13 Aug 2011
19 comentários

Vilnius: Lituania

Dicas de Viagens, Lituânia

Vilnius eh a capital da Lituania, e Segundo a Unesco, tambem eh a capital Europeia de arquitetura Barroca – caracteristica que fica logo aparente aos visitantes, principalmente pela quantidade incrivel de igrejas em todas as esquinas.

Divididos entre o Catolicismo e e a igreja crista Ortodoxa, Vilnious tem fachadas para todos os gostos, e eh uma cidade onde voce tem que olhar pra cima pra poder aprecia-la.

Nao espere predios altos, muito pelo contrario, mas com seu emaranhado de ruelas medievais de paralelepipedo a tentacao eh de olhar pro chao e evitar um tombo! Mas o atrativo principal de Vilnius esta justamente nas paredes e nas fachadas de suas casas.

A capital da Lituania – assim como suas vizinhas Riga e Tallin – foi completamente destruida durante a segunda guerra mundial, e ficou abandonada por mais algums decadas sob o dominio Russo. Seu centro historico foi bombardeado e a populacao judaica 100% aniquilada, mas nos ultimos 20 anos de sociedade livre, o pais tem se reerguido numa velocidade tremenda!

Vilnius, e a Lituania ainda apresentam muitas areas nada turisticas… feias, sujas e de seguranca duvidosa, mas tudo isso pode ser facilmente ignorado por quem se manter apenas no centro historico, nas pracas reconstruidas entre suas casas coloridas.

A cidade eh facilima de ser navegada, com um roteiro basico de ponta a ponta que em pouquissimas horas cobre suas principais igrejas, ruas e pracas. Nao espere nada monumental, nem vistas de tirar o folego, mas como uma boa cidade pequena, tem um charme e uma simpatia cativante.

A “entrada” principal (porem nao oficial) da cidade eh o Gate of Dawn no extremo sul da cidade antiga. Esse portao é um lugar sagrado de peregrinação na Lituania e tem uma imagem da Virgem Maria coberta em prata que os Lituanos acreditam ter poderes milagrosos.

Bem ali do lado esta aIgreja Barroca Santa Teresa (bem parecida com as Igrejas Brasileiras e Portuguesas por sinal), um dos simbolos da cidade e que tem um inerior cor de rosa surpreendentemente claro e iluminado!

Descendo a rua principal Au Ros Vartu Gatve eh impossivel ignorar a igreja de São Casimir, que tem como padroeiro o santo-principe Lituano Casimir que eh padroeiro do pais e representado em varias outras igrejas e monumentos.

O simbolo do Sao Casimir eh sua coroa nobre, que representa sua ascendencia de sangue azul, sacrificada em nome do cristianismo – e ao chegar na cidade eh uma das primeiras cosias que vemos la de longe, literalmente coroando o skyline de Vilnius.

Depois da igreja o centro de Vilnius se abre numa praca da Prefeitura, onde esta a prefeitura da cidade e onde no verao fica lotada de mesinhas e bares ao ar livre, e onde os Lituanos fazem questao absoluta de aproveitar cada segundo do seu escarço verao Baltico (demos muita sorte em ter ido no verao! Apesar de que o tempo nao estava exatamente “bonito” por la…).

No lado opsto da prefeitura fica uma igreja Ortodoxa uma das maiores e principais da cidade, e que marca a entrada para a rua Pilies Gatve que eh a rua medieval simbolo de Vilnius – nos passamos praticamente nosso tempo todo por la! Subindo e descendo, entrando nas lojinhas, vendo as barraquinhas de artesanato, entrando e saindo de bares e restaurantes (indicacoes nos proximos posts!). Praticamente uma viagem no tempo!

A medida que voce vai descendo a rua, la no alto ja da pra avistar um outro simbolo de Vilnius: a torre do Castelo de Vilnius.

Hoje em dia soh sobrou a torre pra contar historia, de onde se tem otimas vistas da cidade (tanto da parte antiga quanto da parte nova que esta se formando), e que data do seculo 15. Apesar de ter passado por outras reconstrucoes e reformas ao longo dos seculos, la de cima da pra entender a importancia de uma fortaleza nessa posicao pra proteger a cidade, e porque a cidade se desenvolveu a seus pes. Apesar de sua estrutura secular, a importancia da torre para cidade – em cada uma de suas independencias (principalmente em 1919 e depois finalmente em 1991) a bandeira Lituania é erguida no alto da cilina, na Torre Alta do Castelo.

Mas oque eu mais gostei mesmo foi a Igreja de Santa Anne, escondidinha numa bifurcacao paralela a rua Pilies e impressionante! Na verdade foi o unico predio/monumento em Vilnius que me deixou realmente impressionada…

Mas posso falar? Apesar de realmente ser bem bonita, a igreja eh bem pequena! Estava imaginando uma suuuper catedral enorme, e ela tem um tamanho mini! Diz a lenda que Napoleão gostou tanto dessa igrejinha quando a usou de alojamento a caminho de sua campanha ofensiva para a Russia.

A Igreja de Santa Anne é toda construida em tijolos vermelhos, e é o unico monumento gótico na capital do barroco.

E finalmente o auge de qualquer visita a Vilnius: a Catedral de Vilnius.

Em estilo classico, e construida (originalmente) em 1251 como um templo pagão a catedral branca e cheia de colunas e decoracoes ocupa uma praca enorme, e delimita a fronteira norte do centro historico da cidade.

Em 1950 os Russos “cencelaram” a igreja na Lituania e usaram a cetedral da cidade como garagem para seus caminhões e tratores (ela realmente é enorme!), mas com a queda do regime comunista, a igreja foi devolvida a igreja Catolica em 1989, e reconsagrada a fé cristã exatamente 1 ano antes da independencia do pais.

Vilnius na pratica:

– Nos voamos Wizz Air a partir de London Luton, mas a Ryanair tambem voa para a Lituania, usando a cidade vizinha Kaunas como base (a cerca de 1 hora de Vilnius).

– Hospedagem em Vilnius eh abundandate e barata, com opcoes para todos os bolsos e gostos. Nos ficamos no Hotel Gile, fora do centro historico mas de facil acesso (uns 10 minutos andando) pela bagatela de 28 Euros por noite/casal. Com direito a cafe da manha incluido, banheiro no quarto, TV, frigobar etc. Longe de ser padrao luxo, mas definitivamente confortavel e otimo custo beneficio!

– A moeda local eh o Litas, e o Euro nao eh aceito normalmente nao. Eh facil trocar seus Euros por Litas em bancos, hoteis e casas de cambio, mas voce vai precisar da moeda local o tempo todo.

– Os precos baixissimos sao sem duvida um dos principais atrativos em Vilnius! Quer exemplos: Jantar em restaurante tipico (e turistico, que consequentemente eh mais careiro que o “normal”) para duas pessoas, incluindo entrada, prato principal e regado a muito vinho branco por cerca de 30 Euros! E nos barzinhos da cidade, um canecao de cerveja de um litro (!!) por 1,50 Euro…!! Pegamos um taxi do centro da cidade, ate nosso hotel, o motorista ficou nos esperando na porta enquanto faziamos o check out e depois nos levou ate a estacao de onibus, e ainda assim a corrida saiu por apenas 7 euros! Entao aproveite pra viver como um Rei Baltico por uns dias!

 

Adriana Miller
19 comentários
11 Aug 2011
62 comentários

Problema de Junta. Ou minha experiencia com o NHS

Pessoal, Vida na Inglaterra

Ontem de madrugada eu dei um susto no pessoal do Twitter quando fiz um “check in” no Hopsital Saint Thomas aqui em Londres. Obviamente o tal “check in” só foi feito quando eu já estava pronta pra voltar pra casa, sabendo que não tinha nada grave e “alegrinha” com morfina na veia e achando tudo zuzubem

Mas foram umas horinhas de suspense bem assustadoras, esperando na fila da emergencia de hospital publico, cercada de enfermeiras me espetando daqui e dali, e medicos me apertando e me examinando e “precisando” de uma segunda opiniao.

Mas afinal, oque eu tive? Nada! Ou um belo de um caso de problema de junta com uma pitada de frescurite aguda… #ClasseMediaSofre

Tudo começou ainda em Paris, quando acordei com uma dorzinha nas costas e me sentindo meio “incomodada”. AInda fiz piadinha comigo mesmo, reclamando que dormi mal porque o Hôtel de Crillon não tinha o menu de almofadas do Plaza Athené

Passei a manha toda em entrevistas e reuniões e apesar de nao estar passando mal, tambem nao estava bem… Até que no meio do almoço fui arrebatada por uma dor inexplicável no abdomem, daquelas que quase te cega. Não era dor de barriga, também não era mais dor nas costas, e a sensação era de que meu “interior” estava todo se expandindo.

Voltei pro escritorio e quase desmaiei a caminho de uma reunião, que pedi encarecidamente pra cancelar e passei o resto da tarde deitada no sofa da recepção (o pessoal de Paris me acha super profissional né? Tirando uma “soneca” depois do almoço na recepção).

No aeroporto, fiquei deitada – no chão mesmo, já que não consegui ficar em pé nem sentada naquelas cadeiras desconfortaveis – esperando o embarque, e o vôo de uma horinha foi a experiencia mais torturante do mundo.

O Aaron foi me buscar no aeroporto, jé que eu mal conseguia andar e ficar de pé, e comprei uns remedinhos na farmacia, achando que “daqui a pouco passa”.

Foi um mal estar estranho, porque era uma dor arrebatadora, mas não doia em nenhuma lugar específico, sabe? Até que já tarde da noite, sem nenhum sinal de que a dor ia passar, o Aaron me convenceu a ir pro hospital.

Eu não queria ir pro hospital por dois motivos: o primeiro é que eu nem sequer conseguia descrever pra mim mesma a dor. Não era uma coisa do tipo “Dotô, dói AQUI”, então eu não sabia como responder nenhuma pergunta das enfermeiras. E segundo, era puramente preconceito contra o NHS – National Health Service, o serviço de saúde da Inglaterra.

Minha experiencia com o NHS aqui sempre foi das piores, e olha que eu nem nunca tinha ficado doente nivel serio por aqui. Mas sabe aquela coisa de mesa de bar, onde todo mundo acaba falando sobre o NHS – todo mundo tem uma historia cabeluda pra contar, todo mundo conhece alguem que sofreu na mão do serviço de saúde e o descaso generalizado.

Não me levem a mal, pelo menos temos acesso a saúde publica, e se você precisar MESMO, aqui terá acesso aos melhores tatamentos e melhores serviços sem pagar NENHUM tostão.

Mais na minha humilde opinião, o problema da saude publica Inglesa, principalmente na opinião de Brasileiros mal acostumados com serviço de saude particular do Brasil, é a falta da prevenção.

Ou seja, se você estiver na beira da morte, terá toda atenção do mundo. Mas se for só aquela coisinha de fazer check up, ou fazer uma revisão só pra garantir, já era. A filosofia por aqui é curar o problema. mas até você ter um problema, não espere muita atenção.

Exemplos: quando machuquei o joelho no KIlimajnaro e fui no medico, só porque entrei no consultorio andando, a enfermeira achou que meu caso não era grave, e portanto eu não precisava de tratamento. O Aaron teve um problema de pele, e o medico disse que era apenas acne, preventivo ginecologico só é feito a cada 3 anos, e varios outros examplos mais ou menos dramaticos.

Mas enfim, esse papo de NHS dá pano pra manga e daria pra escrever um blog inteiro só sobre isso!

Mas enfim, voltando ao meu piripaque, finalmente fomos pro hospital – que por si só foi uma experiencia muito melhor doque eu imaginava – e o primeiro passo é sempre ser atendido por uma enfermeira. Se ela(e) achar que seu caso realmente é grave, então você é passado pra cuidados medicos. Fiz varios exames (com as enfermeiras) e finalmente me mandaram pra ala medica.

Me deram um “quartinho” na area aberta do hospital, e fiquei no soro, onde esperei cerca de 2 horas até um medico poder me atender.

Ao longo de outras 2 horas, 2 medicos me examinaram e fizeram exames basicos de abdomem, pra descartar coisas serias e graves, como infeccção nos rins ou apendicite. Até que lá pelas tantas da manhã eles resolveram me mandar de volta pra casa, pois eu precisaria fazer um ultrasom abdominal, mas o hospital NAO tinha uma maquina de ultrasom!

Será que só eu sou fresca de achar isso um absurdo?!? Então falei pro medico que não queria ir pra casa, pois ainda estava sentindo muita dor e eles tinham que fazer alguma coisa – então foi aí que resolveram me dar morfina na veia pra me tirar de minha misery. Mais meia horinha pra fazer efeito e pronto, passei aa char tudo super divertido, fiz check in no foursquare e voltei pra casa mor felizona!

Mas o procedimento seria: o hospital manda o resultado dos exames e uma carta pra meu GP (General Practice, ou medico de familia do seu bairro), que demora alguns dias. Ai eu marco uma consulta pra ver meu GP (que com sorte, pode levar mais uns dias – ou semanas!). Ai o GP decide se realmente você precisa ver um especialista, e te dá uma recomendação pra ir ver um especialista (publico ou privado, se vc tiver plano de saude), que pode facilmente levar outros tantos dias ou semanas.

Por sorte eu tenho um plano de saude muito bom, que funciona tipo plano de saude Brasileiro, e portanto não preciso passar por essa saga do GP – hoje de manha bastou ligar pro medico que eu queria ver na listinha dada pelo plano, e na mesma hora consegui um horario pra hoje. E pasmem! O medico tinha uma maquina de ultrasom no consultorio dele! Amazing! (NOT!)

Bem, pra resumir a novela, os exames voltaram todos perfeitos, e o parecer final foi estresse e fadiga. Eu quase cai na gargalhada… Sabe aquela coisa que a gente ouve falar sobre os artistas que tem breakdown? Foi tipo isso.

Sinceramente, não me considero uma pessoa estressada, e nem sequer acho que trabalho tanto assim não… Mas segundo o medico, uma coisa não tem nada a ver com a outra, e por mais que minha cabeça consiga lidar com tudo isso, meu corpo não aguentou.

Então preciso de repouso, me alimentar melhor, beber mais agua.

Mas por via das duvidas, como vou ao Brasil daqui a umas 3 semanas, vou aproveitar pra fazer um check up geral e refazer todos os exames, e me certificar que esta tudo bem mesmo!

 

Adriana Miller
62 comentários
09 Aug 2011
19 comentários

Salut!

Dicas de Viagens, França, Paris, Roteiros & Passeios, Trabalho

Eu sei que o blog esta abandonado pacas, podem continuar reclamando…

Então resolvi aparecer só pra dar sinal de vida rapidinho.

Muita coisa pra escrever e atualizar, mas entre a volta da viagem para os Balticos, varias noites seguidas trabalhando ate tarde, depois a visita da minha Irma a Londres com uma programação intensa, as revoltas e quebra-quebra em Londres e agora… Uffa: to em Paris trabalhando de novo!

Ou seja, sem tempo nem energia para dar as caras por aqui com qualquer coisa mais elaborada (mas em compensação o Twitter e o Facebook bambando!! Segue lá!)

Aqui em Paris não deu pra muita coisa e foi um dia muuuuito cansativo.

Mas meu dia foi assim:

Madruguei mais cedo doque é humanamente permitido (3:30 da manha), pois não consegui reservar um taxi com antecedência pra me levar no aeroporto.
Como todo mundo deve estar sabendo, Londres passou por uns dias de conflitos sociais e vandalismo esse fim de semana que deixou o pais de cabelos em pe! (ainda não decidi se vou escrever minha opinião sobre isso aqui Jô blog ou não. Já falei demais no Twitter!)

Sai perambulando pelas ruas catando um taxi, e entanto que o centro de Londres estava tranquilissimo, ao mesmo tempo que eu via no Twitter imagens do London Eye em chamas (foto falsa, claro), na verdade assisti esse nascer do sol aqui:

20110809-215224.jpg

Consegui chegar no aeroporto sem problema algum, voei pra Paris e passei o dia todo no escritório.

No fim do dia, fiz check in no Hôtel de Crillon na Place de la Concorde (post depois, por que é chique demais!) e não resisti a esse por do sol antes de por fim me render ao cansaço!

20110809-215636.jpg

20110809-215707.jpg

20110809-215733.jpg

Um por do sol alaranjado incrível de um lado, com nuvens cor de rosa do outro lado, e a Torre Eiffel e a Praça da Concórdia como pano de fundo!

Adriana Miller
19 comentários