhos, netos, bisnetos, etc.

E quem sabe, inspirar alguem pelo caminho…

 

 

Adriana Miller
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