01 Aug 2016
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A história de um bebê…

Baby Everywhere, Dicas de Maternindade, Gravidez, Pessoal

Esse é um post que eu debati por muito tempo se deveria ou não escrever.

É um assunto sério, pessoal, íntimo e muito delicado – mas ao mesmo tempo, é o tipo de situação em que eu acredito que quanto mais falarmos sobre o problema, menos mistificado ele será, e consequentemente menos traumático (e até mesmo vergonhoso pra muitas mulheres) ele poderá ser.

Uns dias atrás uma amiga muito querida me ligou chorando querendo apoio e um bom ombro para desabafar, e uma frase que ela me disse, reforçou a vontade de falar publicamente sobre isso: “Se acontece com todo mundo, porque ninguém fala sobre isso?!”

Há muitos anos atras da Luciana Misura contou a historia dela, e recentemente a Flavia Mariano também tem falado abertamente sobre os problemas dela. E todas essas mulheres, além de corajosas de colocar a cara a tapa e se expor dessa maneira, também ajudam centenas de outras mulheres e casais a tentarem entender por que isso acontece, e ter esperança de que eles também terão um final feliz.

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Pois bem, acho que já não é novidade pra ninguém que estou gravida de nosso segundo bebê. Só que na verdade, esse será nosso 4′ bebe.

Pois é, nos últimos 18 meses eu perdi duas outras gestações por motivos que só o destino explica.

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Em ambos os casos foram abortos espontâneos, que foram retidos pelo meu corpo, ou oque os médicos aqui chamam de “Silent miscarriage”, ou “aborto espontâneo silencioso”.

O que acontece? Bem, o bebê pára de se desenvolver, por algum motivo qualquer, e morre, mas o corpo da mulher permanece “gravido”, com a placenta viva, produzindo hormônios e sintomas.

Por um lado, evita-se o drama, e o maior medo de qualquer mulher gravida: não teve dor, nem sangramento, nem nada. Não teve cena de novela das 7. É um caso raro, mas que segundo meu Obstetra é relativamente comum, e pode até levar a complicações seríssimas, como infecção, e em casos extremos, até a morte materna (quando não existia ultrasom e a mulher passava meses achando que estava gravida, porem com um feto morto dentro do útero).

Da primeira vez, foi o maior choque de todos, obviamente.

A Isabella estava com um pouco menos de 1 ano e meio, tínhamos acabado de voltar de viagem ao Japão e começamos a conversar sobre “tentar” de novo – se tudo desse certo, o timing seria ideal, e o bebe nasceria perto do aniversario de 2 anos da Isabella, como eu sempre sonhei.

Mas nem deu tempo de parar pra pensar demais, e pimba, descobri que estava gravida. Assim no susto, de primeira.

Felicidade, comemoração. Aquela coisa toda.

Fizemos os primeiros exames e ultras, no mesmo hospital e obstetra com quem tive a Bella, e que está me acompanhando agora também, e estava tudo ótimo, perfeito e saudável.

Mas foi uma gravidez sofrida. Eu passei MUITO mal, muito mesmo, durante todo primeiro trimestre, e senti coisas que com a Isabella simplesmente passaram despercebidas. O cansaço, os enjoos, aquela vontade desesperadora de desistir da vida! On steroids!

Mas né? Estava gravida, estava feliz, e os planos familiares iam de vento em popa!

Com quase 12 semanas de gravidez (aos 47 do segundo tempo do primeiro trimestre! A fase mais esperada pelas gravidas!) em uma consulta de rotina, descobrimos que o bebe não tinha batimentos cardíacos. Fui levada para a ala de Medicina Fetal do hospital, fizeram uma ultra detalhada, e descobrimos que o bebe tinham parado de se desenvolver e falecido com umas 8 semanas.

Então meu medico recomendou uma curetagem logo para o dia seguinte – não fazia sentido esperar mais tempo algum, pois se em 3 semanas meu organismo não tinha dado sinais de expelir o embrião, e a placenta estava “viva” então era melhor fazer uma cirurgia e não correr riscos.

Nem precisa falar que foi a pior noite da minha vida né?

Repassei cada dia, cada hora e minuto das semanas anteriores… Sera que eu fiz alguma coisa errada? Foi aquela taça de vinho? Será porque eu comi um sei la oque? Não devia ter tomado aquele remédio ou passado aquele creme! Como sempre, os tabus que cercam os abortos espontâneos colocando coisas na nossa cabeça e culpando a mulher…

Enfim. O principal problema de aborto espontâneo são justamente essas dúvidas, esse instinto da mulher achar que fez alguma coisa errada. Que a culpa é dela.

Mas não, não é.

Meu obstetra recomendou fazermos um novo exame disponível (essa é uma área da medicina que tem se desenvolvido bastante!) em que poderíamos analisar o material genético do embrião – isso nos daria algumas respostas que poderiam evitar futuras perdas, ajudar a prevenir-las, ou curar algum problema mais sério. O exame nos diria se o bebe tinha algum problema genético, que é a principal causa de abortos espontâneos, um acontecimento totalmente aleatório e que não tem prevenção. Estima-se que cerca de 25% dos óvulos fecundados podem ter algum defeito genético incompatível com a vida. Ou então o exame nos diria se o feto apresentava alguma toxidade (por exemplo, caso eu tenha tomado algum remédio, ou contato com algum produto químico toxico que tenha afetado o embrião), ou se o bebe era perfeitamente saudável e normal – e então investigaríamos algum potencial problema físico em mim ou no Aaron.

Os resultados voltaram da melhor maneira possível: o bebe teve um problema genético, raro e aleatório. Nada que poderia ter sido curado, nem prevenido, e que provavelmente nunca mais se repetiria. Uma chance em milhares, segundo a relatório final.

A curetagem foi um sucesso e a recuperação ótima, e poderíamos seguir com a vida normalmente. Inclusive tentar engravidar novamente quando quisermos.

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A pressa para engravidar não era necessariamente nossa prioridade, mas também não nos preocupamos em prevenir nada, e então logo no mês seguinte, eu descobri que estava grávida novamente.

Aê! Felicidade, alivio, comemorações.

Maaaaas…. Pra mim, o pior efeito de ter passado por um aborto espontâneo foi a sequela psicológica que isso deixou em mim. Aquele medo constante de que “alguma coisa vai dar errado”.

Com 7 semanas fizemos uma ultra e o embrião estava saudável, coração batendo forte, porem medindo um pouquinho menor do que deveria estar…

Estávamos com viagem marcada para ir pra França com o pai do Aaron, e então marcamos outra ultra para uns dias depois de nossa volta a Londres.Com 7 semanas fizemos uma ultra e o embrião estava saudável, coração batendo forte, porem medindo um pouquinho menor do que deveria estar…

A viagem foi um arrasto.

Ate hoje quando vejo fotos daquela viagem eu consigo ver nos meus olhos o quanto estava triste e com medo. Acho que dentro de mim eu já sabia que já tinha perdido mais um bebê

Um dia, entrei sozinha numa capela escondidinha dentro do Mont Saint Michel e entreguei pra Deus – faça oque for melhor pra mim e minha família!

Voltamo pra Londres e não deu outra. Mais um aborto silencioso… Fizemos novamente o exame genético e descobrimos que mais uma vez o bebe tinha um problema raro e aleatório que era incompatível com a vida. As chances de acontecer de novo são 1 em 10.000, segundo o relatório – mas comigo, aconteceu 2 vezes seguidas.

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Mas naquela mesma noite, voltando pra casa ainda com os olhos inchados, meu telefone tocou e era um headhunter com uma ótima proposta de emprego e mudança de carreira.

Foi um sinal.
Tentamos, tentamos. Dois bebes perdidos em 3 meses.
Não era pra ser, e esse foi o sinal que Deus me mandou.

Prossegui com o processo seletivo (consegui! É meu emprego atual!) e engavetei sem pestanejar o plano de engravidar e ter ter filhos em idade bem próxima.

Além disso, queria dar tempo ao tempo, queria me recuperar fisicamente e ter tempo de processar tudo que aconteceu.

Umas semanas depois fomos para Nova Iorque, depois recebi a proposta do novo emprego, e a vida seguiu em frente!

Um ano depois de tudo que aconteceu, começamos a pensar nisso de novo.

Eu fiquei relutante – não só pelo medo de passar por aquilo tudo de novo, mas principalmente por medo de engravidar tao rápido de novo! Heheh

Estava adorando o novo emprego, começando um projeto super legal e sem saber o que fazer…

Mas né? A única certeza que eu tinha, era que engravidar não era mais certeza de que eu teria um bebê 9 meses depois…

Então resolvemos tentar.

E nada. E nada. E nada.

Eu sei que pode parecer drama, e sei que muita gente passa anos e mais anos tentando engravidar e fazendo tratamentos sem sucesso.

Pra gente, foram 5 meses. Falando assim não parece tanto tempo (e não foi), mas para um casal que tinha tentado engravidar 3 vezes na vida, e conseguiu de primeira em todas elas, cada mês frustrado, era um choque.

E ai começaram os outros medos: será que aconteceu alguma coisa? Será que nunca mais poderemos ter filhos?

O fim do ano foi atribulado de trabalho e viagens profissionais, e logo depois fomos passar o fim de ano no Brasil e Peru – mas já estava com consultas e exames marcados para assim que chegarmos em casa em janeiro pra ver se tinha alguma coisa errada!

Pois bem. Chegamos em Londres numa terça feira, minha sogra chegou la em casa na quinta feira, e no sábado era a festa de aniversario de 3 anos da Bella.

Acordei naquele sábado me sentindo inchada, sabendo que ia ficar menstruada a qualquer minuto. Mas a ansiedade falou mais alto e resolvi fazer um teste de gravidez antes da festa!

Tcharam!!!! POSITIVO!!!

Bem, de la pra cá, vocês já estão acompanhando nos diários e relatos de gravidez, assim como fiz com a gravidez da Isabella!

Foi destino? Foi porque “tinha que ser assim”? Talvez.
Foi triste, e foi traumático, mas principalmente me fez agradecer e apreciar ainda mais minha network, de amigos, familiares, médicos… mas principalmente minhas amigas que já passaram por isso, que me contaram abertamente de suas tragédias pessoais sem drama nem demagogia – sem julgamentos nem culpas.
Acontecem com todo mundo, e ponto final. E precisamos falar sobre isso sem medo!

Mas por fim, queria deixar um outro recadinho, e uma outra contribuição à sociedade.

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Vamos acabar com essa mania e costume horrível de meter o bedelho da vida alheia com perguntas e palpites indelicados e mal educados sobre “E ai? Vão ter filhos?”

Indelicado, inconveniente, mal educado, e muitas vezes simplesmente cruel.

Vale a leitura de um post ótimo que o Daniel Duclos escreveu uns anos atrás, e que traduz exatamente como eu eu me sinto (e a educação que recebi em casa!) sobre isso: Não é da sua conta!

Casais tem incontáveis motivos que os levam a não ter filhos – naquele momento, ou nunca. Por sua situação atual (ainda não é hora), por opção pessoal (não querem filhos e pronto), por infertilidade, ou por desgraças pessoais, questão profissionais, financeiras, etc, etc…

“Ah, mas é só curiosidade! Não tem mal nenhum”

Tem sim!

Se você não perguntaria socialmente quanto alguém ganha, quanto pesa ou quantas vezes por semana faz sexo, então porque acham normal perguntar uma coisa intima dessas??

Mas né? Tem gente que acha que não tem problema nenhum ficar fazendo comentários e contando piadinha machista/sexista/homofóbica/racista e o escambau, e não se dão conta mesmo do nível de inconveniência e falta de educação.
Ah, mas eu não me incomodaria se me perguntassem, então não vejo problema nenhum“.
Não interessa. De repetente você também não se incomoda de ver seu amigo sendo mal educado com um funcionário, ou o tio mala fazendo piadinha machista no almoço da família – mas isso não faz com que essas atitudes sejam corretas.

E o pior:

“Nossa, ta barrigudinha – vem bebê por ai?”. Não, mas obrigada por ressaltar o quanto eu engordei.

“Ta com cara de mamãe heim!?” – Pois é, obrigada por me dizer o quanto você acha que eu estou com cara de cansada, acabada e gorda (aliais, onde já se viu as pessoas acharem que “cara de mãe” é elogio??! Só mesmo quem nunca teve filhos, né?!?)

“E ai? Tao ficando velhos heim? Não vão ter filhos?” Ou a variável “Seu filho/a esta ficando muito velho, os irmãos não vão crescer amigos”, “O fulaninho ta querendo irmaozinho, heim!!”.

“Ah, não quer ter filhos? Você ainda vai se arrepender” – essa perola é geralmente reservada para mulheres, poque né?! Como ousa uma mulher não querer ter filhos? Não querer se “completar” nessa vida?! Ah, vah….!

Eu pessoalmente passei por varias situações super indelicadas, geralmente vindas de pessoas que sequer me conhecem (via blog ou mídias sociais), apontando que estava barrigudinha depois de ter passado por uma cirurgia para retirar um bebe morto (!). Ou a(s) pessoa(s) que comentaram que eu estava com “carinha redonda de mamãe” (argh! #DedoNaGarganta) quando na verdade já sabia que o feto estava com algum problema de desenvolvimento.

Ou principalmente quando não era nada disso, e apenas estava trabalhando mais que o normal, comendo mal e a cima do peso.

Fora os vários “e ai? Não vão mais ter filhos?” ao longo dos meses, quando estávamos tentando, mas sem saber se aconteceria de novo, ou se tínhamos algum problema. E mais recentemente, quando sim, já estava gravida, mas ainda na fase de incertezas, onde diariamente alguém apontava que eu estava “peituda”, ou com “cara redonda” ou “você engordou heim? Quem te acompanha repara mesmo!!”

Será que as pessoas não se dão conta do quão indelicadas e inconvenientes e mal educadas são?

Quando eu (ou qualquer outra mulher que você acha que tem o direito de perguntar sobre sua vida intima) realmente estiver gravida e pronta para contar pro mundo, todo mundo vai saber!

Ficar perguntando, incomodando e dando seu pitaco não ajudam em nada! Se ela ainda não falou nada e não te contou, é porque ela tem os motivos dela. Tem mulheres que saem contando pro mundo (e o Facebook todo) que estão grávidas assim que fazem xixi no palitinho. Ok, opção delas. Outras podem estar com crise no relacionamento, tendo problemas no trabalho, incertezas sobre a saúde do bebê, ou simplesmente não querem te contar agora! Respeite essa decisão tão pessoal de uma mulher/casal e não fique perguntando!
(até porque, pensa só: se ela esta guardando segredo da gravidez por enquanto, seja lá por qual motivo for, o que te leva a achar que só porque você foi indelicado ela vai te contar?! Assim, só pra você?! Do tipo: “ah, então tá bom… já que você me ofendeu e foi intrusivo, então deixa eu te contar um segredo aqui….“. Por favor né?!?!?)

 

Ah! E outra: o pessoal que fica dando pitaco no sexo do bebê!

Se um casal por acaso optar por não descobrir o sexo do bebê é porque eles não querem saber, querem uma surpresa na hora do parto, e não porque querem seus palpites, ok?

Se eles quisessem saber e ter certeza de terão menina ou menino, é simples: é só ir no médico, fazer um exame e pronto. Mistério resolvido.

Mas não. Muitos casais optam justamente pelo fator surpresa, o mistério e gostinho de suspense. E NÃO optaram por sua sabedoria em relação ao formato da barriga ou do nariz da mãe (ler acima sobre falta de educação em apontar atributos físicos da mulher em relação à gravidez!), sua intuição ou achismo.

Uma amiga (vizinha/conhecida/alguém da internet) resolveu não descobrir o sexo? Basta comentar “Nossa, que legal, já estou morrendo de curiosidade.” (ou algo do tipo). Juro que não dói guardar seu palpite pra você mesmo, e ainda vai evitar uma situação desconfortável e constrangedora com a grávida em questão.

E tenho dito!

#desabafei

P.S. Algumas das imagens desse post são da campanha da Ong Britânica “Tommys” que desenvolve pesquisas sobre aborto e oferece apoio a mulheres e casais que passaram por isso. Se você esta passando por isso e precisa de ajuda, o site deles é uma boa dica.

A campanha enumerava as muitas frases que as mulheres e casais que sofreram abortos ouvem, e que por mais que sejam “com boas intenções”, não ajudam em nada nem tapam o buraco deixado pela partida inesperada de seus bebês…

Adriana Miller
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29 Jul 2016
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Ilhas Mauricio – Tudo que voce precisa saber sobre acomodacao, transporte, visto, custos, clima, quando e onde ir e oque fazer por la (e oque levar na mala!!)

África, Babymoon, Dicas de Viagens, Estilos de Viagem, Ilhas Mauricio, Lua de mel

O planejamento de qualquer viagem demanda um bom planeamento, mas quando essa viagem eh especial… os cuidados sao redobrados!

Foram alguns meses de pesquisa e debates antes de bater o martelo do destino da nossa baby-moon. Acho ate que exagerei um pouco, mas nada como um escape para me ocupar nos meses tensos da gravidez!

Entao esses foram os principais pontos que eu levei em consideracao ao decidir pelas Ilhas Mauricio, e como esse é um destino que muita gente escolhe para lua de mel e viagens igualmente especiais, achei que daria um bom post deixar tudo mastigadinho por aqui!

 

  • Acomodação

Bem eu ja dei todas as dicas sobre o hotel onde nos nos hospedamos nesse post aqui, mas acho que o essencial é definir duas coisas: orçamento e estilo de viagem.

Como era de se esperar nesse tipo de lugar, é o hotel que “faz” sua viagem, e por mais que você possa fazer um passeio aqui ou ali, você fica basicamente limitado ao que seu hotel tem a oferecer para todo o resto.

Por mais que seja um país relativamente grande, com varias cidadezinhas espalhadas aqui ou ali, o turismo nas Ilhas Mauricio basicamente vivem de “resorts”. Não achei que é o tipo de lugar que da pra dar uma saidinha rápida pra comer em outro lugar, ou um passeiozinho pelo vilarejo local.

Quer dizer, ate dá. Mas tirando as grandes cidades (que ficam no centro da ilha, e portanto longo dos hoteis), não existe muita infraestrutura para turismo “avulso”… não tem muito aquela coisa de “ruazinha principal”, dar uma voltinha a pé acolá, e esse tipo de coisa.

Então você tem que escolher um hotel em que voce esteja satisfeito de ficar la dentro 100% do tempo, caso seja necessário.

Mas não se preocupe, pois a maioria esmagadora dos hotéis são feitos e preparados pra isso! O nosso hotel (o Westin Turtle Bay) esta longe de ser um dos maiores ou principais da ilha, e ainda assim era um MUNDO de grande… 6 restaurantes, praias, piscinas, atividades aquáticas, spa, academia, quadras de esportes, etc, etc

Não precisamos sair de lá pra nada, e realmente praticamente não saimos. Não dava vontade de sair!

Mas a abundância de hoteis é enorme ao redor da ilha, com muitas opções ideais dependendo da estação do ano que você for (mais dicas sobre quando ir, mais pra baixo no post!), então basta determinar um orçamento e achar o hotel que se encaixa no seu custo-beneficio ideal.

Mas eu também mencionei o “estilo” da viagem, pois as Ilhas Mauricio realmente são um destino que oferecem bastante coisa para os turistas, e atrai toda uma legião de fans que vão pra la unica e exclusivamente para praticar outras atividades alem do relaxar-praia-comer-piscina: mergulho, trekkings, live board, sailing etc, são apenas algumas das atividades fora-resorts.

Então se essa é a sua praia, e você quer se dedicar ao mergulho e passar boa parte do seu tempo no país no fundo do mar, então realmente você não deveria se hospedar num dos mega resorts da ilha, e portanto uma acomodação mais simples seria a melhor opção.

 

  • Alimentação: comidas locais, pacotes de alimentação e all inclusive

E claro, quando falamosem resorts, orçamentos e afins, uma das primeiras coisas que vem a cabeça é: e a alimentação?

Muita gente me perguntou sobre preços de refeições nas Ilhas Mauricio, o que foi uma coisa dificil de responder, porque simplesmente isso vai depender demais do seu hotel!

Como você praticamente não vai sair do seu resort, leve em consideração que a maioria das refeições sera feita por la (mesmo nos dias de passeios e excursões, você provavelmente vai tomar café da manha e jantar no hotel, no mínimo).

Então investigue bem as opções de restaurantes e lanchonetes dentro do hotel, menus e preços.

Muitos resorts simplesmente funcionam na base do All Inclusive e ponto final, outros tem apenas restaurantes a la carte, enquanto outros fazem um mix dos dois estilos.

Para a gente foi importante encontrar uma hospedagem que oferecesse boas (e variadas) opções de restaurantes e menus, e que nos desse a escolha de optar por all inclusive (que acabamos não optando) ou a la carte.

Nessas situações eu sempre entro em contato com o concierge do hotel e peço copias dos menus dos restaurantes, pergunto sobre a flexibilidade dos planos de pensão etc.

As Ilhas Mauricio tem uma fortíssima influencia Indiana, o que impacta principalmente a culinaria local – então mesmo nos restaurantes “internacionais” dos resorts mais “internacionais”, as opções Indianas e com bastante curry prevaleciam, o que pode ser desagradável pra muita gente que não seja muito fan desse tipo de comida.

Pra falar a verdade, por morar em Londres, nós comemos bastante currys e comidas Indiana (inclusive a Isabella), mas confesso que nessa gravidez não estou batendo bem com o cheiro forte de curry, então queria ter certeza de que teria opcoes “normais”: saladas, massas, carnes, sanduiches etc que fossem variados o suficiente.

E calro, sem nos levar a falência!

E tirando o dia que fizemos um passeio de barco, onde foi servido um almoço a bordo, nós comemos todas as outras refeições no hotel!

Não vimos restaurantes nem lanchonetes “de rua” (com excessao dos grandes centros, que ficavam longe do nosso hotel), nem nenhum outro local que desse pra dar uma passadinha na hora do almoço, por exemplo…

 

  • Transporte: como chegar, transporte publico, transfers e passeios

E isso me leva a falar sobre transporte dentro da ilha.

Bem, começando pelo princípio: As Ilhas Mauricio tem conexões com a maioria das capitais Europeias, inclusive com voos sem escala. Nós voamos British Airways, num voo direto entre Londres e o (único) aeroporto internacional das Mauricio (nome official: Sir Seewoosagur Ramgoolam).

Apesar do voo super longo (quase 13 horas), a diferença de fuso horário é mínima (acho que 2 ou 3 horas só, em relação a Europa), então todos os voos são noturnos, o que foi ótimo!

Como fomos numa época de relativamente baixa temporada, ambos voos estavam bem vazios e super confortáveis.

E tambem é imprescindível que você reserve um transfer entre o aeroporto e seu hotel. A maioria dos hoteis, ou pacotes turísticos, podem fazer isso pra você.

Aliais, o aeroporto nos surpreendeu com o quao novo e bonito ele é! Mas ainda assim eu tinha lido algumas historias não muito agradáveis sobre os taxis locais, e preferimos não arriscar e ja deixar tudo organizado antes de aterrizar!

O nosso hotel cobrou uma taxa bem salgada pelo transfer, então arriscamos num dica do TripAdvisor e foi uma ótima!

Usamos os serviços de transfer do “Taxi Mauritius” tanto na chegada quanto na volta pro aeropoto, e foi excelente! O preço é determinado pela região da ilha pra onde você vai (independente do hotel, que pelo que li era um “determinante” do preço dos taxis de rua em vez de taximetro… se acham que vc vai pra um hotel bom, te cobram mais caro), e no nosso caso, pagamos 35 Euros por trecho, para uma viagem de 1 hora na ida e 1 hora na volta.

Eles também fazem transporte para varios passeios e excursoes (mas nos fizemos nenhum com eles) e o feedback eh que o serviço e preços também são otimos!

E isso é importante para qualquer trajeto que voce queria fazer dentro da ilha. O país praticamente não tem transporte publico (algumas regioes e/ou resorts tem serviço de ônibus por perto, mas a grande maioria não tem), e apesar de que muitos hoteis tem serviço de taxi ou ponto de taxi na porta, tudo funciona na base da “excursão”, ou seja, você tem que fechar o motorista por X horas, ou pelo passeio Y, pois você provavelmente não vai ter outro transporte pra voltar pro hotel no fim do dia.

(e por isso tambem que disse acima que não era o tipo de lugar que dava pra dar uma saidinha pra comer alguma coisa fora do hotel, assim rápido. Afinal, se a intenção eh economizar e comer fora do resort, pagar 25€ de ida e mais 25€ na volta só de taxi, melhor comer no hotel!)

Para passeios mais elaborados, a maioria dos resorts trabalham com agências de viagem específicas, que servem aquela região da ilha – então mais uma vez vale verificar as opções de passeios com seu hotel antes de tentar reservar com outras agências.

Nós fizemos apenas um passeios de barco para as ilhas Ile Aux Cerf, que fechamos direto com o hotel, e apesar de que tinha achado agências on line oferecendo preços melhores, era tudo num esquema de “você tem que estar no lugar tal, no horario tal, onde nos vamos te buscar”, e só nisso você ja acaba gasntando mais de taxi (e tempo) do que ja fechando com uma agencia especialista na região do seu hotel.

 

  • Vistos e entrada no pais

Brasileiros, Americanos e Europeus não precisam de visto para estadias de ate 3 meses, mas viajantes provenientes da Asia, Africa ou America do Sul devem tomar vacina contra febre amarela e aprensentar o comprovante internacional.

No nosso caso, apesar de termos viajado com 2 passaportes Europeus e 1 Americano, como tinhamos carimbos de viagens recentes para Asia e America do Sul, eu levei nossas cadernetas de vacinação assim mesmo, e tivemos que apresenta-las ao passer pela ala da “saúde” da alfândega.

 

TAmbém tivemos que preencher um formulário enumerando todas as viagens para Asia, Africa e America do Sul dos ultimos 6 meses, e as paginas dos nossos passaportes foram municosamente conferidas (eu esqueci de incluir Singapura e levamos uma bronca!).

De resto, a imigração foi super tranquila, e o aeroporto eh novissimo e lindo!

 

  • Clima e quando ir

Eu comentei algumas vezes nos posts sobre essa viagem, que fomos numa epoca de baixa temporada – mas na verdade, fomos na epoca de “entresafra” das altas temporadas; em Junho, conseguimos escapar da temporada de verao nas Ilhas Mauricio (quando as temperatuas estao mais altas, e o mercado de turismo Europeu esta aquecido a procura de destinos ensolarados), e ao mesmo tempo escapar da temporada de verao Europeu e Norte Americano (Julho e Agosto) que por sua vez coincide com a epoca de secas na regiao.

Foi mesmo uma sorte cosmica (que obviamente influenciou nossa decisao de ir pra la) que coincidiu a epoca do ano, com nossas ferias e com a fase da minha gravidez, entao foi perfeito!

Mas eles mesmo se comercializam como um destino de 365 dias, pois tem temperaturas amenas mesmo no inverno (com medias de 26/28 graus) e agua do mar quentinha o ano todo (por causa da muralha de corais que cerca o pais).

Porem as Ilhas Mauricio sao um lugar onde venta demais! Se por um lado eh otimo para os fans de esportes aquaticos, nao eh tao ideal se voce esta tentando se bronzear na praia na baixa temporada!

Entao eh preciso saber onde se hospedar em cada epoca do ano, para evitar a epoca das chuvas, ou ventos, e maximizar as horas de sol.

Como nos fomos nesse periodo de “entresafra”, porem ja pegando o inicio do inverno, a recomendacao eh da preferencia ao Norte e Noroeste da Ilha, onde a incidencia do sol eh maior e os ventos mais amenos, alem de ser uma regiao mais seca.

Se voce for na epoca do verao, entao a ponta sul e sudoeste sao as mais recomendadas, pois a mar e correntezas do mar ficam mais calmas, voce maximiza os horarios do sol e reduz as chances de chuva.

Ja para os amantes de mergulho ou esportes aquaticos (principalmente os que involvam vento!), o lado leste da ilha eh o mais indicado. O lado Sudeste eh inclusive o que menos tem hoteis, justamente por ter uma regiao nao muito boa de praias e com muito vento (mas ideal pra quem quer mergulhar!), e muitos dos novos hoteis tem se instalado na ponta nordeste, tambem relativamente protegidos dos ventos.

(porem de maneira geral, o lado leste da ilha eh o lado mais “descoberto”, pois fica de frente para o mar aberto do oceano Indico).

 

  • O que fazer por la

Tudo que voce imaginar!

As Ilhas Mauricio tem um perfil bem diferente daquela ideia de “paraiso” como as Maldivas, Polinesia ou algumas ilhas Caribenhas, onde voce realmente fica ilhado durante suas ferias.

Por la nao eh assim nao, e o que nao faltam sao opcoes!

Nos praticamente nao saimos do hotel, e foi totalmente opcao nossa, pois realmente foi o tipo de viagem onde queriamos curtir o hotel, relaxar e nao fazer nada.

E ainda assim, como os resorts sao praticamente mini-mundos, tinhamos bastante coisa pra fazer! Tres praias, 2 piscinas, quadras de tenis, Spa, academia, aulas de Yoga no jardim, kids club, centro de esportes aquaticos, etc (tudo ja incluido no preco da hospedagem, com excessao dos tratamentos d0 spa).

E se voce quiser se aventurar pra fora do hotel, as opcoes se expandem ainda mais!

Trekkings na floresta tropical, mini safaris em satuarios de leoes, jardim botanico, templos Hindus, a capital Saint Louis, e incontaveis opcoes de passeios de barco para mergulho ou snorkling!

Alm disso, a ilha eh uma otima opcao para “extencao” de uma viagem a Africa, principalmente pra quem vem do Brasil (ja que para chegar ate la, voce provavelmente tera que passer pela Africa do Sul, entao muita gente opta por um roteiro que inclua Africa do Sul e depois Mauricio. E nos conhecmos um casal de Brasileiros no nosso resort que tinham acabado de chegar da Namibia e estava fazendo uma extencao nas Ilhas Mauricio).

Nos acabamos so saindo do Hotel para fazer um passeio de barco ao redor da Ilha (adorei!) e conhecer as ilhas Ile Aux Cerfs, e super recomendo!! Eh a versao ainda mais paradisiaca das Ilhas Mauricio!

Os bancos de areais das ilhas Ile aux Cerfs

 

 

  • O que levar na mala?

Biquine, chinelo, saidas de praia… e o que mais voce quiser!

Nosso hotel nao fazia muito o estilo “pe no chao” nao, e muita gente se arrumava nivel serio para os jantares (principalmente nos restaurantes a la carte), mas ainda assim, a maioria dos hospedes (incluindo a gente) se vestia super informal o tempo todo.

Alem dos obvios biquine/saida de praia e afins, eu tambem levei alguns vestidos bem levinhos e sandalias rasteiras, e foi praticamente isso que eu usei o tempo todo.

E como fomos no inverno, a noite as temperaturas caiam um pouco, mas nada que uma malha leve ou casaquinho de linha nao desse conta.

Acabei nao tirando minha necessaire de maquiagem da mala nenhum dia (que eu ja levei com uma quantidade minima de coisas, pois sabia que nao usaria…) e so usei secador de cabelos no ultimo dia da viagem, antes de ir pro Aeroporto so pra nao viajar de aviao com o cabelo molhado).

Ou seja, super, super relax!

Ah, e claro, nao esqueca de levar MUITO protetor solar, locao pos sol e repelente (nao achei que tinha muito mosquito nao, mas como sou um pouco alergica e gravida, fiquei na neura da Zica, ainda que as Ilhas Mauricio nao sejam zona de risco).

 

Resumo da opera; Como era de se imaginar, as Ilhas Mauricio sao mais uma filial do “Paraiso na terra”, e ideal para casais e viagens especiais (Lua de Mel, babymoon, e afins). Se voce esta na duvida se a ilha eh uma boa opcao pra sua viagem, vai fundo e voce nao vai se arrepender!

O mercado realmente eh voltado para hospedagens de luxo, mas eh um destino relativamente ecletico, e querendo da pra achar boas opcoes mais em conta.

 

Adriana Miller
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28 Jul 2016
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TV #Beauty Everywhere: Filtro solar e cuidados no sol (para pele e cabelos)

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Enquanto estavamos nas Ilhas Mauricio, volta e meia eu postava no Snapchat (me adicione! DriEverywhere) os filtro solares ou cremes que estava usando durante a viagem, e eram sempre os snaps com mais prints e perguntas!

Entao aproveitei a viagem para graver um video com tudo que levei, tanto para proteger a pele quanto para tratar o cabelo.

Cuidados no sol

Eu sempre brinco que geralmente volto de viagens para praia e piscina com os cabelos super mega hidratados e bem cuidados (que eh um tipo de viagem com ma reputacao de detonar pele e cabelos!), justamente pois passo a maior parte dos dias com tratamentos intensivos nos fios, alem de dar um bom descanso no secador de cabelos (tao necessario no clima de Londres!).

E tambem tenho recebido muitas perguntas sobre como estou protegendo a pele das manchas da gravidez dessa vez. Nao eh novidade pra ninguem que me acompanha por aqui nos ultimos anos, que a minha primeira gravidez me deixou com algumas manchinas de melasma como sequela, entao estou super paranoica dessa vez e nao dou bobeira mesmo no sol! Nao so para o rosto (area mais sensivel), mas tambem na barriga (Linea nigra) e colo, duas areas que ficaram bem marcadas na primeira gravidez (e que depois as manchas foram embora sozinhas, mas mesmo assim nao quis dar bobeira dessa vez!).

Os creditos dos produtos mostrados e mencionads no video estao abaixo:

Lancaster Wet Skin:
Lancaster Kids:
Lancaster para o rosto:
Shiseido Wet Force Express:
Garnier Dry Mist:
Bioderma Hydrabio Mist:
Bioré spray:
Boots Soltan Stick:
Solar Sense Clear Zinc:
Philip KIngsley Elasticizer:
(tamanho viagem)
(tamanho normal)
Oleo Leonor Greyl  (tamanho viagem:)
Nexxus Emergencee Treatment

Como sempre, eu tento linkar sites que entreguem no Brasil e enderecos internacionais (for a da Europa).

Adriana Miller
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